Fratribus episcopis hic nominatis,
salutem et Apostolicam Benedictionem.
“Manete in dilectione mea!”
(Jo 15,9)
O bispo é um agente sociotransformador; a Igreja Católica, em sua história milenar, sempre dependeu da liderança episcopal para sua orientação e desenvolvimento. Enquanto nós atuamos como meros colaboradores nas celebrações litúrgicas, os bispos são, por sua própria natureza e missão, líderes ativos e decisivos na vida eclesial (O Episcopado, Agens Socialis Transformationis, n. 1).
A importância de seu papel transcende a esfera ritual: ele organiza, ensina a fé, promove a santificação dos fiéis e governa a Igreja particular. Historicamente, a figura do bispo evoluiu de pastor local para guardião da fé e da disciplina; na contemporaneidade, essa função assume relevância ainda maior diante dos desafios e complexidades do mundo atual. Compreender a plenitude de seu ministério é fundamental para a vitalidade da Igreja e para a eficácia de sua missão evangelizadora.
Da cidade de Roma, onde se eleva a Cátedra do Apóstolo Pedro, a nós confiada pela Providência Divina, voltamos nosso pensamento e cuidado a toda a Igreja de Cristo, presente também em nossa realidade local. Movidos pelo desejo de que nenhuma Igreja particular permaneça sem o devido cuidado pastoral, tendo ouvido o parecer do Dicastério para os Bispos e da Nunciatura Apostólica no Brasil, e com a autoridade que nos compete, designamos e nomeamos os seguintes irmãos para os respectivos ofícios:
I. Mons. Adrian Alves de Souza, bispo titular de Agunto: ao ofício de bispo auxiliar da Diocese de São João del-Rei;II. Mons. Carlos Eduardo Cordeiro, OC-M, bispo titular de Ucres: ao ofício de bispo auxiliar da Diocese de Manaus;III. Mons. Daniel Bergoglio Bezerra, bispo titular de Calama: ao ofício de bispo auxiliar da Diocese de Cuiabá;IV. Mons. José Eliel Gomes, OFM-M, bispo titular de Carmeiano: ao ofício de bispo auxiliar da Arquidiocese Metropolitana de São Salvador.
A todos recordamos que o ministério episcopal vos confere o tríplice munus de ensinar, santificar e governar o povo que vos é confiado, configurando-vos a Cristo, Pastor e Servo. Não sois mais simples presbíteros, mas chamados a uma missão mais ampla, que exige coragem, discernimento, espírito de serviço e amor incondicional, à imitação do Senhor, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida” (Mt 20,28).
Que cada um cumpra sua missão com fidelidade e ardor, buscando sempre o bem espiritual das almas. Confiamos todos vós à proteção da Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição, Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, e pedimos que a paz de Cristo se mantenha firme e constante em vossos corações e comunidades.

