Este site não pertence a Igreja Católica da realidade. Somos uma representação dela em um jogo virtual conhecido como Minecraft.

COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

Catequese | Mês mariano


POR QUE DEUS ESCOLHEU MARIA?

Ao vivenciarmos o mês de maio, mês mariano, nos
vem a problemática: por que Deus escolheu Maria?

Eles vão pensar que eu sou uma prostituta? Eles vão chamá-lo de bastardo? Seremos mortos? Muitas vezes me pergunto se esses foram os pensamentos que passaram pela mente de Maria, uma adolescente apavorada, depois de aceitar o convite inacreditável para carregar o Messias. O que o anjo quis dizer com “cheia de graça”? José vai sair? E se ninguém acreditar em mim? Insegura do que o futuro reservava para ela, uma garotinha morena de Nazaré mudou o curso da história da humanidade por causa de sua corajosa escolha de participar do irromper da revelação de Deus, agora milagrosamente encarnada no bebê chamado Emanuel, Deus conosco.

Mas por que Deus escolheu essa mulher para participar do plano da Salvação?

O motivo bíblico da reversão, onde Deus exalta os humildes e derruba os poderosos de seus tronos, é proeminente tanto nas escrituras hebraicas quanto nas cristãs. Sugere uma nova ordem de vida e esperança onde Deus está trabalhando na vida das pessoas, bem como em toda a ordem social. Embora seja possível que Deus, em sua infinita sabedoria, pudesse ter escolhido uma infinidade de caminhos para entrar na humanidade, como demonstra o tema bíblico da reversão, muitas vezes escolhe aqueles que são mais desprezados e marginalizados para levar a mensagem profética do evangelho. Na Palestina do primeiro século, isso teria sido uma mulher pobre de status socioeconômico marginal.

Sabemos pelos registros históricos e bíblicos que Maria era uma camponesa de Nazaré, que provavelmente pertencia a um círculo judeu (e mais tarde cristão), chamado de anawim: um remanescente dos economicamente pobres de Israel que viviam em piedosa dependência de Deus. Apesar da pobreza de Maria, os evangelistas, especificamente Lucas, a apresentam como um agente ativo na salvação cristã, a quem Deus escolhe para realizar as promessas divinas feitas a Israel. Maria é bem-aventurada porque consentiu na vontade de Deus, tornando possível que os propósitos salvíficos d’Ele fossem realizados por meio dela.

A escolha de Maria por Deus e os efeitos resultantes dessa escolha são mais evidentes em seu Magnificat. Aparecendo em Lucas 1, 46–55, o cântico de Maria prenuncia outros temas proeminentes do evangelho de Lucas, reforçando que Deus é santo, poderoso e misericordioso para com todos aqueles que O temem e que o alvorecer da era messiânica revela a preocupação contínua d’Ele com os pobres, as viúvas e os órfãos. O Magnificat deve ser lido como a resposta amorosa de Maria ao próprio dom da auto-comunicação (ou seja, graça) de Deus em sua vida.

Então, por que Deus escolheu Maria? Porque Deus a quis na gratuidade do ser de Deus. A escolha de Deus de separar deve ser entendida como um dom imerecido a ser recebido com as mãos abertas, um coração humilde e um sim confiante. Levando a plenitude da graça de Deus no ventre de nossos corações, onde reside o dom do Filho e seu espírito, nós – como Maria – podemos devolver o amor que recebemos de Deus a Deus, a nós mesmos e ao nosso próximo.

Enfim, que neste mês mariano a Virgem Maria vos acompanhe e seja fiel exemplo.

Com a minha bênção.

Roma, São João de Latrão, 03 de maio de 2023.



 Papa Paulo II
Pontífice Máximo