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COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

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Admoestação “Vetus Ordo” | Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos

           Prot. N.º 011/2023

03 de julho de 2023,
Cidade do Vaticano.

Aos que a esta lerem, graça e paz da parte de
Deus, o Pai, e de Jesus, nosso Senhor.

A celebração litúrgica, com sua magnitude e significado, transcende o tempo e desempenha um papel indiscutivelmente crucial na vida da Igreja Católica. É por meio dela que os fiéis são unidos em uma experiência profunda de comunhão e adoração a Deus, mergulhando nas riquezas da tradição cristã. No âmago dessa riqueza litúrgica, encontramos uma variedade de ritos, cada qual com sua beleza e peculiaridades, que enriquecem e ampliam a expressão da fé dos fiéis.

Nesse contexto, surge a notável e essencial Admoestação intitulada “Vetus Ordo”, sobre a Celebração no Rito Antigo à luz do Sagrado Concílio Lateranense II. Ela se apresenta de uma forma mais simples e única, do Decreto “Varietas in Ecclesia”, oferecendo as diretrizes especificadas para a celebração litúrgica por meio desse rito, com o objetivo primordial de salvaguardar a devida prudência, o respeito reverente e a unidade intrínseca da Igreja.

Ao seguir criteriosamente as diretrizes estabelecidas pelo Sagrado Concílio, esta Admoestação mostra, de forma clara as diretrizes e normativas dispostas pelo mesmo Concílio. As orientações fornecidas nesse documento estabelecem um procedimento claro e coerente para a solicitação e autorização da celebração no rito desejado. Além disso, elas enfatizam de maneira clara e incontestável a importância crucial de uma atitude reverente, respeitosa e leal em relação ao Santo Padre e ao inestimável Concílio Vaticano II.

Por meio dessas, a Igreja se empenha veementemente em preservar a inteireza, a solenidade e a autenticidade inerentes ao Rito Antigo, honrando assim a profunda história e a tradição que ele carrega consigo. Essas orientações transcritas têm como objetivo primordial assegurar que a vida litúrgica seja nutrida pela unidade e o respeito mútuo, elementos essenciais para uma vivência eclesial autêntica e harmoniosa.

Portanto, segue-se o procedimento detalhado para o pedido e a autorização:

I. O sacerdote interessado em celebrar em um rito diferente do rito oficial da Igreja deve seguir um procedimento específico para solicitar a permissão. Primeiramente, deve dirigir-se ao seu Ordinário local, apresentando um pedido formal que explique claramente as razões pelas quais deseja celebrar no rito desejado. É fundamental que o sacerdote forneça uma justificativa sólida e convincente para o seu desejo de utilizar o rito alternativo. O Ordinário local, ao analisar o pedido, considerará cuidadosamente os motivos apresentados e, se julgar apropriado, concederá a autorização para prosseguir. Caso o sacerdote obtenha essa autorização, deverá encaminhar formalmente o pedido ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, junto a autorização do seu Ordinário. É necessário lembrar que a concessão da autorização pelo Ordinário local não garante automaticamente a aprovação final.

II. O Rito Antigo, em particular, merece uma atenção especial, pois é a forma mais procurada entre os diversos ritos existentes. É importante seguir as seguintes orientações específicas:

a) O sacerdote deve seguir o procedimento descrito no item I acima para solicitar a permissão.

b) É imprescindível que o sacerdote demonstre uma atitude respeitosa e leal em relação ao Santo Padre Francisco e ao sagrado Concílio Vaticano II. Qualquer manifestação ou posição contrária ao Pontífice e ao Concílio resultará na negação da autorização.

c) Ao redigir a carta de solicitação ao Ordinário local, o sacerdote deve expressar de forma clara e inequívoca o seu reconhecimento e lealdade ao Santo Padre Francisco e ao Concílio Vaticano II. Além disso, é fundamental que o sacerdote exponha minuciosamente os motivos que o levam a desejar celebrar nesse rito específico.

d) É exigido que o sacerdote possua um conhecimento aprofundado dos diferentes significados, valores e costumes da Missa nesse rito. Essa compreensão abrangente garantirá uma celebração adequada e reverente.

e) A celebração no Rito Antigo deve ocorrer em uma igreja específica designada pelo Ordinário. A escolha cuidadosa do local contribuirá para a preservação do significado e da solenidade desse rito.

f) É essencial ressaltar que o sacerdote jamais deve deixar de celebrar no rito novo, de frente para o povo e utilizando a língua vernácula. A participação ativa da assembleia e a compreensão das palavras proferidas são aspectos fundamentais da celebração litúrgica contemporânea.

Esta instrução tem como objetivo estabelecer um procedimento claro e detalhado para a celebração no Rito Antigo, à luz das orientações do sagrado Concílio Lateranense II e com a aprovação do Ordinário local. A Igreja busca manter a unidade e a diversidade litúrgica, garantindo que as celebrações sejam realizadas com prudência e respeito. Seguir essas diretrizes contribuirá para uma vivência litúrgica enriquecedora e fiel à tradição.

Que essas instruções sagradas sejam acolhidas com fervor e obediência pelos bispos e sacerdotes, que, guiados por sua sabedoria e profundidade, celebrarão cada rito com a devida reverência, dedicação e amor. Que, por meio dessa celebração litúrgica autêntica e vivenciada com profunda fé, os fiéis possam ser tocados pela graça divina, experimentando uma intimidade renovada com Deus e uma conexão mais profunda com a riqueza da tradição eclesial.

Portanto, que essa Admoestação novamente, como o Concílio, ilumine e oriente a jornada litúrgica da Igreja, assegurando que cada celebração seja uma experiência inesquecível, edificante e enriquecedora da fé em Deus. Que a adesão a essas orientações não apenas fortaleça a unidade e a diversidade litúrgica na Igreja, mas também faça resplandecer a glória do divino em meio aos fiéis, em todas as suas manifestações litúrgicas.



 Henrique Card. GÄNSWEIN
Prefeito 

 Arthur Aquino 
Bispo Secretário