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COM. CATÓLICA DE MINECRAFT - 10 ANOS DE PEREGRINAÇÃO

COM. CATÓLICA DE MINECRAFT - 10 ANOS DE PEREGRINAÇÃO

Semanário Litúrgico-Catequético | XXII Domingo do Tempo Comum, Ano C

 

 SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO
XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C

"Peregrinos porque chamados"

31.08.2025

RITOS INICIAIS

CANTO DE ENTRADA
(O Senhor me Chamou a Viver)

Reunido o povo, o sacerdote dirige-se ao altar com os ministros, durante o canto de entrada.

O SENHOR ME CHAMOU A VIVER,
A VIVER A ALEGRIA DO AMOR
FOI TEU AMOR QUEM NOS FEZ CONHECER
TODA ALEGRIA, DA VIDA, SENHOR.

SENHOR DA VIDA, TEU AMOR
NOS FAZ RECOMEÇAR.
EU SEI QUE A NOSSA VIDA É VIDA
PERDIDA PRA QUEM NÃO AMAR.

NUNCA É LONGO DEMAIS O CAMINHO
QUE NOS LEVA AO ENCONTRO DO AMOR
FOI TEU AMOR QUE NOS FEZ DESCOBRIR
TODA ALEGRIA DA VIDA, SENHOR.

SENHOR DA VIDA, TEU AMOR
NOS FAZ RECOMEÇAR.
EU SEI QUE A NOSSA VIDA É VIDA
PERDIDA PRA QUEM NÃO AMAR.

O SENHOR NOS CHAMOU A VIVER,
A VIVER COMO IRMÃOS SIMPLESMENTE
FOI TEU AMOR QUE NOS FEZ CONHECER QUE O PRÓPRIO
DEUS VIVE A VIDA DA GENTE.

SENHOR DA VIDA, TEU AMOR
NOS FAZ RECOMEÇAR.
EU SEI QUE A NOSSA VIDA É VIDA
PERDIDA PRA QUEM NÃO AMAR.

Chegando ao altar e feita a devida reverência, beija-o em sinal de veneração e, se for oportuno, incensa-o. Em seguida, todos dirigem-se às cadeiras.

ANTÍFONA DE ENTRADA 

Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona:
Piedade de mim, ó Senhor, porque clamo por vós todo o dia! Ó Senhor, vós sois bom e clemente, sois perdão para quem vos invoca. (Cf. Sl 85, 3. 5)

SAUDAÇÃO

Terminado o canto de entrada, toda a assembleia, de pé, faz o sinal da cruz, enquanto o sacerdote diz:
Pres.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
℟.: Amém.

O sacerdote, voltado para o povo e abrindo os braços, saúda-o:
Pres.:  A vós, irmãos, paz e fé da parte de Deus, o Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
℟.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

O sacerdote, diácono ou outro ministro devidamente preparado poderá, em breves palavras, introduzir os fiéis na missa do dia.

ATO PENITENCIAL

Pres.: No início desta celebração eucarística, peçamos a conversão do coração, fonte de reconciliação e comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs.

Após um momento de silêncio, o sacerdote diz:
Pres.: 
Tende compaixão de nós, Senhor.
O povo:
℟.: 
Porque somos pecadores.
O sacerdote:
Pres.: 
Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia.
O povo:
℟.: 
E dai-nos a vossa salvação.

Segue-se a absolvição sacerdotal:
Pres.: 
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
O povo responde:
℟.: Amém.
 
Seguem-se as invocações Senhor, tende piedade de nós (Kýrie eléison), caso já não tenham ocorrido no ato penitencial:
Pres.: Senhor, tende piedade de nós. 
℟.: Senhor, tende piedade de nós. 
Pres.: Cristo, tende piedade de nós. 
℟.: Cristo, tende piedade de nós.
Pres.: Senhor, tende piedade de nós.
℟.: Senhor, tende piedade de nós.

HINO DO GLÓRIA
(Glória - Pe. Ney Brasil)

Canta-se ou recita-se em seguida o hino:

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS
E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS!

SENHOR DEUS, REI DOS CÉUS, DEUS PAI TODO PODEROSO
NÓS VOS LOUVAMOS, NÓS VOS BENDIZEMOS
NÓS VOS ADORAMOS, NÓS VOS GLORIFICAMOS.

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS
E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS!

NÓS VOS DAMOS GRAÇAS, POR VOSSA IMENSA GLÓRIA.
SENHOR NOSSO JESUS CRISTO, FILHO UNIGÊNITO
SENHOR DEUS, CORDEIRO DE DEUS, FILHO DE DEUS PAI.

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS
E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS!

VÓS QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
TENDE PIEDADE DE NÓS
VÓS QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO, 
ACOLHEI A NOSSA SÚPLICA
VÓS QUE ESTAIS À DIREITA DO PAI, 
TENDE PIEDADE DE NÓS

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS
E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS!

SÓ VÓS SOIS SANTO
SÓ VÓS O SENHOR
SÓ VÓS O ALTÍSSIMO, JESUS CRISTO
COM O ESPÍRITO SANTO
NA GLÓRIA DE DEUS PAI.

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS
E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS!

AMÉM!


ORAÇÃO COLETA

Terminado o hino, de mãos unidas, o sacerdote diz:
Pres.: Oremos.
E todos oram com o sacerdote, por algum tempo, em silêncio. Então o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Coleta:
Deus onipotente, fonte de todo dom perfeito, semeai em nossos corações o amor ao vosso nome e, estreitando os laços que nos unem convosco, fazei crescer em nós o que é bom e guardai com amorosa solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

PRIMEIRA LEITURA
(Eclo 3, 19-21. 30-31)

Leitor: Leitura do Livro do Eclesiástico
Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor. Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios. Pois grande é o poder do Senhor, mas ele é glorificado pelos humildes. Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado está enraizada nele, e ele não compreende. O homem inteligente reflete sobre as palavras dos sábios, e com ouvido atento deseja a sabedoria.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL
(Sl 67(68))

— COM CARINHO PREPARASTES UMA MESA PARA O POBRE.

— OS JUSTOS SE ALEGRAM NA PRESENÇA DO SENHOR, REJUBILAM SATISFEITOS E EXULTAM DE ALEGRIA! CANTAI A DEUS, A DEUS LOUVAI, CANTAI UM SALMO A SEU NOME! O SEU NOME É SENHOR: EXULTAI DIANTE DELE! ℟.

— DOS ÓRFÃOS ELE É PAI, E DAS VIÚVAS PROTETOR: É ASSIM O NOSSO DEUS EM SUA SANTA HABITAÇÃO. É O SENHOR QUEM DÁ ABRIGO, DÁ UM LAR AOS DESERDADOS, QUEM LIBERTA OS PRISIONEIROS E OS SACIA COM FARTURA. ℟.

— DERRAMASTES LÁ DO ALTO UMA CHUVA GENEROSA, E VOSSA TERRA, VOSSA HERANÇA, JÁ CANSADA, RENOVASTES; E ALI VOSSO REBANHO ENCONTROU SUA MORADA; COM CARINHO PREPARASTES ESSA TERRA PARA O POBRE. ℟.

SEGUNDA LEITURA
(Hb 12, 18-19. 22-24a)

Leitor: Leitura da Carta aos Hebreus
Irmãos: Vós não vos aproximastes de uma realidade palpável: “fogo ardente e escuridão, trevas e tempestade, som da trombeta e voz poderosa”, que os ouvintes suplicaram não continuasse. Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; da assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus; de Deus, o Juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição; de Jesus, mediador da nova aliança.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.


ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
(Aleluia!)

ALELUIA, ALELUIA,
ALELUIA, ALELUIA!

TOMAI MEU JUGO SOBRE VÓS E APRENDEI DE MIM,
QUE SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO!

ALELUIA, ALELUIA,
ALELUIA, ALELUIA!

Enquanto isso, o sacerdote, quando se usa incenso, coloca-o no turíbulo. O diácono, que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se profundamente diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:
℣.: Dá-me a tua bênção.
O sacerdote diz em voz baixa:
Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
℣.: Amém.

Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio.

EVANGELHO
(Lc 14, 1. 7-14)

O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e velas, e diz:
℣.
O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

O diácono ou o sacerdote diz:
℣.Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas
e, enquanto isso, faz o sinal da cruz sobre o livro e, depois, sobre si mesmo, na fronte, na boca e no peito.
℟.: Glória a vós, Senhor.

Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.
℣.
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: “Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”. E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.
℣.Palavra da Salvação.
℟.: Glória a vós, Senhor.

Depois beija o livro, dizendo em silêncio a oração.

HOMILIA

Em seguida, faz-se a homilia, que compete ao sacerdote ou diácono; ela é obrigatória em todos domingos e festas de preceito e recomendada também nos outros dias.

PROFISSÃO DE FÉ
(Símbolo dos Apóstolos)

Pres.: Professemos a nossa fé.
℟.: Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, Às palavras seguintes até da Virgem Maria, todos se inclinam. que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.

ORAÇÃO DOS FIÉIS

Pres.: Caríssimos irmãos e irmãs: Supliquemos com humildade ao Pai do Céu, que nos manda interceder por todos os homens, pedindo-Lhe que escute a nossa oração universal, dizendo (ou: cantando):
℟.: Ouvi-nos, Senhor.

1. Para que a Igreja santa de Deus tenha a sabedoria de ensinar os homens de hoje como Jesus o fazia em suas parábolas, oremos. 

2. Para que os responsáveis do País, a qualquer nível, se preocupem com os cidadãos mais esquecidos e se coloquem sem descanso ao seu serviço, oremos. 

3. Para que as viúvas, os órfãos e os pobres, os humilhados, os prisioneiros e os desterrados, sintam que a Boa Nova do Reino é para eles, oremos. 

4. Para que todos os religiosos e religiosas sirvam a Deus de coração sincero, em total fidelidade aos seus votos, oremos.  

5. Para que os membros da nossa assembleia sintam que estão na presença do Deus vivo e de Jesus, o Senhor ressuscitado, oremos. 

Pres.: Fazei, Senhor, que, pela força do vosso Espírito, os nossos ouvidos escutem o que ensinais, e o nosso coração o ponha em prática, para nos tornarmos ricos da sabedoria de Deus. Por Cristo Senhor nosso.
℟.: Amém.

LITURGIA EUCARÍSTICA

PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS
(Trabalhar o Pão)

Inicia-se o canto da preparação das oferendas, enquanto os ministros colocam no altar o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal.

TRABALHAR O PÃO, CELEBRAR O PÃO,
OFERECER E CONSAGRAR E COMUNGAR O PÃO (BIS)

FRUTO DO SUOR E DO TRABALHO, SACRIFÍCIO QUE JESUS PEDIU,
PÃO DA LIBERDADE E DA JUSTIÇA, PÃO DA VIDA, PÃO DO CÉU:
TE OFERTAMOS PORQUE TUDO É TEU.

(REFRÃO)

FRUTO DA ESPERANÇA E DA PARTILHA, SANTA MISSA QUE NOS FAZ IRMÃOS,
PÃO DA LIBERDADE E DA JUSTIÇA, PÃO DA VIDA, PÃO DO CÉU:
PÃO BENDITO DE LIBERTAÇÃO!

(REFRÃO)

Convém que os fiéis expressem sua participação trazendo uma oferenda, seja pão e vinho para a celebração da Eucaristia, seja outro donativo para auxílio da comunidade e dos pobres.

O sacerdote, de pé junto ao altar, recebe a patena com o pão em suas mãos e, levantando-a um pouco sobre o altar, diz em silêncio a oração. Em seguida, coloca a patena com o pão sobre o corporal.

O diácono ou o sacerdote coloca vinho e um pouco d'água no cálice, rezando em silêncio.

Em seguida, o sacerdote recebe o cálice em suas mãos e, elevando-o um pouco sobre o altar, diz em silêncio a oração: depois, coloca o cálice sobre o corporal.

Em seguida o sacerdote, profundamente inclinado, reza em silêncio.

E, se for oportuno, incensa as oferendas, a cruz e o altar. Depois, o diácono ou outro ministro incensa o sacerdote e o povo.

Em seguida, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio a oração.

CONVITE À ORAÇÃO

Estando, depois, no meio do altar e voltado para o povo, o sacerdote estende e une as mãos e diz:
Pres.: Orai, irmãos e irmãs, para que, trazendo ao altar as alegrias e fadigas de cada dia, nos disponhamos a oferecer um sacrifício aceito por Deus Pai todo-poderoso.
℟.: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja.

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

Em seguida, abrindo os braços, o sacerdote profere a oração sobre as oferendas;
Pres.: Este santo sacrifício, Senhor, nos traga a perene bênção da salvação e vosso poder leve à plenitude o que celebramos no sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

ORAÇÃO EUCARÍSTICA II

PREFÁCIO DOS DOMINGOS DO TEMPO COMUM VII
(A salvação pela obediência de Cristo)

Começando a Oração Eucarística, o sacerdote abre os braços e diz ou canta:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.
Erguendo as mãos, o sacerdote prossegue:
Pres.: Corações ao alto.
℟.: O nosso coração está em Deus.
O sacerdote, com os braços abertos, acrescenta:
Pres.: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
℟.: É nosso dever e nossa salvação.
O sacerdote, de braços abertos, reza ou canta o Prefácio.
Pres.: Na verdade, é digno e justo, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Pois, em vossa misericórdia, amastes tanto o mundo que nos enviastes vosso próprio Filho como Redentor. Quisestes que ele fosse em tudo igual a nós, menos no pecado, para amardes em nós o que vos comprazia em vosso Filho. Por sua obediência, ele restaurou os dons que, por nossa desobediência, pecando, tínhamos perdido. Por isso, também nós vos louvamos, Senhor, com todos os Anjos e Santos, e, exultantes, cantamos (dizemos) a uma só voz:

SANTO
(Santo - Pe. Sílvio Milanez)

SANTO, SANTO, SANTO
SENHOR DEUS DO UNIVERSO.
O CÉU E A TERRA PROCLAMAM,
PROCLAMAM A VOSSA GLÓRIA.

HOSANA, HOSANA, HOSANA
HOSANA NAS ALTURAS.

BENDITO AQUELE QUE VEM
EM NOME DO SENHOR.

HOSANA, HOSANA, HOSANA
HOSANA NAS ALTURAS.

Ou, para a recitação:
℟.: Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Na verdade, ó Pai, vós sois Santo, fonte de toda santidade.
Une as mãos e, estendendo-as sobre as oferendas, diz:
Santificai, pois,estes dons, derramando sobre eles o vosso Espírito, 
une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo tempo sobre o pão e o cálice, dizendo:
a fim de que se tornem para nós o Corpo e + o Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
A assembleia aclama:
℟.: Enviai o vosso Espírito Santo!

O relato da instituição da Eucaristia seja proferido de modo claro e audível, como requer a sua natureza.
Pres.: Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão, 
toma o pão e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção de ação de graças, partiu e o deu a seus discípulos.
inclina-se levemente
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena e genuflete em adoração.

Então prossegue:
Do mesmo modo, no fim da ceia, 
toma o cálice nas mãos e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos e, dando graças novamente, o entregou a seus discípulos.
inclina-se levemente
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e genuflete em adoração.

Em seguida, diz:
Pres.: Mistério da fé!
A assembleia aclama:
℟.: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Celebrando, pois, o memorial da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o Pão da vida e o Cálice da salvação; e vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir.
A assembleia aclama:
℟.: Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!

Pres.: Suplicantes, vos pedimos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.
A assembleia aclama:
℟.: O Espírito nos una num só corpo!

1C: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro; e aqui convocada no dia em que Cristo venceu a morte e nos fez participantes de sua vida imortal; que ela cresça na caridade, em comunhão com o Papa Bento, com o nosso Bispo N.*, os bispos do mundo inteiro, os presbíteros, os diáconos e todos os ministros do vosso povo.
(*) Aqui pode-se fazer menção dos Bispos Coadjutores ou Auxiliares, conforme vem indicado na Instrução Geral sobre o Missal Romano, n. 149.
A assembleia aclama:
℟.: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!

2C: Lembrai-vos também, na vossa misericórdia, dos nossos irmãos e irmãs que adormeceram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida; acolhei-os junto a vós na luz da vossa face.
A assembleia aclama:
℟.: Concedei-lhes, ó Senhor, a luz eterna!

3C: Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus, São José, seu esposo, os Apóstolos, (São N.: Santo do dia ou padroeiro) e todos os Santos que neste mundo viveram na vossa amizade, a fim de vos louvarmos e glorificarmos
une as mãos
por Jesus Cristo, vosso Filho.

Ergue a patena com a hóstia e o cálice, dizendo:
Pres.: Por Cristo, com Cristo, e em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, por todos os séculos dos séculos.
A assembleia aclama:
℟.: Amém.

ORAÇÃO DO SENHOR

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz, de mãos unidas:
Pres.: Obedientes à palavra do Salvador e formados por seu divino ensinamento, ousamos dizer:
O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
℟.: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade,  assim na terra como no céu;  o pão nosso de cada dia nos daí hoje,  perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos. 
℟.: 
Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Pres.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
℟.: Amém.

O sacerdote, voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
Pres.: 
A paz do Senhor esteja sempre convosco.
℟.: O amor de Cristo nos uniu.

SAUDAÇÃO DA PAZ

Em seguida, se for oportuno, o diácono ou o sacerdote diz:
℣.: Como filhos e filhas do Deus da paz, saudai-vos com um gesto de comunhão fraterna.
E, todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros a paz, a comunhão e a caridade; o sacerdote dá a paz ao diácono e a outros ministros.
 
FRAÇÃO DO PÃO
(Cordeiro - Ir. Miria T. Kolling)

Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio.

Enquanto isso, canta-se:
CORDEIRO DE DEUS
QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
Ó TENDE, PIEDADE,
PIEDADE DE NÓS!

CORDEIRO DE DEUS
QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
Ó TENDE, PIEDADE,
PIEDADE DE NÓS!

CORDEIRO DE DEUS
QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
Ó DAI-NOS A PAZ,
SENHOR, A VOSSA PAZ!


Em seguida, o sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio.

O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia na mão e, elevando-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice, diz em voz alta, voltado para o povo:
Pres.: Provai e vede como o Senhor é bom; feliz de quem nele encontra seu refúgio.
℟.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

COMUNHÃO
(Tua Mesa, Senhor)

O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio e reverentemente comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio; e reverentemente comunga o Sangue de Cristo.

Em seguida, toma a patena ou o cibório, aproxima-se dos que vão comungar e mostra a hóstia um pouco elevada a cada um deles, dizendo:
℣.: O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
℟.: Amém.
E comunga.

Enquanto o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, inicia-se o canto da Comunhão.

1. TUA MESA, SENHOR, TEM LUGARES SOBRANDO,
PORQUE MUITOS IRMÃOS NÃO PUDERAM CHEGAR.
É PRECISO MAIS GENTE QUE VÁ PROCLAMANDO
QUE SÓ TU ÉS O PÃO QUE NOS PODE SALVAR.

QUEM ESTÁ NESTA MESA, QUEM JÁ TEM SEU LUGAR,
COMPREENDA A GRANDEZA DO TEU REINO ANUNCIAR.

2. MULTIPLICAS O PÃO QUE SUSTENTA E SACIA,
PARA SER ALIMENTO DE LIBERTAÇÃO.
É PRECISO MAIS GENTE QUE SINTA A ALEGRIA
DE FAZER A PARTILHA COM OS OUTROS IRMÃOS.

3. TU VIESTE SALVAR O QUE ESTAVA PERDIDO,
E POR ESTA MISSÃO DESTE A VIDA NA CRUZ.
É PRECISO MAIS GENTE QUE VIVA O SENTIDO
DO PROJETO CRISTÃO DE NO MUNDO SER LUZ.

ANTÍFONA DE COMUNHÃO

Se, porém, não se canta, a antífona que vem no Missal pode ser recitada ou pelos fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor, ou então pelo próprio sacerdote depois de ter comungado e antes de dar a Comunhão aos fiéis:
℣.: Como é grande, ó Senhor, a riqueza da vossa bondade, que reservais para aqueles que vos temem. (Cf. SI 30, 20)

℣.: 
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. (Mt 5, 9-10)

Terminada a Comunhão, o sacerdote, o diácono ou acólito purifica a patena e o cálice.

Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
Pres.: 
Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno.

Então o sacerdote pode voltar à cadeira. É aconselhável guardar algum tempo de silêncio sagrado ou proferir um salmo ou outro cântico de louvor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Em seguida, junto ao altar ou à cadeira, o sacerdote, de pé, voltado para o povo, diz de mãos unidas:
Pres.: 
Oremos.
Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração:
Revigorados pelo pão da mesa celeste nós vos pedimos, Senhor, que este alimento da caridade fortifique os nossos corações e nos leve a vos servir nos irmãos. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

RITOS FINAIS

BÊNÇÃO FINAL

Se for necessário, façam-se breves comunicações ao povo.

Em seguida, faz-se a despedida. O sacerdote, voltado para o povo, abre os braços e diz:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

O sacerdote abençoa o povo, dizendo:
Pres.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.O povo responde:
℟.: Amém.

Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:
℣.: Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
℟.: Graças a Deus!


Então o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita com os ministros a devida reverência, retira-se.

CANTO FINAL
(Mestre, Onde Moras?)

D1. NO MEU CORAÇÃO SINTO O CHAMADO
FICO INQUIETO: PRECISO RESPONDER
ENTÃO PERGUNTO: MESTRE, ONDE MORAS?
E ME RESPONDES QUE PRECISO CAMINHAR.
SEGUINDO TEUS PASSOS, FAZENDO A HISTÓRIA,
CONSTRUINDO O NOVO NO MEIO DO POVO.
SEGUINDO TEUS PASSOS, FAZENDO A HISTÓRIA,
CONSTRUINDO O NOVO NO MEIO DO POVO.

MESTRE, ONDE MORAS?
MESTRE, ONDE ESTÁS?
NO MEIO DO POVO.
VEM E VERÁS.
NO MEIO DO POVO.
VEM E VERÁS.

2. TE VEJO EM CADA ROSTO DAS PESSOAS,
TUA IMAGEM ME ANIMA E FAZ VIVER.
NO CORAÇÃO AMIGO QUE SE DOA,
NO SONHO DO TEU REINO ACONTECER.
TEU REINO É JUSTIÇA, É PAZ, É MISSÃO.
É A BOA NOVA DA LIBERTAÇÃO!
TEU REINO É JUSTIÇA, É PAZ, É MISSÃO.
É A BOA NOVA DA LIBERTAÇÃO!

3. TUA PALAVRA ABRE NOVOS HORIZONTES,
É CONVITE DE SERVIÇO AOS IRMÃOS.
ME CONSAGRA, ME ENVIA A ASSUMIR
TEU PROJETO NESTA VIDA, NESTE CHÃO.
MEU SIM É RESPOSTA, É MEU JEITO DE AMAR,
ESTAR COM TEU POVO, CONTIGO MORAR.
MEU SIM É RESPOSTA, É MEU JEITO DE AMAR,
ESTAR COM TEU POVO, CONTIGO MORAR.

MEDITANDO A PALAVRA DE DEUS
(Dom Anselmo Chagas)

Caros irmãos e irmãs,

Para este domingo a Liturgia da Palavra nos propõe uma reflexão sobre alguns valores importantes para o nosso quotidiano: a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado…  Na primeira leitura, tirada do Livro do Eclesiástico (cf. Eclo 3,19-21.30-31), a humildade é enfatizada como um caminho agradável a Deus, que proporciona ao homem êxito e felicidade.  O texto nos apresenta uma instrução de um pai ao seu filho, na qual mostra a humildade como uma das qualidades fundamentais que todos nós devemos cultivar. É na humildade e na simplicidade que reside o segredo da sabedoria e do bem.

O homem que se deixa dominar pelo orgulho torna-se egoísta, injusto e despreza os outros, sente-se superior aos demais e pratica, com frequência, gestos de prepotência, que o torna temido, mas nunca admirado ou amado.  É preciso reconhecer, com simplicidade, que tudo o que somos e temos é um dom de Deus e que as nossas qualidades não dependem dos nossos méritos, mas somente de Deus.

Na página do Evangelho encontramos Jesus como hóspede na casa de um chefe dos fariseus.  Os fariseus formavam um dos principais grupos da sociedade palestina desta época. Dominavam os ofícios sinagogais e estavam presentes em todas as atividades religiosas dos israelitas. A preocupação fundamental era transmitir a todos o amor pela Torá, quer escrita, quer oral. Tratava-se de um grupo sério, verdadeiramente empenhado na santificação do Povo de Deus; mas, ao absolutizar a Lei, esquecia das pessoas e não praticava o amor e a misericórdia. Os fariseus se consideravam puros, porque viviam de acordo com a Lei e desprezavam os que não cumpriam os seus preceitos integralmente; não eram propriamente modelos de humildade. Isso talvez explique a luta pelos lugares de honra que o Evangelho faz referência.

O relato evangélico nos situa no contexto de um banquete, que no mundo semita, era o espaço do encontro fraterno, onde os convivas partilham do mesmo alimento e estabelecem laços de comunhão, de proximidade, de familiaridade, de irmandade. Jesus aparece muitas vezes em banquetes, para sublinhar o sentido da comunhão, do encontro e da familiaridade, sinais que caracterizam o reino de Deus.

Observando que os convidados escolhiam os primeiros lugares à mesa, Jesus contou uma parábola, ambientada num banquete nupcial, dizendo: “Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados” (Lc 14,8-10). Alguém que ocupa logo o primeiro lugar, já não pode ser convidado pelo anfitrião para subir a um lugar melhor; só pode ser rebaixado, isto quando aparece alguma pessoa mais importante. Por isto, é melhor ocupar o último lugar, para poder receber o convite de ocupar um lugar de maior destaque.

No final da parábola Jesus sugere ao chefe dos fariseus que convide à sua mesa não os amigos, os parentes ou os vizinhos ricos, mas as pessoas mais pobres e marginalizadas, que não têm como retribuir esse gesto (cf. Lc 14,13-14). Os fariseus escolhiam cuidadosamente os seus convidados. Nas suas refeições, não convinha comparecer alguém de nível menos elevado, pois nesta refeição, não convinha estabelecer obrigatoriamente laços com pessoas tidas como desclassificadas.

Os fariseus também tinham a tendência, própria de todas as pessoas, de todas as épocas e culturas, de convidar aqueles que podiam retribuir da mesma forma. A questão é que, dessa forma, tudo se tornava um intercâmbio de favores e não gratuidade e amor desinteressado.

Jesus reprova esta prática e ressalta ser preciso convidar “os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos” (v.13), considerados pecadores notórios, amaldiçoados por Deus e, por isso, estavam proibidos de entrar no Templo (cf. 2Sm 5,8) para não profanar o lugar sagrado (cf. Lv 21,18-23). No entanto, para Jesus, são esses que devem ser os convidados para o banquete.  Com isto, Jesus fala do banquete celeste, quando todos estarão unidos por laços de familiaridade e comunhão, para o qual todos são convidados, inclusive os que a cultura social e religiosa tantas vezes exclui.  O acesso a este banquete escatológico não ocorre pelo jogo de interesse, mas pela gratuidade e pelo amor. Na verdade, a verdadeira recompensa, só Deus nos dará. Para participar deste banquete é necessário ser humilde, simples e estar a serviço do outro.  E Jesus conclui a parábola dizendo: “Aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (Lc 14,11).

A humildade é uma grande virtude humana, porque, em primeiro lugar, representa o modo de agir do próprio Deus. É o caminho escolhido por Cristo que “identificado como homem, se humilhou a si mesmo, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz” (Fl 2,7-8).

Nesta parábola podemos encontrar uma mensagem importante e atual.  Cristo nos convida a seguir o itinerário da humildade.   Hoje somos chamados a um compromisso honesto e a um profundo interesse pelo bem comum. A humildade é, portanto, o resultado de uma vitória do amor sobre o egoísmo e da graça sobre o pecado. Esta parábola faz pensar também na nossa posição em relação a Deus. O “último lugar” pode representar a condição da humanidade atingida pelo pecado.

No cântico do “Magnificat” Maria nos diz que Deus “olhou para a humildade da sua serva” (Lc 1,48). A humildade de Maria é aquilo que Deus mais aprecia.  A humildade de Deus que se fez carne, que se fez pequenino, e a humildade de Maria que O recebeu no seu seio; a humildade do Criador e a humildade da criatura. Foi deste encontro de humildade que nasceu Jesus, Filho de Deus e Filho do homem. A primeira leitura nos diz: “Quanto maior fores, tanto mais te deves humilhar, e assim encontrarás benevolência diante de Deus” (Eclo 3,18).

Humildade vem do latim “humilis”, que por sua vez deriva de “humus”, que quer dizer “terra”. Humilde é, pois, quem está ao nível do solo e se move perto da terra. Algo que corresponde exatamente à nossa pequenez e condição de criatura, parte insignificante do cosmos. Humilde é aquele que, com sabedoria e realismo, reconhece a distância que o separa do seu Criador. Por isso, Santa Teresa diz que “humildade é caminhar na verdade”.

A humildade é também muito cara para São Bento, que escreveu em sua Regra um longo capítulo dedicado a ela, ressaltando o seu valor e a sua importância para chegarmos ao reino celeste (cf. RB 7).  Possamos nós seguir o modelo dos santos, que souberam praticar a humildade; e também o exemplo do próprio Cristo, que se revelou como “manso e humilde de coração” (cf. Mt 11,29).

A humildade que o Senhor nos ensinou e que os Santos puderam testemunhar, cada qual segundo a originalidade da sua própria vocação, constitui um estilo de vida, um modelo para cada um de nós. Continuando a Celebração Eucarística, centro da nossa vida, peçamos a Nossa Senhora, modelo de uma vida humilde e santa, que nos guie pelo caminho da humildade, para podermos, um dia, sermos dignos da recompensa divina.  Assim seja.

D. Anselmo Chagas de Paiva, OSB
Mosteiro de São Bento/RJ