Este site não pertence à Igreja Católica na realidade. Somos uma representação dela em um jogo virtual conhecido como Minecraft.

COM. CATÓLICA DE MINECRAFT - UMA DÉCADA A EVANGELIZAR

COM. CATÓLICA DE MINECRAFT - UMA DÉCADA A EVANGELIZAR
Oremus pro Pontifice communitatis nostrae, Benedicto

Homilia Papal | Início do Ministério Petrino do Bispo de Roma


CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
INÍCIO DO MINISTÉRIO PETRINO DO BISPO DE ROMA

CAPELA PAPAL

HOMILIA DO PAPA BENTO VIII

PRAÇA DE SÃO PEDRO
XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM, 05 DE JULHO DE 2025

___________________

[PT]

Caríssimos cardeais, bispos, presbíteros, religiosos,
povo santo de Deus espalhado por toda a terra,
e todos os homens de boa vontade,

hoje nos reunimos diante do altar do Senhor para dar início, sob o olhar da Trindade Santa e sob o manto protetor de Maria, Mãe da Igreja, ao serviço apostólico que me foi confiado como Sucessor de Pedro. O coração se inclina diante do mistério que nos envolve. Sinto-me profundamente comovido e espantado: espantado não como quem teme, mas como quem se vê diante de algo sagrado, maior do que si mesmo – espantado diante da graça que me escolheu, me chamou, e que agora me conduz.

Neste momento, recordo as palavras de Jesus a Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja (Mt 16,18). Pedro, o pescador de Galileia, impulsivo, generoso, mas frágil. Nele, Cristo quis estabelecer o fundamento visível da unidade. Não foi sua perfeição que o constituiu pedra, mas a sua fé – uma fé capaz de se render à misericórdia após a queda, uma fé provada pelo amor: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo” (Jo 21,17).

Eis o mistério que se repete hoje: a Igreja é edificada não sobre méritos humanos, mas sobre o amor gratuito de Deus. O Papa, como Sucessor de Pedro, não é um soberano, mas um servo. O poder que recebe é o da caridade, o poder do lava-pés, o poder de sustentar os irmãos na fé (cf. Lc 22,32). Por isso, assumo este ministério com temor e tremor, mas também com confiança, porque sei que é o Senhor quem guia a barca.

Queridos irmãos, o mundo de hoje nos desafia com incertezas, divisões e ruídos. A Igreja não está isenta desses desafios. Mas justamente por isso, ela deve ser cada vez mais sinal de unidade. Unidade que não é uniformidade, mas comunhão. Unidade que nasce do Espírito Santo, que une na diversidade, e que tem como centro Jesus Cristo, morto e ressuscitado. O Papa é chamado a ser sinal visível dessa unidade: entre as Igrejas particulares, entre os povos, entre as gerações, entre os pobres e os poderosos.

A unidade não se constrói apenas com palavras. Ela é fruto de uma escuta profunda: escutar o Espírito, escutar os irmãos, escutar os clamores do mundo. Este é o caminho sinodal que o Senhor nos pede: caminhar juntos. Sinodalidade não é moda eclesial ou estratégia pastoral; é a forma concreta de ser Igreja, povo de Deus peregrino, que discerne e caminha unido na fé, na esperança e na caridade.

É belo pensar que o primeiro nome que se dá ao Papa é “Servo dos Servos de Deus”. Eis o horizonte do ministério petrino: descer, não subir; lavar os pés, não buscar os tronos; conduzir, mas conduzindo-se pelo Espírito. O poder da Igreja é o poder da cruz, é o poder de quem se faz pão repartido, vinho derramado, como Cristo. O Papa é guardião da fé, defensor dos pequenos, servidor da comunhão e pai dos pobres.

Hoje, o mundo espera muito da Igreja, mesmo quando não sabe expressar isso com palavras. Espera coerência, esperança, luz. Espera o testemunho de uma Igreja humilde, santa e pecadora, mas sempre voltada para o Evangelho. A nossa missão não é conquistar o mundo, mas abrir caminhos para que Cristo chegue aos corações. Como Pedro e Paulo, somos chamados a anunciar com parresía, com coragem, mesmo nas correntes, mesmo em meio às perseguições ou indiferenças.

Neste sentido, deixemo-nos conduzir pelo espanto. O espanto é o primeiro passo da fé. É o espanto dos pastores em Belém, é o espanto de Maria diante do anjo, é o espanto de Pedro ao ver o túmulo vazio. Também nós, hoje, nos unimos nesse espanto: espanto por sermos amados por Deus, chamados a segui-lo, mesmo com as nossas misérias. O espanto é o contrário da rotina, do fechamento, da autossuficiência. Uma Igreja que se espanta é uma Igreja viva, aberta, fecunda.

Amados irmãos, não caminho sozinho. Caminho com vocês e para vocês. A comunhão que desejamos começa agora, com os pés na estrada e os olhos em Cristo. Que o meu ministério seja antes de tudo um caminho partilhado. Caminho com os bispos, em colegialidade. Caminho com os presbíteros e diáconos, colaboradores do Reino. Caminho com os consagrados, sentinelas da esperança. Caminho com os leigos, protagonistas da vida e missão da Igreja. Caminho com os jovens, que nos ensinam a sonhar. Caminho com os idosos, que nos testemunham a fidelidade. Caminho com os pobres, com os migrantes, com os últimos – porque neles está o rosto do Senhor.

E peço a todos: rezem por mim! Oremos uns pelos outros, para que sejamos fiéis à missão recebida. Não nos cansemos de invocar o Espírito Santo. É Ele quem renova a face da terra e da Igreja. Com Ele, nada está perdido. Com Ele, é sempre tempo de recomeçar.

Concluo voltando-me a Maria, Mãe da Igreja e nossa Mãe. Ela, que acolheu o chamado com um “sim” generoso, nos ensina a confiar, a esperar, a servir. A Ela confio este início de pontificado. Que Maria nos ajude a permanecer sob a cruz e a viver a alegria da ressurreição. Que sejamos com ela discípulos missionários, que anunciam, com espanto e alegria, que Jesus Cristo é o Senhor, ontem, hoje e sempre.

Amados irmãos, ao iniciarmos esta caminhada juntos, recordemos: a pedra não se exalta, mas sustenta. O servo não domina, mas serve. O espanto não paralisa, mas fecunda. Caminhemos, pois, com o coração aberto, os olhos fixos em Cristo e os pés firmes na estrada. Que tudo em nós seja para a maior glória de Deus e para o bem do seu povo.

Amém!

___________________

[ES]

Queridísimos cardenales, obispos, presbíteros, religiosos,
pueblo santo de Dios disperso por toda la tierra,
y todos los hombres de buena voluntad:

Hoy nos reunimos ante el altar del Señor para dar inicio, bajo la mirada de la Santísima Trinidad y bajo el manto protector de María, Madre de la Iglesia, al servicio apostólico que me ha sido confiado como Sucesor de Pedro. El corazón se inclina ante el misterio que nos envuelve. Me siento profundamente conmovido y sobrecogido: sobrecogido no como quien teme, sino como quien se encuentra ante algo sagrado, mayor que sí mismo — sobrecogido ante la gracia que me ha elegido, me ha llamado, y que ahora me conduce.

En este momento recuerdo las palabras de Jesús a Pedro: “Tú eres Pedro, y sobre esta piedra edificaré mi Iglesia” (Mt 16,18). Pedro, el pescador de Galilea, impulsivo, generoso, pero frágil. En él, Cristo quiso establecer el fundamento visible de la unidad. No fue su perfección lo que lo constituyó piedra, sino su fe — una fe capaz de rendirse a la misericordia después de la caída, una fe probada por el amor: “Señor, tú lo sabes todo; tú sabes que te amo” (Jn 21,17).

He aquí el misterio que se repite hoy: la Iglesia se edifica no sobre méritos humanos, sino sobre el amor gratuito de Dios. El Papa, como Sucesor de Pedro, no es un soberano, sino un siervo. El poder que recibe es el de la caridad, el poder del lavatorio de los pies, el poder de sostener a los hermanos en la fe (cf. Lc 22,32). Por eso, asumo este ministerio con temor y temblor, pero también con confianza, porque sé que es el Señor quien guía la barca.

Queridos hermanos, el mundo de hoy nos desafía con incertidumbres, divisiones y ruidos. La Iglesia no está exenta de estos desafíos. Pero precisamente por ello, debe ser cada vez más un signo de unidad. Unidad que no es uniformidad, sino comunión. Unidad que nace del Espíritu Santo, que une en la diversidad, y que tiene como centro a Jesucristo, muerto y resucitado. El Papa está llamado a ser signo visible de esa unidad: entre las Iglesias particulares, entre los pueblos, entre las generaciones, entre los pobres y los poderosos.

La unidad no se construye solo con palabras. Es fruto de una escucha profunda: escuchar al Espíritu, escuchar a los hermanos, escuchar los clamores del mundo. Este es el camino sinodal que el Señor nos pide: caminar juntos. La sinodalidad no es una moda eclesial ni una estrategia pastoral; es la forma concreta de ser Iglesia, pueblo de Dios peregrino, que discierne y camina unido en la fe, en la esperanza y en la caridad.

Es hermoso pensar que el primer título que se da al Papa es “Siervo de los siervos de Dios”. He aquí el horizonte del ministerio petrino: descender, no ascender; lavar los pies, no buscar tronos; conducir, pero dejándose conducir por el Espíritu. El poder de la Iglesia es el poder de la cruz, es el poder de quien se hace pan partido, vino derramado, como Cristo. El Papa es guardián de la fe, defensor de los pequeños, servidor de la comunión y padre de los pobres.

Hoy el mundo espera mucho de la Iglesia, incluso cuando no sabe expresarlo con palabras. Espera coherencia, esperanza, luz. Espera el testimonio de una Iglesia humilde, santa y pecadora, pero siempre orientada al Evangelio. Nuestra misión no es conquistar el mundo, sino abrir caminos para que Cristo llegue a los corazones. Como Pedro y Pablo, estamos llamados a anunciar con parresía, con valentía, incluso entre cadenas, incluso en medio de persecuciones o indiferencias.

En este sentido, dejémonos conducir por el asombro. El asombro es el primer paso de la fe. Es el asombro de los pastores en Belén, es el asombro de María ante el ángel, es el asombro de Pedro al ver el sepulcro vacío. También nosotros, hoy, nos unimos en ese asombro: asombro por ser amados por Dios, llamados a seguirlo incluso con nuestras miserias. El asombro es lo contrario de la rutina, del encierro, de la autosuficiencia. Una Iglesia que se asombra es una Iglesia viva, abierta, fecunda.

Amados hermanos, no camino solo. Camino con vosotros y para vosotros. La comunión que deseamos comienza ahora, con los pies en el camino y los ojos en Cristo. Que mi ministerio sea ante todo un camino compartido. Camino con los obispos, en colegialidad. Camino con los presbíteros y diáconos, colaboradores del Reino. Camino con los consagrados, centinelas de la esperanza. Camino con los laicos, protagonistas de la vida y misión de la Iglesia. Camino con los jóvenes, que nos enseñan a soñar. Camino con los ancianos, que nos testimonian la fidelidad. Camino con los pobres, con los migrantes, con los últimos — porque en ellos está el rostro del Señor.

Y pido a todos: ¡recen por mí! Oremos los unos por los otros, para que seamos fieles a la misión recibida. No nos cansemos de invocar al Espíritu Santo. Es Él quien renueva la faz de la tierra y de la Iglesia. Con Él, nada está perdido. Con Él, siempre es tiempo de recomenzar.

Concluyo volviéndome a María, Madre de la Iglesia y nuestra Madre. Ella, que acogió el llamado con un “sí” generoso, nos enseña a confiar, a esperar, a servir. A Ella confío este inicio de pontificado. Que María nos ayude a permanecer al pie de la cruz y a vivir la alegría de la resurrección. Que seamos con ella discípulos misioneros, que anuncian, con asombro y alegría, que Jesucristo es el Señor, ayer, hoy y siempre.

Amados hermanos, al iniciar este camino juntos, recordemos: la piedra no se exalta, sino que sostiene. El siervo no domina, sino que sirve. El asombro no paraliza, sino que fecunda. Caminemos, pues, con el corazón abierto, los ojos fijos en Cristo y los pies firmes en el camino. Que todo en nosotros sea para mayor gloria de Dios y para el bien de su pueblo.

¡Amén!