Este site não pertence a Igreja Católica da realidade. Somos uma representação dela em um jogo virtual conhecido como Minecraft.

COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

Bula de Proclamação | Jubileu Santo

 
PAVLVS, EPISCOPVS,

PRIMAS ET ITALIÆ ARCHIEPISCOPVS PROVINCIÆ
ROMANÆ METROPOLITANVM,
DOMINVS STATVMVS VATICANÆ CIVITATIS,
SERVVS SERVORVM DEI,
VICARII FILII DEI,

aos bispos, presbíteros, diáconos, religiosos e todo o
povo de Deus que caminha rumo aos dez anos de
história, saudação e bênção apostólica.

INTRODUÇÃO

1. Jesus Cristo representa a encarnação da missão do Pai. Essa missão se tornou real, tangível e atingiu seu auge em Jesus de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para que dê a Boa-Nova aos pobres; enviou-me para anunciar a liberdade aos cativos e a visão aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19). Essas palavras parecem resumir o enigma da fé cristã.

2. Contemplar o mistério da fé é uma necessidade constante, pois é a fonte de alegria, serenidade e paz, além de ser essencial para nossa salvação. Missão, é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. A missão é o ato supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro e nos convida a anunciá-la. Ela é a lei fundamental de cada pessoa, o caminho que une Deus e o homem, abrindo o coração para a esperança de sermos amados eternamente, apesar de nossas limitações.

PROCLAMAÇÃO

3. Há momentos em que somos chamados de forma ainda mais intensa para fixar nossos olhos na grande missão, para nos tornarmos um sinal eficaz da ação do Pai. Por esse motivo, proclamamos o Jubileu Santo dos dez anos da Comunidade Católica de Minecraft, sendo este como um tempo favorável para a Igreja fortalecer-se e ser mais eficaz no testemunho dos irmãos.

4. O Ano Santo Jubilar será inaugurado em 22 de fevereiro de 2024, na festa da Cátedra de São Pedro, quando solenemente abriremos a Porta Santa da Basílica Vaticana. Essa festa litúrgica representa o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história: “Bem-aventurado és tu, Simão, porque não foi a carne e o sangue que a ti o revelou, mas sim meu Pai que está nos céus. E eu te digo, a ti, que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus. E tudo o que ligares na terra será ligado também nos céus, e tudo o que desatares na terra será desatado também nos céus” (Mt 16,16-19).

5. A Porta Santa será aberta na Catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão, no domingo seguinte, dia 25. Nos domingos seguintes, a Porta Santa será aberta nas outras Basílicas Papais. Estabelecemos que, a partir do dia 03 de março, em cada Igreja particular - na catedral, que é a igreja-mãe para todos os fiéis, ou na conatedral ou em uma igreja de significado especial - se abra uma Porta durante todo o Ano Santo. Por decisão do Ordinário, ela também poderá ser aberta nas basílicas e santuários, locais onde muitos peregrinos frequentemente se sentem tocados pela graça e encontram o caminho da conversão e da missão. Assim, cada Igreja particular estará diretamente envolvida na vivência deste Ano Santo como um momento de graça e renovação espiritual. Deste modo, o Jubileu será celebrado tanto em Roma quanto nas Igrejas particulares, como sinal visível da comunhão da Igreja inteira.

6. Este será um momento especial para os membros de diferentes dioceses e igrejas se envolverem, por meio da oração e gestos concretos de solidariedade, no apoio às missões. É uma ocasião permeada pela graça e alegria: graça, porque o Espírito Santo, enviado pelo Pai, concede sabedoria e fortaleza àqueles que estão abertos à sua ação; alegria, porque Jesus Cristo, Filho do Pai, enviado para evangelizar o mundo, sustenta e acompanha nossa obra missionária. E, justamente sobre a alegria de Jesus e dos discípulos missionários, gostaríamos de propor um trecho bíblico que encontramos no Evangelho segundo Lucas (cf. 10,21-23).

7. O evangelista conta que o Senhor enviou os setenta e dois discípulos, em duplas, para anunciarem nas cidades e aldeias que o Reino de Deus estava próximo, preparando assim as pessoas para o encontro com Jesus. Ao cumprir essa missão de anúncio, os discípulos retornaram cheios de alegria, sendo a alegria um aspecto marcante dessa primeira experiência missionária. O Mestre divino disse-lhes: “Não se alegrem porque os espíritos lhes obedecem, mas sim porque seus nomes estão escritos no Céu”. Nesse momento, Jesus estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, ó Pai (...)”. Em seguida, voltando-se para os discípulos, disse-lhes particularmente: “Felizes são os olhos que veem o que vocês estão vendo” (Lc 10,20-21.23).

A TRINDADE

8. Lucas compartilha três cenas: inicialmente, Jesus se dirigiu aos discípulos, e posteriormente, dirigiu-se ao Pai, apenas para retornar novamente e falar com eles. Jesus deseja que os discípulos também participem de sua alegria, uma alegria distinta e maior do que aquela que eles tinham acabado de vivenciar.

9. Os discípulos estavam repletos de felicidade, entusiasmados com o poder de libertar as pessoas dos demônios. No entanto, Jesus aconselhou-os a não se alegrarem tanto pelo poder recebido, mas principalmente pelo amor alcançado, ou seja, por terem seus nomes escritos no Céu (cf. Lc 10,20). De fato, eles haviam recebido a experiência do amor de Deus e também a oportunidade de compartilhá-la. E essa experiência dos discípulos é motivo de alegria jubilosa para o coração de Jesus. Lucas viu essa alegria numa perspectiva de comunhão trinitária: “Jesus estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo”, dirigindo-se ao Pai e abençoando-O. Esse momento de júbilo íntimo surge do amor profundo que Jesus sente como Filho por seu Pai, Senhor do Céu e da Terra, que escondeu essas coisas dos sábios e inteligentes e as revelou aos pequeninos (cf. Lc 10,21). Deus ocultou e revelou, mas nesta oração de adoração, é principalmente a revelação que se destaca. E o que Deus revelou e ocultou? Os segredos do seu Reino, o estabelecimento da soberania divina de Jesus e a vitória sobre Satanás.

10. Deus escondeu tudo isso daqueles que se consideram muito auto-suficientes e acham que já sabem tudo. De certa forma, eles são cegos pela própria arrogância e não dão espaço para Deus. É fácil pensar em algumas pessoas contemporâneas de Jesus, as quais Ele advertiu várias vezes, mas esse perigo persiste e nos diz respeito também. Por outro lado, os “pequenos” são os humildes, os simples, os pobres, aqueles sem voz, os cansados e oprimidos, aos quais Jesus declarou “bem-aventurados”.

11. “Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado” (Lc 10,21). Essa frase dita por Jesus deve ser compreendida como referente à sua alegria interior, onde “teu agrado” significa o plano salvífico e benevolente do Pai para com a humanidade. Dentro desse contexto divino de bondade, Jesus se regozijou porque o Pai decidiu amar os indivíduos com o mesmo amor que Ele tem pelo Filho. Além disso, Lucas nos faz pensar em uma alegria semelhante: a de Maria. “Minha alma glorifica o Senhor e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1,46-47). Estamos diante da Boa Nova que leva à salvação. Ao carregar Jesus em seu ventre, o Evangelizador por excelência, Maria encontrou Isabel e se encheu de alegria no Espírito Santo, entoando o Magnificat. Ao ver o sucesso da missão dos seus discípulos e, consequentemente, sua própria alegria, Jesus exultou no Espírito Santo e dirigiu-se a seu Pai em oração.

12. Nos dois casos mencionados, trata-se de uma imensa felicidade pela salvação em ação, pois o amor com que o Pai ama o Filho alcança-nos e, por meio do Espírito Santo, nos envolve e nos faz participar da vida trinitária.

13. O Pai é a fonte de toda a alegria. O Filho é a sua expressão e o Espírito Santo é aquele que a anima. Logo após louvar o Pai, como relata o evangelista Mateus, Jesus nos convida: “Venham a mim, todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração; e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11,28-30). A alegria do Evangelho preenche o coração e a vida inteira daqueles que encontram Jesus. Aqueles que são salvos por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior e do isolamento.

AO EPISCOPADO

14. A Igreja tem como objetivo alcançar todas as pessoas de boa vontade por meio do poder renovador do Evangelho. Essa é uma mensagem de boas notícias que traz consigo uma alegria contagiante, pois oferece uma nova vida: a vida de Cristo ressuscitado. Ele compartilha seu Espírito vivificador conosco, tornando-se o Caminho, a Verdade e a Vida (cf. Jo 14,6). É um Caminho que nos convida a segui-Lo com confiança e coragem. E, ao seguir Jesus como nosso Caminho, experimentamos Sua Verdade e recebemos Sua Vida, que é uma comunhão plena com Deus Pai, por meio do Espírito Santo. Isso nos liberta de qualquer forma de egoísmo e nos torna fonte de criatividade no amor.

15. Deus Pai deseja essa transformação existencial em Seus filhos; uma transformação que se manifesta através do culto em espírito e verdade (cf. Jo 4,23-24), ou seja, em uma vida animada pelo Espírito Santo, seguindo o exemplo do Filho Jesus, para a glória de Deus Pai. Disse o bispo e filósofo Ireneu de Lyon: “A glória de Deus está no homem vivo” (Adversus Haereses IV, 20, 7). Dessa forma, a mensagem do Evangelho se transforma numa palavra viva e poderosa que cumpre o que declara (cf. Is 55,10-11), ou seja, Jesus Cristo, que constantemente se manifesta na vida de cada pessoa (cf. Jo 1,14).

16. Assim sendo, a Igreja tem como objetivo primordial não é espalhar uma ideologia religiosa, nem mesmo oferecer uma ética sublimada. No mundo, existem muitos movimentos capazes de apresentar ideais elevados ou expressões éticas notáveis. Por outro lado, através da atuação da Igreja, é Jesus Cristo que continua a trazer a mensagem do Evangelho e a agir; por esta razão, ela se torna o momento propício da salvação na história, o anuncio. Por meio da proclamação do Evangelho, Jesus se torna constantemente contemporâneo, permitindo àqueles que O acolhem com fé e amor experimentarem o poder transformador do Espírito do Ressuscitado que fecunda o ser humano e a criação, assim como a chuva faz com a terra. Sua ressurreição não é algo do passado; carrega consigo uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo estava morto, brotam novamente, por toda parte, os rebentos da ressurreição.

17. Como bispos em Minecraft, temos o dever de promover a reconciliação e a união. Esta é a missão da Igreja nesse universo virtual, especialmente nos dias de hoje. Para isso, é crucial deixarmos de lado as divisões e desentendimentos, focando no essencial. Juntos com Cristo, por Cristo e em Cristo, os bispos podem inspirar os fiéis, outros cristãos e até mesmo cidadãos em posições governamentais a trabalhar em conjunto para superar não apenas as diferenças, mas também as dificuldades, como a inveja que surge do egoísmo e resulta em injustiça social. O desafio é grande, porém temos a certeza de que o Senhor está ao nosso lado, sempre. É nessa convicção que encontramos nossa base, força, união e comprometimento missionário.

AOS PRESBÍTEROS

18. Sempre recordemos que, ao iniciar a jornada cristã, não se trata apenas de uma decisão ética ou uma grande ideia, mas sim de um encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que traz um novo horizonte à vida e, dessa forma, direciona o caminho. O Evangelho é uma Pessoa, que constantemente se oferece e convida aqueles que a acolhem com humilde fé e ação a compartilharem sua vida através da participação efetiva em seu mistério pascal de morte e ressurreição. Assim, por meio do Batismo, o Evangelho se torna fonte de uma nova vida, liberta do domínio do pecado, iluminada e transformada pelo Espírito Santo; através da Confirmação, se torna uma unção fortalecedora que, graças ao mesmo Espírito, aponta novos caminhos e estratégias de testemunho e proximidade; e, por meio da Eucaristia, se torna alimento para o homem novo.

19. O mundo necessita profundamente do Evangelho de Jesus Cristo. Através da Igreja, Ele continua sua missão como o Bom Samaritano, curando as feridas sangrentas da humanidade, e como o Bom Pastor, incansavelmente procurando aqueles que se perderam em caminhos confusos e sem saída. E, para nossa sorte, não faltam experiências significativas que comprovam o poder transformador do Evangelho. O papel do presbítero é impulsionado por uma espiritualidade de contínuo êxodo. Significa abandonar o conforto próprio e ter a coragem de alcançar todas as periferias que necessitam da luz do Evangelho. A missão da Igreja inspira uma experiência de contínuo exílio, para fazer o homem sedento de infinito sentir sua condição de exilado a caminho da pátria definitiva, balançando entre o “já” e o “ainda não” do Reino dos Céus. A missão lembra a Igreja que ela não é um fim em si mesma, mas sim um instrumento e mediadora do Reino.

20. Uma Igreja que busca somente seus próprios sucessos terrenos não é a verdadeira Igreja de Cristo, que é seu corpo crucificado e glorioso. Por esse motivo, é preferível uma Igreja que tenha se lançado pelas estradas, ferida e suja, do que uma Igreja enferma pela sua própria segurança e comodidade de se apegar às certezas. Caros filhos, se lancem no fogo dos novos tempos, na principal oblação, o amor de Deus, em um estado constante de missão.

AO POVO DE DEUS

21. A figura de Jesus e a Boa Nova que Ele pregava continuam a encantar numerosos jovens. Estes procuram caminhos onde possam expressar a coragem e os anseios do coração em prol da humanidade. São muitos os jovens que se solidarizam contra os males do mundo, engajando-se em várias formas de ativismo e voluntariado. Quão magnífico é ver os jovens como “andarilhos da fé”, felizes em levar Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra.

22. No próximo ano celebraremos o Jubileu de dez anos da comunidade, e neste, que a fé e o discernimento vocacional vos ofereça uma excelente oportunidade para envolver-se no compromisso missionário compartilhado, que necessita de sua rica imaginação e criatividade.

CONCLUSÃO

23. O Ano Santo Jubilar dos dez anos da Comunidade Católica de Minecraft é um período propício para fortalecer a Igreja, promover a união e a missão. Inspirados na essência da Santíssima Trindade e na alegria do Evangelho, este Jubileu convoca os membros a contemplar a missão, a abrir portas sagradas nas roupas particulares e a se envolver em gestos de solidariedade.

24. Ao seguir os ensinamentos de Jesus, a comunidade no universo virtual enfrenta o desafio de superar divisões e trabalhar em conjunto para promover a reconciliação e a união. A mensagem é clara: a alegria do Evangelho preenche o coração daqueles que encontram Jesus, e este jubileu é uma oportunidade para renovar o compromisso, comprometimento e partilha. É crucial promover a reconciliação e a união, destacada a importância do Evangelho. O chamado à missão contínua e êxodo é ressaltado, incentivando a Igreja a ser instrumento e mediadora do Reino, mesmo em meio aos desafios.

25. Por fim, é preciso esperança na missão, confirmando sua importância na expressão estimulante do Evangelho. O Jubileu de dez anos da comunidade é uma oportunidade para envolver-se no compromisso missionário, utilizando a rica imaginação e criatividade dos jovens para levar Jesus Cristo a cada canto da terra, tornando-se verdadeiros andarilhos da fé.

26. A Deus Pai no Espírito Santo suba o louvor da Igreja, pelo dom da salvação em Cristo Senhor, agora e pelos séculos que hão de vir.

Dado em Roma, cidade eterna, junto do Beato Apóstolo Pedro, aos vinte e seis dias do mês de novembro, solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, do ano do Senhor de dois mil e vinte e três, primeiro de nosso Pontificado.



Ego, Pavlvs Pp. II
Pontifex Maximvs