CF 2025 - FRATERNIDADE E ECOLOGIA INTEGRAL
INTRODUÇÃO
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Dirigente: Irmãos e irmãs, a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que por nós morreu e ressuscitou, esteja sempre convosco.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Leitor(a) 1: Todos os anos, a Igreja nos concede um período favorável para a penitência, desejando que esse tempo seja frutuoso e gere em nós conversão. É o tempo da Quaresma. Deus nos chama a um banho purificador, que nos prepara para a Páscoa do seu Filho. No Brasil, de maneira especial, a Igreja nos convida a viver, no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade. É um convite a nos aproximarmos de Cristo e a enxergá-Lo nos irmãos socialmente invisíveis e na obra da sua Criação. Contemplando o que havia feito, Deus viu que tudo era muito bom (Gn 1,31), mas infelizmente o pecado entrou no mundo, provocando feridas na obra divina.
Leitor(a) 2: Que o Divino Redentor, que no seu sangue faz novas todas as coisas (Ap 21,5), nos inspire a uma verdadeira conversão ecológica e integral, ensinando-nos a amar verdadeiramente a Criação em sua plenitude e a zelar por nossa Casa Comum. Meditando as Dores da Virgem Santíssima, seguindo pela sua vida, possamos também refletir sobre o mal que provocamos à Criação pelo abuso que dela fazemos.
Todos: Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas.
— Salve ó Mãe Dolorosa, amparo dos filhos amados!
— Dai-nos pelas vossas dores, a dor dos nossos pecados.
Leitor 1: Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: “eis que esse menino foi posto para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição. E a ti uma espada transpassará tua alma! Para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações”. (Lc 2, 34-35)
Leitor 2: Maria ouviu de Simeão a profecia de uma espada que transpassaria sua alma. Hoje, essa espada atinge tantas famílias que recebem sentenças de morte não anunciadas, mas concretas, pelas consequências da destruição ambiental: enchentes, secas, poluição e desastres naturais. Além disso, as guerras por recursos naturais agravam o sofrimento, destruindo lares e ceifando vidas. Que possamos enxergar essas dores e agir pela justiça ambiental e pela paz.
Dirigente: Compadecemo-nos de Vós, Senhora, pela dor que padecestes com a profecia de Simeão, quando vos disse que o Vosso coração seria o alvo da paixão de vossas dores, obrigando-vos em memória desta dor.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai
Canto
— Salve ó Mãe Dolorosa, amparo dos filhos amados!
— Dai-nos pelas vossas dores, a dor dos nossos pecados.
Leitor 1: Depois de sua partida, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”. José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito. Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: Do Egito chamei meu filho (Os 11,1). Vendo, então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos. Cumpriu-se, então, o que foi dito pelo profeta Jeremias: Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem (Jr 31,15)! (Mt 2, 13-18)
Leitor 2: Maria e José, fugindo para proteger o Menino Jesus, experimentaram a dor do exílio. Milhões de pessoas vivem essa mesma dor hoje, forçadas a deixar suas terras devido às mudanças climáticas, à desertificação, à elevação do nível do mar ou à destruição de biomas. Que a compaixão nos mova a acolher esses irmãos, construindo políticas de cuidado e hospitalidade.
Dirigente: Compadecemo-nos de Vós, Senhora, pela dor que sofrestes no desterro ao Egito, pobre e necessitada naquela longa viagem. Fazei, Senhora, que sejamos livres das perseguições de nossos inimigos.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai
Canto
— Salve ó Mãe Dolorosa, amparo dos filhos amados!
— Dai-nos pelas vossas dores, a dor dos nossos pecados.
Leitor 1: Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”. Respondeu-lhes ele: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”. Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração. (Lc 2, 48-51)
Leitor 2: A angústia de Maria ao perder Jesus reflete a dor de tantas mães que veem seus filhos sendo roubados da infância pela exploração no mercado de trabalho. Crianças afastadas da educação e do cuidado, obrigadas a enfrentar condições desumanas. Que a proteção das crianças e o respeito à sua dignidade sejam pilares na construção de uma sociedade justa.
Dirigente: Compadecemo-nos de Vós, Senhora, pela dor que padecestes, com a perda de vosso Filho em Jerusalém por três dias. Concedei-nos lágrimas de verdadeira dor para chorar nossas culpas, pelas vezes que perdemos nosso Deus.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai
Canto
— Salve ó Mãe Dolorosa, amparo dos filhos amados!
— Dai-nos pelas vossas dores, a dor dos nossos pecados.
Leitor 1: “Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta, a mim que o Senhor feriu no dia de sua ardente cólera”. (Lm 1,12).
Leitor 2: No caminho para o Calvário o Redentor encontra sua Mãe Santíssima e em aparente dor traspassa o coração de Maria, em Alagoas, ao gosto amargo da derrota e do abandono. Quantas pessoas experimentam hoje o ser amado chagado, um abandono de derrota, na cidade de Maceió, em Alagoas, ao serem obrigados a abandonar suas casas por causa do afundamento do solo em bairros da capital? Mais uma vez, a ganância serviu de motivação para a exploração desenfreada dos recursos da natureza, por pensar nas consequências.
Dirigente: Compadecemo-nos de Vós, Senhora, pela dor que padecestes vendo vosso Filho com a cruz sobre os ombros, caminhando para o Calvário entre escárneos, baldões e quedas. Fazei, Senhora, que levemos com paciência a cruz da mortificação e dos trabalhos.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai
Canto
— Salve ó Mãe Dolorosa, amparo dos filhos amados!
— Dai-nos pelas vossas dores, a dor dos nossos pecados.
Leitor 1: Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cleofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe, e ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse a Maria: “Mulher, este é o teu filho”. Depois disse ao discípulo: “Este é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo (Jo 19, 25-27).
Leitor 2: Aos pés da cruz, Maria viu seu Filho ser condenado injustamente. Essa cena se repete nas mães que perdem seus filhos para a guerra, para o tráfico, para atividades ilegais. A dor dessas mulheres clama ao céu por justiça e por ações que protejam a vida e promovam a paz.
Dirigente: Compadecemo-nos de Vós, Senhora, pela dor que padecestes vendo morrer vosso Filho, pregado numa cruz entre dois ladrões. Fazei, Senhora, que pela cruz de vosso Filho sejamos livres dos nosso vícios e paixões desordenadas.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai
Canto
— Salve ó Mãe Dolorosa, amparo dos filhos amados!
— Dai-nos pelas vossas dores, a dor dos nossos pecados.
Leitor 1: À tardinha, um homem rico de Arimateia, chamado José, que era também discípulo de Jesus, foi procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos cedeu-o. José tomou o corpo, envolveu-o num lençol branco. (Mt 27, 57-59).
Leitor 2: Maria recebeu nos braços o corpo sem vida de seu Filho. Hoje, a Terra, nossa casa comum, sofre com a destruição de seus biomas: a Amazônia devastada, o Cerrado queimado, o Pantanal sufocado pelas chamas. Que essa dor nos leve a cuidar da criação, reconhecendo nela a presença de Deus.
Dirigente: Compadecemo-nos de Vós, Senhora, pela dor que padecestes ao receberdes em vossos braços aquele Santíssimo Corpo de Jesus repleto por tantas chagas e feridas. Fazei, Senhora, que nosso coração viva ferido do amor divino, e morto a todo amor profano.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai
Canto
— Salve ó Mãe Dolorosa, amparo dos filhos amados!
— Dai-nos pelas vossas dores, a dor dos nossos pecados.
Leitor 1: “Tomaram então o corpo de Jesus e o envolveram em faixas com os aromas, como os judeus costumam sepultar. Havia um jardim, no lugar em que ele foi crucificado, e no jardim, um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Ali então, por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo eles depositaram Jesus”. (Jo 19, 40-42).
Leitor 2: Ao ver Jesus ser colocado no túmulo, Maria manteve a esperança na ressurreição. Que também nós, mesmo diante das dores do mundo, sejamos semeadores de esperança, acreditando na possibilidade de um futuro onde a justiça, a paz e o cuidado com a criação sejam realidades concretas.
Dirigente: Compadecemo-nos de Vós, Senhora, pela dor que padecestes em vossa piedade, depois de sepultado vosso Filho. Fazei, Senhora, que fiquemos sepultado para tudo o que é terreno e vivamos só para Deus e para vós.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai
Canto