Este site não pertence à Igreja Católica na realidade. Somos uma representação dela em um jogo virtual conhecido como Minecraft.

COM. CATÓLICA DE MINECRAFT - 10 ANOS DE PEREGRINAÇÃO

COM. CATÓLICA DE MINECRAFT - 10 ANOS DE PEREGRINAÇÃO
Mes de la Biblia: "La esperanza no defrauda" (Rm 5,5)

Semanário Litúrgico-Catequético | XXVII Domingo do Tempo Comum, Ano C

 SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO 

XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C

05.10.2025

RITOS INICIAIS

CANTO DE ENTRADA
(Venham Trabalhar na Minha Vinha)

Reunido o povo, o sacerdote dirige-se ao altar com os ministros, durante o canto de entrada.

VENHAM TRABALHAR NA MINHA VINHA
DILATAR MEU REINO ENTRE AS NAÇÕES
CONVIDAR MEU POVO AO BANQUETE
QUERO HABITAR NOS CORAÇÕES

UNIDOS PELA FORÇA DA ORAÇÃO
UNGIDOS PELO ESPÍRITO DA MISSÃO
VAMOS JUNTOS CONSTRUIR
UMA IGREJA EM AÇÃO

VENHAM TRABALHAR NA MINHA VINHA
ESPALHAR NA TERRA O MEU AMOR
MUITOS NÃO CONHECEM A BOA NOVA
VIVEM COMO OVELHAS SEM PASTOR

UNIDOS PELA FORÇA DA ORAÇÃO
UNGIDOS PELO ESPÍRITO DA MISSÃO
VAMOS JUNTOS CONSTRUIR
UMA IGREJA EM AÇÃO

VENHAM TRABALHAR NA MINHA VINHA
COM FERVOR MEU NOME PROCLAMAR
QUE NINGUÉM SE QUEIXE AO FIM DO DIA
NINGUÉM ME CHAMOU A TRABALHAR

Chegando ao altar e feita a devida reverência, beija-o em sinal de veneração e, se for oportuno, incensa-o. Em seguida, todos dirigem-se às cadeiras.

ANTÍFONA DE ENTRADA 

Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona:
Ao vosso poder, Senhor, tudo está sujeito, e não há quem possa resistir à vossa vontade, porque sois o criador de todas as coisas, do céu e da terra e de tudo que eles contêm; vós sois o Senhor do universo. (Cf. Est 4, 17)

SAUDAÇÃO

Terminado o canto de entrada, toda a assembleia, de pé, faz o sinal da cruz, enquanto o sacerdote diz:
Pres.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
℟.: Amém.

O sacerdote, voltado para o povo e abrindo os braços, saúda-o:
Pres.:  A graça e a paz daquele que é, que era e que vem, estejam convosco.
℟.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

O sacerdote, diácono ou outro ministro devidamente preparado poderá, em breves palavras, introduzir os fiéis na missa do dia.

ATO PENITENCIAL

Pres.: No início desta celebração eucarística, peçamos a conversão do coração, fonte de reconciliação e comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs.

Após um momento de silêncio, o sacerdote diz:
Pres.: 
Tende compaixão de nós, Senhor.
O povo:
℟.: 
Porque somos pecadores.
O sacerdote:
Pres.: 
Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia.
O povo:
℟.: 
E dai-nos a vossa salvação.

Segue-se a absolvição sacerdotal:
Pres.: 
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
O povo responde:
℟.: Amém.
 
Seguem-se as invocações Senhor, tende piedade de nós (Kýrie eléison), caso já não tenham ocorrido no ato penitencial:
Pres.: Senhor, tende piedade de nós. 
℟.: Senhor, tende piedade de nós. 
Pres.: Cristo, tende piedade de nós. 
℟.: Cristo, tende piedade de nós.
Pres.: Senhor, tende piedade de nós.
℟.: Senhor, tende piedade de nós.

HINO DO GLÓRIA
(Glória - Léo Mantovani)

Canta-se ou recita-se em seguida o hino:

GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS, NAS ALTURAS
E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS! (BIS)

SENHOR DEUS REI DOS CÉUS,
DEUS PAI TODO PODEROSO
NÓS VOS LOUVAMOS, VOS BENDIZEMOS,
NÓS VOS ADORAMOS,
NÓS VOS GLORIFICAMOS, NÓS VOS DAMOS GRAÇAS,
POR VOSSA IMENSA GLÓRIA.
POR VOSSA IMENSA GLÓRIA!

SENHOR JESUS CRISTO,
FILHO UNIGÊNITO.
SENHOR DEUS, CORDEIRO DE DEUS,
FILHO DE DEUS PAI
VÓS QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
TENDE PIEDADE DE NÓS
VÓS QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
ACOLHEI A NOSSA SÚPLICA
VÓS QUE ESTAIS À DIREITA DO PAI,
TENDE PIEDADE DE NÓS

SÓ VÓS SOIS O SANTO,
SÓ VÓS O SENHOR,
SÓ VÓS O ALTÍSSIMO JESUS CRISTO
COM O ESPÍRITO SANTO NA GLÓRIA DE DEUS PAI.

AMÉM, AMÉM, AMÉM!
AMÉM, AMÉM!


ORAÇÃO COLETA

Terminado o hino, de mãos unidas, o sacerdote diz:
Pres.: Oremos.
E todos oram com o sacerdote, por algum tempo, em silêncio. Então o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Coleta:
Deus eterno e todo-poderoso, que no vosso imenso amor de Pai nos concedeis mais do que merecemos e pedimos, infundi em nós vossa misericórdia, para perdoar o que nos pesa na consciência e para nos dar mais do que a oração ousa pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

PRIMEIRA LEITURA
(Hab 1, 2-3; 2, 2-4)

Leitor: Leitura da Profecia de Habacuc
Senhor, até quando clamarei, sem me atenderes? Até quando devo gritar a ti: “Violência!”, sem me socorreres? Por que me fazes ver iniquidades, quando tu mesmo vês a maldade? Destruições e prepotência estão à minha frente; reina a discussão, surge a discórdia. Respondeu-me o Senhor, dizendo: “Escreve esta visão, estende seus dizeres sobre tábuas, para que possa ser lida com facilidade. A visão refere-se a um prazo definido, mas tende para um desfecho, e não falhará; se demorar, espera, pois ela virá com certeza, e não tardará. Quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL
(Sl 94(95))

— NÃO FECHEIS O CORAÇÃO; OUVI VOSSO DEUS! ℟.

— VINDE, EXULTEMOS DE ALEGRIA NO SENHOR, ACLAMEMOS O ROCHEDO QUE NOS SALVA! AO SEU ENCONTRO CAMINHEMOS COM LOUVORES, E COM CANTOS DE ALEGRIA O CELEBREMOS! ℟.

— VINDE, ADOREMOS E PROSTREMO-NOS POR TERRA, E AJOELHEMOS ANTE O DEUS QUE NOS CRIOU! PORQUE ELE É O NOSSO DEUS, NOSSO PASTOR, E NÓS SOMOS O SEU POVO E SEU REBANHO, AS OVELHAS QUE CONDUZ COM SUA MÃO. ℟.

— OXALÁ OUVÍSSEIS HOJE A SUA VOZ: “NÃO FECHEIS OS CORAÇÕES COMO EM MERIBA, COMO EM MASSA, NO DESERTO, AQUELE DIA, EM QUE OUTRORA VOSSOS PAIS ME PROVOCARAM, APESAR DE TEREM VISTO AS MINHAS OBRAS”. ℟.

SEGUNDA LEITURA
(2Tm 1, 6-8. 13-14)

Leitor: Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo
Caríssimo: Exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade. Não te envergonhes do testemunho de Nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. Usa um compêndio das palavras sadias que de mim ouviste em matéria de fé e de amor em Cristo Jesus. Guarda o precioso depósito, com a ajuda do Espírito Santo, que habita em nós.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.


ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
(Aleluia!)

ALELUIA, ALELUIA,
ALELUIA, ALELUIA!

A PALAVRA DO SENHOR PERMANECE PARA SEMPRE; 
E ESTA É A PALAVRA QUE VOS FOI ANUNCIADA.

ALELUIA, ALELUIA,
ALELUIA, ALELUIA!

Enquanto isso, o sacerdote, quando se usa incenso, coloca-o no turíbulo. O diácono, que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se profundamente diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:
℣.: Dá-me a tua bênção.
O sacerdote diz em voz baixa:
Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
℣.: Amém.

Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio.

EVANGELHO
(Lc 17, 5-10)

O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e velas, e diz:
℣.
O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

O diácono ou o sacerdote diz:
℣.Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas
e, enquanto isso, faz o sinal da cruz sobre o livro e, depois, sobre si mesmo, na fronte, na boca e no peito.
℟.: Glória a vós, Senhor.

Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.
℣.
Naquele tempo, os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria. Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?’ Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.
℣.Palavra da Salvação.
℟.: Glória a vós, Senhor.

Depois beija o livro, dizendo em silêncio a oração.

HOMILIA

Em seguida, faz-se a homilia, que compete ao sacerdote ou diácono; ela é obrigatória em todos domingos e festas de preceito e recomendada também nos outros dias.

PROFISSÃO DE FÉ
(Símbolo dos Apóstolos)

Pres.: Professemos a nossa fé.
℟.: Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, Às palavras seguintes até da Virgem Maria, todos se inclinam. que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.

ORAÇÃO DOS FIÉIS

Pres.: Irmãos e irmãs: Com o ardor da fé que o Senhor nos deu e que é capaz de fazer milagres, vamos pedir-Lhe pela Igreja e pelo mundo, dizendo (ou: cantando), humildemente:
℟.: Ouvi, Senhor, a nossa oração.

1. Pela Igreja santa de Deus, para que anuncie a fé que leva à salvação e revele aos homens os mistérios do Reino, oremos.

2. Por aqueles que receberam o Espírito Santo, o Dom de Deus que foi dado aos Apóstolos, para que dêem bom testemunho de Jesus, oremos.

3. Pelos justos que clamam ao Senhor contra toda a violência e opressão, para que a sua voz seja escutada, oremos.

4. Pelos homens e mulheres do mundo inteiro que não são respeitados na sua dignidade, para que encontrem quem defenda os seus direitos, oremos.

5. Pelos estudantes que iniciaram um novo ano, para que em cada professor tenham um mestre e nos pais os seus maiores amigos, oremos.

6. Pelos membros da nossa assembleia de oração, para que sirvam a Deus com alegria, em casa, no trabalho e em toda a parte, oremos.

Pres.: Senhor, nosso Deus e nosso Pai, que enviastes o vosso Filho Jesus Cristo como servidor ao meio dos homens, dai-nos o seu Espírito e aumentai a nossa fé, para sermos fiéis no vosso serviço. Por Cristo Senhor nosso.
℟.: Amém.

LITURGIA EUCARÍSTICA

PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS
(Muitos Grãos de Trigo)

Inicia-se o canto da preparação das oferendas, enquanto os ministros colocam no altar o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal.

MUITOS GRÃOS DE TRIGO SE TORNARAM PÃO.
HOJE SÃO TEU CORPO, CEIA E COMUNHÃO.
MUITOS GRÃOS DE TRIGO SE TORNARAM PÃO.

TOMA, SENHOR, NOSSA VIDA EM AÇÃO,
PARA MUDÁ-LA EM FRUTO E MISSÃO!
TOMA, SENHOR, NOSSA VIDA EM AÇÃO,
PARA MUDÁ-LA EM MISSÃO.

MUITOS CACHOS DE UVA SE TORNARAM VINHO.
HOJE SÃO TEU SANGUE, FORÇA NO CAMINHO.
MUITOS CACHOS DE UVA SE TORNARAM VINHO.

MUITAS SÃO AS VIDAS FEITAS VOCAÇÃO
HOJE OFERECIDAS EM CONSAGRAÇÃO.
MUITAS SÃO AS VIDAS FEITAS VOCAÇÃO.

Convém que os fiéis expressem sua participação trazendo uma oferenda, seja pão e vinho para a celebração da Eucaristia, seja outro donativo para auxílio da comunidade e dos pobres.

O sacerdote, de pé junto ao altar, recebe a patena com o pão em suas mãos e, levantando-a um pouco sobre o altar, diz em silêncio a oração. Em seguida, coloca a patena com o pão sobre o corporal.

O diácono ou o sacerdote coloca vinho e um pouco d'água no cálice, rezando em silêncio.

Em seguida, o sacerdote recebe o cálice em suas mãos e, elevando-o um pouco sobre o altar, diz em silêncio a oração: depois, coloca o cálice sobre o corporal.

Em seguida o sacerdote, profundamente inclinado, reza em silêncio.

E, se for oportuno, incensa as oferendas, a cruz e o altar. Depois, o diácono ou outro ministro incensa o sacerdote e o povo.

Em seguida, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio a oração.

CONVITE À ORAÇÃO

Estando, depois, no meio do altar e voltado para o povo, o sacerdote estende e une as mãos e diz:
Pres.: Orai, irmãos e irmãs, para que, trazendo ao altar as alegrias e fadigas de cada dia, nos disponhamos a oferecer um sacrifício aceito por Deus Pai todo-poderoso.
℟.: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja.

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

Em seguida, abrindo os braços, o sacerdote profere a oração sobre as oferendas;
Pres.: Acolhei, Senhor, nós vos pedimos, o sacrifício que instituístes; e pelos sagrados mistérios que celebramos em vossa honra dignai-vos completar a santificação daqueles que salvastes. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

ORAÇÃO EUCARÍSTICA PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS III
JESUS, CAMINHO PARA O PAI

Começando a Oração Eucarística, o sacerdote abre os braços e diz ou canta:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.
Erguendo as mãos, o sacerdote prossegue:
Pres.: Corações ao alto.
℟.: O nosso coração está em Deus.
O sacerdote, com os braços abertos, acrescenta:
Pres.: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
℟.: É nosso dever e nossa salvação.
O sacerdote, de braços abertos, reza ou canta o Prefácio.
Pres.: Na verdade, é digno e justo, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Pai santo, Senhor do céu e da terra, por Cristo, Senhor nosso. De fato, pelo vosso Verbo criastes o universo e tudo governais com equidade. Vós nos destes vosso Filho, feito carne, como mediador; ele nos dirigiu a vossa palavra e nos chamou a seguir os seus passos. Ele é o caminho que nos conduz até vós, a verdade que nos liberta, a vida que nos enche de alegria. Por vosso Filho, reunis em uma só família os homens e as mulheres, criados para a glória do vosso nome, redimidos pelo sangue de sua cruz e marcados com o selo do vosso Espírito. Por isso, agora e sempre, unidos a todos os Anjos, proclamamos a vossa glória, cantando (dizendo) com alegria:
SANTO
(Santo - Pe. Sílvio Milanez)

SANTO, SANTO, SANTO
SENHOR DEUS DO UNIVERSO.
O CÉU E A TERRA PROCLAMAM,
PROCLAMAM A VOSSA GLÓRIA.

HOSANA, HOSANA, HOSANA
HOSANA NAS ALTURAS.

BENDITO AQUELE QUE VEM
EM NOME DO SENHOR.

HOSANA, HOSANA, HOSANA
HOSANA NAS ALTURAS.

Ou, para a recitação:
℟.: Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Na verdade, vós sois Santo e digno de louvor, ó Deus, que amais os seres humanos e sempre os acompanhais no caminho da vida. Na verdade, é bendito o vosso Filho, presente no meio de nós, quando nos reunimos por seu amor. Como outrora aos discípulos de Emaús, ele nos revela as Escrituras e parte o Pão para nós.
A assembleia aclama:
℟.: Bendito o vosso Filho, presente entre nós!

Une as mãos e, estendendo-as sobre as oferendas, diz:
Pres.: Por isso, nós vos suplicamos, Pai de bondade: enviai o vosso Espírito Santo para que santifique estes dons do pão e do vinho,
une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo tempo sobre o pão e o cálice, dizendo:
e se tornem para nós o Corpo e + o Sangue
Une as mãos
de nosso Senhor Jesus Cristo.
A assembleia aclama:
℟.: Enviai o vosso Espírito Santo!

O relato da instituição da Eucaristia seja proferido de modo claro e audível, como requer a sua natureza.
Pres.: Na véspera de sua paixão, na noite da última Ceia, 
toma o pão e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção de ação de graças, partiu e o deu a seus discípulos.
inclina-se levemente
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena e genuflete em adoração.

Então prossegue:
Pres.: Do mesmo modo, no fim da ceia,
toma o cálice nas mãos e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos, deu-vos graças novamente e o entregou a seus discípulos.
inclina-se levemente
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e genuflete em adoração.

Em seguida, diz:
Pres.: Mistério da fé!
A assembleia aclama:
℟.: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Celebrando, pois, ó Pai santo, o memorial da Páscoa de Cristo, vosso Filho, nosso Salvador, anunciamos a obra do vosso amor; pela paixão e morte de cruz, vós o fizestes entrar na glória da ressurreição e o colocastes à vossa direita. Enquanto esperamos sua vinda gloriosa, nós vos oferecemos o Pão da vida e o Cálice da bênção.
A assembleia aclama:
℟.: Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!

Pres.: Olhai com bondade a oferta da vossa Igreja; nela vos apresentamos o sacrifício pascal de Cristo, que nos foi entregue. E concedei que, pela força do Espírito do vosso amor, sejamos contados, agora e por toda a eternidade, entre os membros do vosso Filho, cujo Corpo e Sangue comungamos.
A assembleia aclama:
℟.: O Espírito nos una num só corpo!

1C: Pela participação neste mistério, ó Pai todo-poderoso, vivificai-nos no Espírito, tornai-nos semelhantes à imagem do vosso Filho e confirmai-nos no vínculo da comunhão com o nosso Papa Bento, o nosso Bispo N.*, os outros bispos, os presbíteros e diáconos e todo o vosso povo.
A assembleia aclama:
℟.: Confirmai na unidade a vossa Igreja!

2C: Fazei que todos os fiéis da Igreja, discernindo os sinais dos tempos à luz da fé, empenhem-se coerentemente no serviço do Evangelho. Tornai-nos atentos às necessidades de todas as pessoas para que, participando de suas dores e angústias, de suas alegrias e esperanças, fielmente lhes anunciemos a salvação e, com eles, sigamos no caminho do vosso reino.
A assembleia aclama:
℟.: Ajudai-nos a criar um mundo novo.

3C: Lembrai-vos dos nossos irmãos e irmãs (N. e N.), que adormeceram na paz do vosso Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé só vós conhecestes: acolhei-os na luz da vossa face e, na ressurreição, concedei-lhes a plenitude da vida.
A assembleia aclama:
℟.: Concedei-lhes, ó Senhor, a luz eterna!

4C: Concedei também a nós, no fim da nossa peregrinação terrestre, chegarmos todos à morada eterna, onde viveremos para sempre convosco e, com a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, os Apóstolos e Mártires, (São N.: Santo do dia ou padroeiro) e todos os Santos, vos louvaremos e glorificaremos,
Une as mãos
por Jesus Cristo, vosso Filho.

Ergue a patena com a hóstia e o cálice, dizendo:
Pres.: Por Cristo, com Cristo, e em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, por todos os séculos dos séculos.
A assembleia aclama:
℟.: Amém.
ORAÇÃO DO SENHOR

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz, de mãos unidas:
Pres.: Obedientes à palavra do Salvador e formados por seu divino ensinamento, ousamos dizer:
O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
℟.: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade,  assim na terra como no céu;  o pão nosso de cada dia nos daí hoje,  perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos. 
℟.: 
Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Pres.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
℟.: Amém.

O sacerdote, voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
Pres.: 
A paz do Senhor esteja sempre convosco.
℟.: O amor de Cristo nos uniu.

SAUDAÇÃO DA PAZ

Em seguida, se for oportuno, o diácono ou o sacerdote diz:
℣.: Irmãos e irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.
E, todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros a paz, a comunhão e a caridade; o sacerdote dá a paz ao diácono e a outros ministros.
 
FRAÇÃO DO PÃO
(Cordeiro - Ir. Miria T. Kolling)

Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio.

Enquanto isso, canta-se:
CORDEIRO DE DEUS
QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
Ó TENDE, PIEDADE,
PIEDADE DE NÓS!

CORDEIRO DE DEUS
QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
Ó TENDE, PIEDADE,
PIEDADE DE NÓS!

CORDEIRO DE DEUS
QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
Ó DAI-NOS A PAZ,
SENHOR, A VOSSA PAZ!


Em seguida, o sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio.

O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia na mão e, elevando-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice, diz em voz alta, voltado para o povo:
Pres.: Felizes os convidados para o Banquete nupcial do Cordeiro. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
℟.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

COMUNHÃO
(Vejam, eu Andei pelas Vilas)

O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio e reverentemente comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio; e reverentemente comunga o Sangue de Cristo.

Em seguida, toma a patena ou o cibório, aproxima-se dos que vão comungar e mostra a hóstia um pouco elevada a cada um deles, dizendo:
℣.: O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
℟.: Amém.
E comunga.

Enquanto o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, inicia-se o canto da Comunhão.

VEJAM, EU ANDEI PELAS VILAS,
APONTEI AS SAÍDAS COMO O PAI ME PEDIU
PORTAS, EU CHEGUEI PARA ABRI-LAS,
EU CUREI AS FERIDAS COMO NUNCA SE VIU

POR ONDE FORMOS TAMBÉM NÓS QUE BRILHE A TUA LUZ!
FALA, SENHOR, NA NOSSA VOZ, EM NOSSA VIDA
NOSSO CAMINHO ENTÃO CONDUZ. QUEREMOS SER ASSIM!
QUE O PÃO DA VIDA NOS REVIGORE NO NOSSO "SIM"!

VEJAM, FIZ DE NOVO A LEITURA
DAS RAÍZES DA VIDA QUE MEU PAI VÊ MELHOR
LUZES, ASCENDI COM BRANDURA
PARA A OVELHA PERDIDA NÃO MEDI MEU SUOR

(REFRÃO)

VEJAM, PROCUREI BEM AQUELES
QUE NINGUÉM PROCURAVA E FALEI DO MEU PAI
POBRES, A ESPERANÇA QUE É DELES
EU NÃO QUIS VER ESCRAVA DE UM PODER QUE RETRAI

(REFRÃO)

VEJAM, SEMEEI CONSCIÊNCIA
NOS CAMINHOS DO POVO POIS O PAI QUER ASSIM
TRAMAS, ENFRENTEI PREPOTÊNCIA
DOS QUE TEMEM O NOVO QUAL PERIGO SEM FIM

(REFRÃO)

VEJAM, EU QUEBREI AS ALGEMAS,
LEVANTEI OS CAÍDOS DO MEU PAI FUI AS MÃOS
LAÇOS, RECUSEI OS ESQUEMAS
EU NÃO QUERO OPRIMIDOS, QUERO UM POVO DE IRMÃOS

(REFRÃO)

VEJAM, PROCUREI SER BEM CLARO:
O MEU REINO É DIVERSO NÃO PRECISA DE REI!
TRONOS OUTRO JEITO MAIS RARO
DE JUNTAR O DISPERSO O MEU PAI TEM POR LEI

(REFRÃO)

VEJAM, DO MEU PAI A VONTADE
EU CUMPRI PASSO A PASSO FOI PARA ISSO QUE EU VIM
DORES, ENFRENTEI A MALDADE,
MESMO FRENTE AO FRACASSO EU MANTIVE O MEU "SIM"

(REFRÃO)

VEJAM, FUI ALÉM DAS FRONTEIRAS,
ESPALHEI A BOA-NOVA: TODOS FILHOS DE DEUS!
VIDA, NÃO SE DEIXE NAS BEIRAS
QUEM QUISER MAIOR PROVA: VENHA SER UM DOS MEUS!

(REFRÃO)

ANTÍFONA DE COMUNHÃO

Se, porém, não se canta, a antífona que vem no Missal pode ser recitada ou pelos fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor, ou então pelo próprio sacerdote depois de ter comungado e antes de dar a Comunhão aos fiéis:
℣.: O Senhor é bondoso para quem nele confia, para a alma que o procura. (Lm 3, 25)

Ou:

℣.: Há um só pão e, embora sendo muitos, formamos um só corpo, todos os que participamos do mesmo pão e do mesmo cálice. (Cf. 1Cor 10, 17)

Terminada a Comunhão, o sacerdote, o diácono ou acólito purifica a patena e o cálice.

Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
Pres.: 
Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno.

Então o sacerdote pode voltar à cadeira. É aconselhável guardar algum tempo de silêncio sagrado ou proferir um salmo ou outro cântico de louvor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Em seguida, junto ao altar ou à cadeira, o sacerdote, de pé, voltado para o povo, diz de mãos unidas:
Pres.: 
Oremos.
Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração:
Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que inebriados e saciados pelo sacramento que recebemos, sejamos transformados naquele que comungamos. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

RITOS FINAIS

BÊNÇÃO FINAL

Se for necessário, façam-se breves comunicações ao povo.

Em seguida, faz-se a despedida. O sacerdote, voltado para o povo, abre os braços e diz:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

O sacerdote estende as mãos sobre o povo, dizendo:
Pres.: Deus todo-poderoso vos livre sempre de toda adversidade e derrame benigno sobre vós os dons da sua bênção.
℟.: Amém.

Pres.: Torne os vossos corações atentos à sua palavra, a fim de que transbordeis de alegria divina.
℟.: Amém.

Pres.: Assim, abraçando o bem e a justiça, possais correr sempre pelo caminho dos mandamentos divinos e tornar-vos coerdeiros dos santos.
℟.: Amém.

O sacerdote abençoa o povo, dizendo:
Pres.: E a bênção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo desça sobre vós e permaneça para sempre.
O povo responde:
℟.: Amém.

Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:
℣.: Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
℟.: Graças a Deus!


Então o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita com os ministros a devida reverência, retira-se.

CANTO FINAL
(Nova Geração)

EU VENHO DO SUL E DO NORTE
DO OESTE E DO LESTE, DE TODO LUGAR
ESTRADA DA VIDA EU PERCORRO
LEVANDO SOCORRO A QUEM PRECISAR
ASSUNTO DE PAZ É MEU FORTE
EU CRUZO MONTANHAS E VOU APRENDER
O MUNDO NÃO ME SATISFAZ, O QUE EU QUERO É A PAZ
O QUE EU QUERO É VIVER

NO PEITO EU LEVO UMA CRUZ
NO MEU CORAÇÃO O QUE DISSE JESUS (2X)

EU SEI QUE NÃO TENHO A IDADE
DA MATURIDADE DE QUEM JÁ VIVEU
MAS SEI QUE JÁ TENHO A IDADE
DE VER A VERDADE, O QUE EU QUERO SER EU
O MUNDO FERIDO E CANSADO
DE UM NEGRO PASSADO DE GUERRAS SEM FIM
TEM MEDO DA BOMBA QUE FEZ
A FÉ QUE DESFEZ MAS APONTA PRA MIM

EU VENHO TRAZER MEU RECADO
NÃO TENHO PASSADO MAS SEI ENTENDER
UM JOVEM FOI CRUCIFICADO
POR TER ENSINADO A GENTE VIVER
EU GRITO AO MUNDO DESCRENTE
QUE EU QUERO SER GENTE, QUE EU CREIO NA CRUZ
EU CREIO NA FORÇA DO JOVEM
QUE SEGUE O CAMINHO DE CRISTO JESUS

MEDITANDO A PALAVRA DE DEUS

A FÉ COMO FIDELIDADE E CONFIANÇA EM DEUS

“Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda…” (Lc 17,6)

Iniciamos o Mês das Missões e a Palavra de Deus que hoje é proposta para guiar nossa semana, embora apresentando diversos assuntos (salvação, justiça e testemunho) faz um tema se destacar pela sua necessária presença na vida de um discípulo missionário: a Fé / Fidelidade. A medida em que o caminho do discipulado vai se direcionando para a cruz, os discípulos devem, com obediência e modéstia, tomar consciência de que ação divina permanece mistério mesmo quando tem a nossa participação. Diante de situações que fugiram aos nossos cálculos, ao invés de perder-se na frustração, o mais importante será renovar nosso compromisso com o “Reino” sem cobranças ou exigências. Ao contemplar a violência social e a soberba dos poderosos, nossa fé pode entrar em crise enfraquecendo a esperança, todavia o que  devemos fazer é revigorar a confiança na ação divina, esperar, acolher os seus dons e fazê-los frutificar pela ação missionária.

Na primeira leitura (Hab 1,2-3;2,2-4), o profeta Habacuc dialoga com Deus, indagando sobre as constantes tragédias sofridas pelo povo eleito. O profeta viveu em uma época cheia de violência, injustiça e opressão. A ganância dos governantes lançou Israel num caos social. Os poderosos adulteravam a Lei para usá-la em proveito próprio. Como resultado disto a injustiça imperava causando desigualdades, violência e morte. Diante dessa situação o profeta grita a Deus para que Ele se apresse e coloque fim a estes infortúnios (Hab 1,2). Em sua resposta, Deus convida a viver a esperança e a paciência na fidelidade. Deus lembra ao profeta que não age conforme as exigências e as ansiedades humanas, mas sim no tempo oportuno e conforme seu plano de salvação. A verdade é que a realidade atual ainda não difere muito daquela na qual viveu o profeta. Seja pelo contexto de injustiça e guerras, seja pela indignação que sentimos quando achamos que Deus não está agindo para pôr fim ao mal que parece reinar no mundo. Do mesmo modo que o profeta, precisamos amadurecer a fé e entender que Deus não é um solícito garçom sempre à espera do nosso aceno para vir organizar a mesa do restaurante que nós deliberadamente destruímos. Afinal, não é esta a imagem de temos de Deus? De alguém que deve vir apressadamente consertar a destruição que nossa ganância e maldade causaram?

Na segunda leitura (2Tm 1,6-8.13-14) somos apresentados ao segundo escrito de São Paulo ao seu amigo e companheiro de missão, Timóteo. Em meio as dificuldades do anúncio do Evangelho, o Apóstolo exorta-o a manter o ânimo diante das perseguições, renovar seu compromisso e fidelidade ao Senhor Jesus Cristo. Como discípulo, ele deve firmar-se na fidelidade, para poder confirmar seus irmãos na fé. De modo semelhante ao que acontece em nossa sociedade atual, a fé cristã era ridicularizada e perseguida no mundo da antiguidade, por isto, Paulo lembra ao amigo que ter fé também significa não se envergonhar de Cristo diante dos perseguidores. E se hoje sofremos com ideologias que se mascaram dentro da Igreja com a imagem de falsas e erradas teologias, na época antiga não era diferente, por isto o missionário deveria buscar manter fielmente o anúncio da sã doutrina recebida dos Apóstolos e não se deixar enganar pelas seitas gnósticas e heresias que começavam a surgir. Como guardião de um tesouro, Timóteo devem zelar pelo “bom depósito” da fé que é o verdadeiro Evangelho confiado a ele.

O Evangelho (Lc 17,5-10) nos lembra que continuamos a caminhada para Jerusalém, acompanhando Jesus em seus ensinamentos. São “lançadas” duas parábolas que visam preparar o coração dos discípulos, fazendo-os compreender o verdadeiro sentido da fé, virtude essencial para enfrentar as dificuldades que viriam. No Antigo Testamento, ter fé era resultado de um conjunto que unia Esperança, Autenticidade e Lealdade para com Deus; no Novo Testamento, o seguimento a Jesus Cristo sugere que todas estas atitudes são indicadas pelo mesmo termo em grego, pistis[1], e em latim, fides[2]. De fato, a fé exige não apenas “crer”, mas também a lealdade e a fidelidade, ou seja, reivindica que sejamos fiéis ao objeto de nossa fé.

O pedido dos discípulos sobre a Fé (vs.5) revela que eles a enxergavam como quantidade, ao passo que Jesus a enxergava como qualidade. Por isto, o importante é que nossa fé seja capaz de dar grandes frutos como a semente da mostarda que no seu início é a menor das sementes, mas que pela perseverança e fidelidade a sua própria essência, se torna a maior das hortaliças. Os discípulos deveriam ter fé, como ato de confiança em Deus. Uma fé viva, perseverante, forte e eficaz.

A segunda parábola ensina que viver a vida de fé significa continuar realizando os trabalhos de evangelização com toda confiança mesmo quando não temos nossos esforços reconhecidos, não recebemos agradecimentos e nada parece frutificar. Devemos permanecer consciente de que somos servos comuns. Sem buscar feitos fabulosos ou espetaculares que erroneamente levariam o discípulo a querer se tornar o centro das atenções. (Algo bem comum em nosso tempo cada vez mais cheio de supostos “apóstolos” que reivindicam para si a “posse” do Espírito Santo e uma infindável lista de milagres e curas para assim levar o povo a sua “igreja”, ao invés de o conduzir a Jesus Cristo).

Estejamos atentos: Jesus não está negando que a ação missionária dos discípulos seja importante e útil. Mas lembra que os cristãos, trabalhadores na vinha do Senhor, são servos passageiros, pois o Reino não se encerra com a nossa missão e nossa vida. Graças a providência divina, um dia, outros discípulos missionários nos substituirão e darão continuidade ao anúncio do Evangelho cuidando com igual zelo e amor do seu rebanho e sua vinha.

Jesus convida aos discípulos de todas as épocas a aderir, com coragem e radicalidade, ao projeto de vida que Nele, Deus Pai veio oferecer a humanidade. A fé (fidelidade) em Deus cresce quando saímos de nós mesmos para servir a quem precisa. Desta “fé” que leva a servir a Deus através do serviço ao próximo depende a edificação do “Reino” no mundo. Aqueles que se comprometeram com a construção do “Reino” devem saber que não agem por si próprios, são instrumentos através dos quais Deus realiza a salvação. Santa Tereza de Calcutá disse: “Sou apenas um lápis torto e quebrado que Deus insiste em usar para escrever a salvação”.

Em uma sociedade mercantilista e egocêntrica como a nossa que exige sempre uma gratificação por qualquer serviço, aos cristãos resta dar o testemunho de cumprir o seu papel com humildade e gratuidade, como “servos que apenas fizeram o que deviam fazer”.