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COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

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Homossexualitatis et Ecclesia | Dicastério para o Clero

 RECOMENDAÇÃO PASTORAL HOMOSSEXUALITATIS ET ECCLESIAE DO DICASTÉRIO PARA O CLERO SOBRE A HOMOSSEXUALIDADE NA IGREJA E NO CLERO

       Prot. N.º 68/2024

30 de outubro de 2024,

Cidade do Vaticano.


1. Queridos irmãos e irmãs, a graça e a paz do Senhor estejam com todos nós. Tendo em vista alguns acontecimentos, e pensando no bem da igreja, reunimo-nos em torno da Palavra de Deus e da doutrina da Igreja, que nos chama a viver uma vida de santidade e entrega, mesmo em meio a desafios e questões complexas como a vivência da sexualidade humana. Nossa vocação cristã nos convida a trilhar o “caminho de Cristo”, aquele que nos leva à vida plena e à comunhão com Deus (CIC 1696). Diante desse chamado, enfrentamos a necessidade de refletir com amor e seriedade sobre o tema da homossexualidade e a forma como devemos viver nossa fé e nossa identidade diante de Deus.

2. A Igreja, nossa Mãe, é acolhedora e misericordiosa, e deseja sempre que cada um de seus filhos e filhas cresça em santidade. Ela nos ensina que todos os caminhos que escolhemos em nossa vida têm um impacto profundo em nosso relacionamento com Deus e, portanto, em nossa salvação. Como nos diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC), as escolhas morais que fazemos têm um peso eterno. É nossa responsabilidade buscar sempre o caminho que conduz à vida, aquele que nos aproxima de Deus, em detrimento dos caminhos que possam nos afastar da Sua graça (CIC 1697).

3. O tema da homossexualidade requer, portanto, uma compreensão profunda e misericordiosa. A Igreja, apoiando-se na Sagrada Escritura e na tradição, reafirma que os atos homossexuais não são compatíveis com a ordem natural estabelecida por Deus, pois eles fecham o ato sexual ao dom da vida e não procedem de uma verdadeira complementaridade afetiva e sexual (CIC 2357). Com isso, a Igreja não rejeita a pessoa homossexual, mas convida-a a viver a castidade como um caminho de santidade e perfeição cristã.

4. O Papa Francisco, que tanto nos inspira com sua simplicidade e profundidade pastoral, nos lembra de que a Igreja não é uma seita “seletiva” ou de “sangue puro”. Ela é a Santa Madre Igreja, que acolhe a todos e que oferece a todos o convite à santidade (CIC 2359). A misericórdia de Deus não é limitada, e, diante de cada pessoa, Ele olha para o coração e vê a intenção de buscar o bem. Francisco enfatiza que, se alguém busca o Senhor com sinceridade e deseja viver em boa vontade, não há espaço para julgamentos que exijam exclusão, mas sim para um acolhimento que conduz ao crescimento espiritual.

5. A castidade, especialmente para aqueles que enfrentam a experiência da atração pelo mesmo sexo, é um desafio, mas também uma via de encontro com o próprio Senhor. Por meio da virtude do autodomínio e da educação da liberdade interior, a pessoa homossexual é chamada a viver a castidade como expressão de sua dedicação a Deus. Esse é um caminho que nos exige esforço e apoio, que se fortalece pela oração, pelo sacramento da confissão e pela amizade desinteressada que a comunidade cristã deve oferecer.

6. É importante, portanto, que como Igreja saibamos acolher nossos irmãos e irmãs que vivenciam a homossexualidade, oferecendo-lhes um ambiente de apoio e compreensão. Eles também são parte integrante da família de Deus e são chamados, assim como todos nós, à vida em Cristo. Cabe a cada um de nós compreender que o silêncio e o sofrimento não devem ser companheiros da vida cristã; ao contrário, a Igreja oferece a possibilidade de compartilhar suas lutas e de buscar, junto à comunidade, o apoio necessário para caminhar com fidelidade.

7. Sabemos que o pecado e o perdão formam o coração da catequese da Igreja. A consciência de nossos pecados nos ajuda a enxergar a necessidade de transformação e o poder renovador do perdão de Deus (CIC 1697). Assim, o reconhecimento de nossas próprias limitações nos torna mais humildes e misericordiosos uns com os outros. Todos somos pecadores, todos carecemos da graça e do perdão, e todos temos o desafio de nos converter diariamente ao Evangelho.

8. Como cristãos, somos chamados a refletir sobre a beleza das virtudes humanas e sobre o valor de uma vida virtuosa. A prática do bem e a busca da perfeição cristã são os caminhos que Deus nos indica para alcançar a paz e a verdadeira felicidade. A Igreja, ao ensinar a importância da castidade para as pessoas homossexuais, aponta para essa realidade: o autodomínio e a vivência das virtudes são o caminho que nos conduz à liberdade interior e à comunhão com Deus.

9. Portanto, ninguém é chamado a viver no isolamento ou na vergonha. Deus conhece cada coração, e Ele mesmo nos ensina a caminhar juntos na fé. Como Igreja, devemos oferecer a todos o auxílio necessário para que cada pessoa possa viver a castidade e a santidade. E isso inclui um compromisso de oração, amizade e apoio fraterno, sem qualquer tipo de discriminação.

10. Recordemos, mais uma vez, as palavras do Papa Francisco: “Quem sou eu para julgar?”. Se alguém busca o Senhor e deseja viver com boa vontade, nossa tarefa não é rejeitá-lo, mas ajudá-lo a encontrar em Deus a força para viver em santidade. A Igreja é casa de todos, e cabe a nós, como membros dessa casa, zelar para que todos se sintam acolhidos, respeitados e incentivados a viver em comunhão com Cristo.

11. Convido cada um de vocês a meditar sobre o chamado de Cristo à santidade e a abrir o coração para acolher a todos, vivendo as virtudes do autodomínio e da misericórdia, e sempre buscando a perfeição cristã. Que o amor de Deus, que é mais forte do que qualquer fraqueza humana, seja a nossa luz e a nossa guia. Para maior glória de Deus,

 Antônio Matheus CARD. CARNEIRO
Prefeito do Dicastério para o Clero

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RECOMENDACIÓN PASTORAL
HOMOSSEXUALITATIS ET ECCLESIAE
DEL DICASTERIO PARA EL CLERO
SOBRE LA HOMOSEXUALIDAD
EN LA IGLESIA Y EN EL CLERO

30 de octubre de 2024,
Ciudad del Vaticano.

1. Queridos hermanos y hermanas, que la gracia y la paz del Señor estén con todos nosotros. Ante algunos acontecimientos y pensando en el bien de la Iglesia, nos reunimos en torno a la Palabra de Dios y a la doctrina de la Iglesia, que nos llama a vivir una vida de santidad y entrega, incluso en medio de desafíos y cuestiones complejas como la vivencia de la sexualidad humana. Nuestra vocación cristiana nos invita a recorrer el “camino de Cristo”, el que nos lleva a la vida plena y a la comunión con Dios (CIC 1696). Ante este llamado, enfrentamos la necesidad de reflexionar con amor y seriedad sobre el tema de la homosexualidad y la manera en que debemos vivir nuestra fe y nuestra identidad ante Dios.

2. La Iglesia, nuestra Madre, es acogedora y misericordiosa, y desea siempre que cada uno de sus hijos e hijas crezca en santidad. Nos enseña que todos los caminos que elegimos en nuestra vida tienen un profundo impacto en nuestra relación con Dios y, por tanto, en nuestra salvación. Como nos dice el Catecismo de la Iglesia Católica (CIC), las decisiones morales que tomamos tienen un peso eterno. Es nuestra responsabilidad buscar siempre el camino que conduce a la vida, el que nos acerca a Dios, en lugar de aquellos caminos que pueden apartarnos de Su gracia (CIC 1697).

3. El tema de la homosexualidad requiere, por tanto, una comprensión profunda y misericordiosa. La Iglesia, apoyada en la Sagrada Escritura y en la tradición, reafirma que los actos homosexuales no son compatibles con el orden natural establecido por Dios, pues cierran el acto sexual al don de la vida y no proceden de una verdadera complementariedad afectiva y sexual (CIC 2357). Con esto, la Iglesia no rechaza a la persona homosexual, sino que la invita a vivir la castidad como un camino de santidad y perfección cristiana.

4. El Papa Francisco, quien tanto nos inspira con su sencillez y profundidad pastoral, nos recuerda que la Iglesia no es una secta “selectiva” o de “sangre pura”. Es la Santa Madre Iglesia, que acoge a todos y ofrece a todos la invitación a la santidad (CIC 2359). La misericordia de Dios no tiene límites, y, ante cada persona, Él mira al corazón y ve la intención de buscar el bien. Francisco enfatiza que, si alguien busca al Señor con sinceridad y desea vivir con buena voluntad, no hay lugar para juicios que exijan exclusión, sino para una acogida que conduzca al crecimiento espiritual.

5. La castidad, especialmente para aquellos que enfrentan la experiencia de atracción por el mismo sexo, es un desafío, pero también una vía de encuentro con el propio Señor. A través de la virtud del autodominio y de la educación de la libertad interior, la persona homosexual es llamada a vivir la castidad como expresión de su dedicación a Dios. Este es un camino que exige esfuerzo y apoyo, que se fortalece a través de la oración, el sacramento de la confesión y la amistad desinteresada que la comunidad cristiana debe ofrecer.

6. Es importante, por tanto, que como Iglesia sepamos acoger a nuestros hermanos y hermanas que viven la homosexualidad, ofreciéndoles un ambiente de apoyo y comprensión. Ellos también son parte integrante de la familia de Dios y están llamados, al igual que todos nosotros, a la vida en Cristo. Corresponde a cada uno de nosotros comprender que el silencio y el sufrimiento no deben ser compañeros de la vida cristiana; al contrario, la Iglesia ofrece la posibilidad de compartir sus luchas y de buscar, junto a la comunidad, el apoyo necesario para caminar con fidelidad.

7. Sabemos que el pecado y el perdón forman el corazón de la catequesis de la Iglesia. La conciencia de nuestros pecados nos ayuda a ver la necesidad de transformación y el poder renovador del perdón de Dios (CIC 1697). Así, el reconocimiento de nuestras propias limitaciones nos hace más humildes y misericordiosos unos con otros. Todos somos pecadores, todos necesitamos la gracia y el perdón, y todos tenemos el desafío de convertirnos diariamente al Evangelio.

8. Como cristianos, estamos llamados a reflexionar sobre la belleza de las virtudes humanas y sobre el valor de una vida virtuosa. La práctica del bien y la búsqueda de la perfección cristiana son los caminos que Dios nos señala para alcanzar la paz y la verdadera felicidad. La Iglesia, al enseñar la importancia de la castidad para las personas homosexuales, apunta a esta realidad: el autodominio y la vivencia de las virtudes son el camino que nos conduce a la libertad interior y a la comunión con Dios.

9. Por lo tanto, nadie está llamado a vivir en el aislamiento o la vergüenza. Dios conoce cada corazón, y Él mismo nos enseña a caminar juntos en la fe. Como Iglesia, debemos ofrecer a todos el auxilio necesario para que cada persona pueda vivir la castidad y la santidad. Y esto incluye un compromiso de oración, amistad y apoyo fraterno, sin ningún tipo de discriminación.

10. Recordemos, una vez más, las palabras del Papa Francisco: “¿Quién soy yo para juzgar?”. Si alguien busca al Señor y desea vivir con buena voluntad, nuestra tarea no es rechazarlo, sino ayudarlo a encontrar en Dios la fuerza para vivir en santidad. La Iglesia es casa de todos, y corresponde a nosotros, como miembros de esta casa, velar para que todos se sientan acogidos, respetados e incentivados a vivir en comunión con Cristo.

11. Invito a cada uno de ustedes a meditar sobre el llamado de Cristo a la santidad y a abrir el corazón para acoger a todos, viviendo las virtudes del autodominio y de la misericordia, y siempre buscando la perfección cristiana. Que el amor de Dios, que es más fuerte que cualquier debilidad humana, sea nuestra luz y nuestra guía.

Para mayor gloria de Dios,

Antônio Matheus CARD. CARNEIRO
Prefecto del Dicasterio para el Clero