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COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

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CARTA APOSTÓLICA

“OS DONS DA UNIDADE”

DO SANTO PADRE, O PAPA JOÃO


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Vaticano, 29 de Outubro de 2022.


Caríssimos irmãos e irmãs; o Cristo Senhor, ao aparecer ressuscitado aos seus apóstolos que estavam aprisionados pelo medo, desejou-lhes a paz, e a desejou como dom, como presente para a Igreja Primitiva que começa a dar seus primeiros passos, que começava a engatinhar como uma criança recém nascida. Provamos em nossos dias o desgraçado gosto de guerra clerical, que resulta de uma sede gananciosa por poder, pois prevalece entre nós uma sede por uma “Igreja museu”, na qual só há promoção de um passado que é, de fato, belíssimo, mas que sem o avanço, sem o progresso futurista, tudo se transformará em cinzas e se perderá no tempo e na história. Graças a essa guerra, vemos aos poucos a dissolução deste Apostolado. Por causa do mau exemplo, muitas vocações se perderam, ou se transformaram em padres estilistas, que ligam para o pano, entretanto, se esquecem do essencial, que é Cristo.

A unidade é um desejo do coração do Senhor, que disse: “Um só rebanho e um só pastor”. A nossa missão é: acolher, servir e salvar. No entanto, fazemos exatamente o oposto. Excluímos os irmãos e irmãs pelo simples fato de pensarem diferentes de nós. Ao invés de servir o povo, queremos ser carregados sobre eles em altas liteiras, como se fôssemos faróis. Esquecemos que o Cristo baixou-se para lavar os pés dos Apóstolos, e que mesmo diante da resistência de Pedro, ele insistiu e lavou-lhe os pés. Ele nos deu um novo mandato, uma nova lei: “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Entretanto, colocamos sobre nossos irmãos o fardo de nos carregarem, com altos elogios e patentes. Parece-me que nos esquecemos que nós é que devemos carregá-los sobre os ombros, a exemplo do bom pastor.

A comunhão, na Última Ceia Jesus disse aos seus discípulos: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. O Senhor disse que nos reconheceriam pelo amor, e pergunto a vocês que hoje se dirigiram a cidade eterna para escutar a mim, enquanto pastor universal: qual marca nós deixaremos pelos locais onde trabalhamos? Como seremos lembrados pelos que nos precederam? Seremos reconhecidos pelo amor ou pelo ódio? Pela divisão ou pela comunhão? Ser um com Cristo deveria ser a nossa meta. Mas deixamos Cristo de lado e pusemos no lugar dele ideologias extremistas, que ao invés de unir, separam e dividem.

Há respeito ao próximo, em sua integridade, em seu ser pessoa é algo essencialmente defendido por nós e pelo evangelho. O Senhor nos ensina a acolher e nós estamos ensinando a dividir. Fazemos os nossos irmãos instrumentos de discurso, e o que é pior, discurso de descarte. Usamos até quando nós precisamos, quando não necessitamos mais deles nós os colocamos de lado. Reclamamos do espírito mundano, mas aos poucos permitimos que esse espírito, que é essencialmente demoníaco adentre a nossa Igreja e faça parte das nossas relações. O Espírito do Senhor está de fato sobre nós? Ele age em nós?

Os dons da unidade são necessários para o progresso maduro e espiritual desta humanidade, que carece urgentemente de sentir o amor de Deus que reconstrói as situações mais precárias. É esse amor que precisamos anunciar, é dele que precisamos falar, é ele que precisamos viver! Estes presentes da providência devem guiar o nosso itinerário, e não podemos em hipótese nenhuma trocá-los pelas propostas do mundo, que são completamente contrárias do Evangelho.

Que Maria, Mãe da unidade, acompanhe com materna diligência esta nova primavera da Igreja, e que através do seu exemplo chegue a nós o Espírito Santo, dom de amor que provém do Pai e do Filho, aos quais rendemos glória e louvor, pelos séculos dos séculos. Amém!



+ Ioannes Pp