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COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

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Oremus pro pontificem nostro, Benedictus

Semanário Litúrgico-Catequético | Natividade de São João Batista


 SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO
NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA

24.06.2025

RITOS INICIAIS

CANTO DE ENTRADA
O Profeta

Reunido o povo, o sacerdote dirige-se com os ministros ao altar, enquanto se executa o canto de entrada.

ANTES QUE EU TE FORMASSE
DENTRO DO SEIO DE TUA MÃE
ANTES QUE TU NASCESSES,
TE CONHECIA E TE CONSAGREI
PARA SER MEU PROFETA
ENTRE AS NAÇÕES EU TE ESCOLHI
IRÁS ONDE ENVIAR-TE
E O QUE TE MANDO PROCLAMARÁS 

TENHO DE GRITAR, TENHO DE ARRISCAR,
AI DE MIM SE NÃO O FAÇO.
COMO ESCAPAR DE TI, COMO CALAR,
SE TUA VOZ ARDE EM MEU PEITO?
TENHO QUE ANDAR, TENHO QUE LUTAR,
AI DE MIM SE NÃO O FAÇO.
COMO ESCAPAR DE TI, COMO CALAR,
SE TUA VOZ ARDE EM MEU PEITO?

NÃO TEMAS ARRISCAR-TE
PORQUE CONTIGO EU ESTAREI.
NÃO TEMAS ANUNCIAR-ME,
EM TUA BOCA EU FALAREI.
ENTREGO-TE MEU POVO,
VAI ARRANCAR E DERRUBAR.
PARA EDIFICAR,
DESTRUIRÁS E PLANTARÁS. 

TENHO DE GRITAR, TENHO DE ARRISCAR,
AI DE MIM SE NÃO O FAÇO.
COMO ESCAPAR DE TI, COMO CALAR,
SE TUA VOZ ARDE EM MEU PEITO?
TENHO QUE ANDAR, TENHO QUE LUTAR,
AI DE MIM SE NÃO O FAÇO.
COMO ESCAPAR DE TI, COMO CALAR,
SE TUA VOZ ARDE EM MEU PEITO?

Chegando ao altar, faz com os ministros uma profunda inclinação, beija o altar em sinal de veneração e, se for oportuno, incensa a cruz e o altar. Depois se dirige com os ministros à cadeira. 

ANTÍFONA DE ENTRADA
(Jo 1, 6-7; Lc 1, 17)

Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona de entrada:
Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio dar testemunho da luz e preparar para o Senhor um povo bem-disposto.

SAUDAÇÃO INICIAL

Terminado o canto de entrada, o sacerdote e os fiéis, todos de pé, fazem o sinal da cruz, enquanto o sacerdote, voltado para o povo, diz:
Pres.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
℟.: Amém.

Em seguida, o sacerdote, abrindo os braços, saúda o povo com uma das seguintes fórmulas:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

O sacerdote, o diácono ou outro ministro poderá, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na Missa do dia.

ATO PENITENCIAL

Pres.: No dia em que celebramos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, também nós somos convidados a morrer para o pecado e ressurgir para uma vida nova. Reconheçamo-nos necessitados da misericórdia do Pai.
 
Após um momento de silêncio, usa-se a seguinte fórmula:
℣.: Confessemos os nossos pecados:
℟.: Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões,
e, batendo no peito, dizem:
por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa, E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.

Segue-se a absolvição sacerdotal:
Pres.: Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
℟.: Amém.
 
Seguem-se as invocações Kýrie eléison, caso já não tenham ocorrido no ato penitencial:
℣.: Kýrie, eléison.
℟.: Kýrie, eléison.
℣.: Christe, eléison.
℟.: Christe, eléison.
℣.: Kýrie, eléison.
℟.: Kýrie, eléison.

Ⓗ Segue-se, quando previsto, o hino.

HINO DE LOUVOR
Ir. Míria T. Kolling

Quando for prescrito, canta-se ou recita-se em seguida o hino:

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!

1. DEUS E PAI, NÓS VOS LOUVAMOS, ADORAMOS.
NÓS VOS BENDIZEMOS POR VOSSO AMOR;
DAMOS GLÓRIA ETERNA AO VOSSO SANTO NOME.
VOSSOS DONS VOS AGRADECEMOS, Ó PAI!

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!

2. SENHOR NOSSO, JESUS CRISTO, SALVADOR.
FILHO UNIGÊNITO DE DEUS PAI.
VÓS DE DEUS CORDEIRO, VÓS, CORDEIRO SANTO.
NOSSAS MUITAS CULPAS, SENHOR, PERDOAI!

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!

3. VÓS QUE ESTAIS SENTADO JUNTO DE DEUS PAI.
COMO NOSSO IRMÃO, NOSSO INTERCESSOR.
ACOLHEI, BENIGNO, OS NOSSO S PEDIDOS.
ATENDEI, SENHOR, ESTE NOSSO CLAMOR!

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!

4. VÓS, SENHOR JESUS, SOMENTE SOIS O SANTO.
DE DEUS O ALTÍSSIMO, O SENHOR.
COM O SANTO AMOR, ESPÍRITO DIVINO.
DE DEUS PAI NA GLÓRIA E NO PURO ESPLENDOR!

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!

ORAÇÃO DA COLETA

Terminado o hino, de mãos unidas, o sacerdote diz:
Pres.: Oremos.
E todos oram com o sacerdote, por algum tempo, em silêncio.
Ó Deus, que suscitastes São João Batista, a fim de preparar para o Cristo um povo perfeito, concedei ao vosso povo a graça das alegrias espirituais e dirigi os corações de todos os fiéis pelo caminho da salvação e da paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

PRIMEIRA LEITURA
(Is 49, 1-6)

Leitor: Leitura do Livro do Profeta Isaías
Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2ez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”. E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa”. E agora diz-me o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL
(Sa138)

℟. EU VOS LOUVO E VOS DOU GRAÇAS, Ó SENHOR, PORQUE DE MODO ADMIRÁVEL ME FORMASTES!

 Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos; percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos. ℟.

 Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes! ℟.

— Até o mais íntimo, Senhor, me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente, era formado nas entranhas subterrâneas. ℟.

SEGUNDA LEITURA
(At 13, 22-26)

Leitor: Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo disse: “Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade’. Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus. Antes que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. Estando para terminar sua missão, João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias’. Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação”.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO

ALELUIA, ALELUIA ,ALELUIA, ALELUIA!
ALELUIA, ALELUIA ,ALELUIA, ALELUIA!

SERÁS CHAMADO, Ó MENINO,
O PROFETA DO ALTÍSSIMO;
IRÁS DIANTE DO SENHOR,
PREPARANDO-LHES OS CAMINHOS.

ALELUIA, ALELUIA ,ALELUIA, ALELUIA!
ALELUIA, ALELUIA ,ALELUIA, ALELUIA!

O diácono, que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se profundamente diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:
℣.: Dá-me a tua bênção.

O sacerdote diz em voz baixa:
Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho  e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
℣.: Amém.

Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio:
Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho.

EVANGELHO
 (Lc 1, 57-66. 80)

O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e velas, e diz:
℣.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

O diácono ou o sacerdote diz:
℣.: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas.
℟.: Glória a vós, Senhor.
Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.
Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: “Não! Ele vai chamar-se João”. Os outros disseram: “Não existe nenhum parente teu com esse nome!” Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: “João é o seu nome”. E todos ficaram admirados. No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia. E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: “O que virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. E o menino crescia e se
℣.: Palavra da Salvação.
℟.: Glória a vós, Senhor.
Depois beija o livro, dizendo em silêncio.

HOMILIA

Em seguida, faz-se a homilia, que compete ao sacerdote ou diácono; ela é obrigatória em todos domingos e festas de preceito e recomendada também nos outros dias.

PROFISSÃO DE FÉ
Símbolo dos Apóstolos

℟.: Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.

ORAÇÃO DOS FIÉIS


Pres.: Irmãos e irmãs em Cristo: Na solenidade do nascimento de São João Baptista, elevemos a nossa oração ao Pai das misericórdias, pelas necessidades de todos os homens, dizendo (ou: cantando), com alegria:
Ass.: Santificai, Senhor, o vosso povo. 

1. Pela santa Igreja, peregrina em toda a terra, para que seja animada pelo espírito de profecia, que animou São João Baptista no deserto, oremos.

2. Pelos bispos, presbíteros e diáconos, para que, segundo a própria vocação, anunciem Aquele que está no meio de nós, oremos.

3. Pelos cristãos militantes e educadores da fé, para que, no meio das dificuldades que os cercam, não esqueçam que a sua recompensa está em Deus, oremos.

4. Pelos povos que ainda não conhecem a Cristo, para que Deus lhes envie missionários e profetas, e a salvação chegue até aos confins da terra, oremos.

5. Pelos lares cristãos onde há a alegria de um nascimento, para que os pais vejam nos filhos um dom de Deus e estejam prontos a educá-los na fé da Igreja, oremos.

6. Pela nossa comunidade (paroquial), para que seja humilde e servidora e se converta sempre mais a Jesus Cristo,

Pres.: Deus Pai, que nos escolhestes e chamastes a ser santos, fazei de nós vossos servidores, a fim de prepararmos os nossos irmãos para a vinda do vosso Filho Jesus Cristo. Ele que vive e reina por todos os séculos dos séculos.
Ass.: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS
Bendito seja Deus Pai

Inicia-se o canto da preparação das oferendas, enquanto os ministros colocam no altar o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal.

BENDITO SEJA DEUS PAI,
DO UNIVERSO CRIADOR,
PELO PÃO QUE NÓS RECEBEMOS,
FOI DE GRAÇA E COM AMOR.

O HOMEM QUE TRABALHA
FAZ A TERRA PRODUZIR.
O TRABALHO MULTIPLICA OS DONS
QUE NÓS VAMOS REPARTIR.

BENDITO SEJA DEUS PAI,
DO UNIVERSO O CRIADOR,
PELO VINHO QUE NÓS RECEBEMOS,
FOI DE GRAÇA E COM AMOR.

O HOMEM QUE TRABALHA
FAZ A TERRA PRODUZIR.
O TRABALHO MULTIPLICA OS DONS
QUE NÓS VAMOS REPARTIR.

E NÓS PARTICIPAMOS
DA CONSTRUÇÃO DO MUNDO NOVO,
COM DEUS, QUE JAMAIS DESPREZA
NOSSA IMENSA PEQUENEZ.

O HOMEM QUE TRABALHA
FAZ A TERRA PRODUZIR.
O TRABALHO MULTIPLICA OS DONS
QUE NÓS VAMOS REPARTIR.

Convém que os fiéis expressem sua participação trazendo uma oferenda, seja pão e vinho para a celebração da Eucaristia, seja outro donativo para auxílio da comunidade e dos pobres.

O sacerdote, de pé junto ao altar, recebe a patena com o pão em suas mãos e, levantando-a um pouco sobre o altar, diz em silêncio.

Em seguida, coloca a patena com o pão sobre o corporal.

O diácono ou o sacerdote coloca vinho e um pouco d'água no cálice, rezando em silêncio.

Em seguida, o sacerdote recebe o cálice em suas mãos e, elevando-o um pouco sobre o altar, diz em silêncio.

Coloca o cálice sobre o corporal.

Em seguida o sacerdote, profundamente inclinado, reza em silêncio.

E, se for oportuno, incensa as oferendas, a cruz e o altar. Depois, o diácono ou outro ministro incensa o sacerdote e o povo.

Em seguida, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio.

CONVITE À ORAÇÃO

Estando, depois, no meio do altar e voltado para o povo, o sacerdote estende e une as mãos e diz:
Pres.: Orai, irmãos e irmãs, para que o sacrifício da Igreja, nesta pausa restauradora na caminhada rumo ao céu, seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.
℟.: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja.

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

Em seguida, abrindo os braços, o sacerdote profere a oração sobre as oferendas:
Pres.: Acorremos, Senhor, ao vosso altar com a abundância dos nossos dons, celebrando com a devida honra o nascimento de São João Batista, que anunciou a vinda do Salvador e o mostrou presente no mundo. Ele, que vive e reina pelos séculos dos séculos.
℟.: Amém.

PREFÁCIO DA
SOLENIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA
A missão do precursor

Começando a Oração Eucarística, o sacerdote abre os braços e diz:
℣.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.
Erguendo as mãos, o sacerdote prossegue:
℣.: Corações ao alto.
℟.: O nosso coração está em Deus.
O sacerdote, com os braços abertos, acrescenta:
℣.: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
℟.: É nosso dever e nossa salvação.

O sacerdote, de braços abertos, continua o prefácio.
Na Verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Proclamamos, hoje, as maravilhas que operastes em são João Batista, precursor de vosso Filho e Senhor nosso, consagrado como o maior entre os nascidos de mulher. Ainda no seio materno, ele exultou com a chegada do Salvador da humanidade, e seu nascimento trouxe grande alegria. Foi o único dos profetas que mostrou o Cordeiro redentor. Batizou o próprio autor do batismo nas águas assim santificadas e, derramando seu sangue, mereceu dar o perfeito testemunho de Cristo. Por essa razão, unidos aos anjos e a todos os santos, nós vos aclamamos jubilosos, cantando (dizendo) a uma só voz:

Ao seu final, une as mãos e, com o povo, conclui o Prefácio, cantando ou em voz alta dizendo:
℟.: SANTO, SANTO, SANTO, SENHOR, DEUS DO UNIVERSO. O CÉU E A TERRA PROCLAMA A VOSSA GLÓRIA. HOSANA NAS ALTURAS! BENTIDO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR! HOSANA NAS ALTURAS!

CANÔN ROMANO
ORAÇÃO EUCARÍSTICA I

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Pai de misericórdia, a quem sobem nossos louvores, suplicantes, vos rogamos e pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso,
une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo tempo sobre o pão e o cálice, dizendo:
que aceiteis e abençoeis  estes dons, estas oferendas, este sacrifício puro e santo,
de braços abertos, prossegue:
que oferecemos, antes de tudo, pela vossa Igreja santa e católica: concedei-lhe paz e proteção, unindo-a num só corpo e governando-a por toda a terra, em comunhão com vosso servo o Papa Bento, o nosso Bispo N.*, e todos os que guardam a fé católica que receberam dos Apóstolos.
A assembleia aclama:
Abençoai nossa oferenda, ó Senhor!
*Aqui pode-se fazer menção dos Bispos Coadjutores ou Auxiliares, conforme vem indicado na Instrução Geral sobre o Missal Romano, n. 149

Memento dos vivos
1C: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N. N.
une as mãos e reza em silêncio por aqueles que quer recordar.
De braços abertos, prossegue:
e de todos os que circundam este altar, dos quais conheceis a fé e a dedicação ao vosso serviço. Por eles nós vos oferecemos e também eles vos oferecem este sacrifício de louvor por si e por todos os seus, e elevam a vós as suas preces, Deus eterno, vivo e verdadeiro, para alcançar o perdão de suas faltas, a segurança em suas vidas e a salvação que esperam.
A assembleia aclama:
Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!

"Infra actionem"
2C: Em comunhão com toda a Igreja, celebramos em primeiro lugar a memória da Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo, a gloriosa sempre Virgem Maria, a de seu esposo São José, e também a dos Santos Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, (Tiago e João, Tomé, Tiago e Filipe, Bartolomeu e Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Sisto, Cornélio e Cipriano, Lourenço e Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião) e a de todos os vossos Santos. Por seus méritos e preces concedei-nos sem cessar a vossa proteção. (Por Cristo, nosso Senhor. Amém.)
A assembleia aclama:
Em comunhão com vossos Santos vos louvamos!

O sacerdote, com os braços abertos, continua:
Pres.: Aceitai, ó Pai, com bondade, a oblação dos vossos servos e de toda a vossa família; dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação eterna e acolhei-nos entre os vossos eleitos.
Une as mãos.
(Por Cristo, nosso Senhor. Amém).

Estendendo as mãos sobre as oferendas, diz:
Pres.: Dignai-vos, ó Pai, aceitar, abençoar e santificar estas oferendas; recebei-as como sacrifício espiritual perfeito, a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de vosso amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.
Une as mãos.
A assembleia aclama:
Enviai o vosso Espírito Santo!

O relato da instituição da Eucaristia seja proferido de modo claro e audível, como requer a sua natureza.
Na véspera de sua paixão,
toma o pão e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
ele tomou o pão em suas santas e veneráveis mãos, 
eleva os olhos,
elevou os olhos ao céu, a vós, ó Pai todo-poderoso, pronunciou a bênção de ação de graças, partiu o pão e o deu a seus discípulos.
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena e genuflete em adoração.

Então prossegue:
Do mesmo modo, ao fim da ceia
toma o cálice nas mãos e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
ele tomou este precioso cálice em suas santas e veneráveis mãos, pronunciou novamente a bênção de ação de graças e o deu a seus discípulos.
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e genuflete em adoração.

Pres.: Mistério da fé e do amor!
A assembleia aclama:
Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda!

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Celebrando, pois, a memória da bem-aventurada paixão do vosso Filho, da sua ressurreição dentre os mortos e gloriosa ascensão aos céus, nós, vossos servos, e também vosso povo santo, vos oferecemos, ó Pai, dentre os bens que nos destes, o sacrifício puro, santo e imaculado, Pão santo da vida eterna e Cálice da perpétua salvação. Recebei, ó Pai, com olhar benigno, esta oferta, como recebestes os dons do justo Abel, o sacrifício de nosso patriarca Abraão e a oblação pura e santa do sumo sacerdote Melquisedeque.
A assembleia aclama:
Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!

Une as mãos e, inclinando-se, diz:
Pres.: Suplicantes, vos pedimos, ó Deus onipotente, que esta nossa oferenda seja levada à vossa presença, no altar do céu, pelas mãos do vosso santo Anjo, para que todos nós, participando deste altar pela comunhão do santíssimo Corpo e Sangue do vosso Filho,
ergue-se e faz sobre si o sinal da cruz, dizendo:
sejamos repletos de todas as graças e bênçãos do céu.
Une as mãos.
(Por Cristo, nosso Senhor. Amém).
A assembleia aclama:
O Espírito nos una num só corpo!

3C: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N. N. que nos precederam com o sinal da fé e dormem o sono da paz.
Une as mãos e, em silêncio, reza brevemente pelos defuntos que deseja recordar.
De braços abertos, prossegue:
A eles, e a todos os que descansam no Cristo, concedei o repouso, a luz e a paz.
Une as mãos.
(Por Cristo, nosso Senhor. Amém).
A assembleia aclama:
Concedei-lhes, ó Senhor, a luz eterna!

4C: E a todos nós pecadores,
e, de braços abertos, prossegue:
que esperamos na vossa infinita misericórdia, concedei, não por nossos méritos, mas por vossa bondade, o convívio dos Apóstolos e Mártires: João Batista e Estêvão, Matias e Barnabé, (Inácio, Alexandre, Marcelino e Pedro, Felicidade e Perpétua, Águeda e Luzia, Inês, Cecília, Anastácia) e de todos os vossos Santos.
Une as mãos.
Por Cristo, nosso Senhor.
E prossegue:
Por ele não cessais de criar, santificar, vivificar, abençoar estes bens e distribuí-los entre nós. 

Ergue a patena com a hóstia e o cálice, dizendo:
Pres.: Por Cristo, com Cristo, e em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, por todos os séculos dos séculos.
A assembleia aclama:
℟.: Amém.

ORAÇÃO DO SENHOR

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz, de mãos unidas:
Pres.: Guiados pelo Espírito Santo, que ora em nós e por nós, elevemos as mãos ao Pai e rezemos juntos a oração que o próprio Jesus nos ensinou:

O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos.
O povo conclui a oração, aclamando:

Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Pres.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo.
O povo responde:
℟.: Amém.

O sacerdote, voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
Pres.: A paz do Senhor esteja sempre convosco.
℟.: O amor de Cristo nos uniu.

FRACÇÃO DO PÃO
(Cordeiro de Deus)

CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO
TENDE PIEDADE, PIEDADE DE NÓS!
CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO
TENDE PIEDADE, PIEDADE DE NÓS!
CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO
DAI-NOS A PAZ, A VOSSA PAZ!

Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio

Em seguida, o sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio

Pres.: Pela bondade e compaixão de nosso Deus, que sobre nós fará brilhar o Sol nascente. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E acrescenta, com o povo, uma só vez:
℟.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio e reverentemente comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio e reverentemente comunga o Sangue de Cristo.

Em seguida, toma a patena ou o cibório, aproxima-se dos que vão comungar e mostra a hóstia um pouco elevada a cada um deles, dizendo:
℣.: O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
℟.: Amém.

Enquanto o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, faça se a oração de comunhão espiritual antes e logo em seguida inicia-se o canto da Comunhão.

COMUNHÃO
Tu, Menino

Inicia-se então o canto da comunhão:
TU, MENINO,
SERÁS CHAMADO PROFETA DO ALTÍSSIMO
POIS IRÁS À FRENTE DO SENHOR
PREPARANDO OS SEUS CAMINHOS.

1. ANUNCIANDO A SEU POVO A SALVAÇÃO
QUE ESTÁ NA REMISSÃO DE SEUS PECADOS,

2. PELA BONDADE E COMPAIXÃO DE NOSSO DEUS
QUE SOBRE NÓS FARÁ BRILHAR O SOL NASCENTE,

3. PARA ILUMINAR A QUANTOS JAZEM ENTRE AS TREVAS
E NA SOMBRA DA MORTE ESTÃO SENTADOS

4. E PARA DIRIGIR OS NOSSOS PASSOS,
GUIANDO-OS NO CAMINHO DA PAZ.

Enquanto o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, inicia-se o canto da Comunhão.

Terminada a Comunhão, o sacerdote, o diácono ou acólito purifica a patena e o cálice.

Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno.

Então o sacerdote pode voltar à cadeira. É aconselhável guardar algum tempo de silêncio sagrado ou proferir um salmo ou outro cântico de louvor.

ORAÇÃO PÓS COMUNHÃO

Em seguida, junto ao altar ou à cadeira, o sacerdote, de pé, voltado para o povo, diz de mãos unidas:
Pres.: Oremos.
Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Depois da comunhão.
Refeitos pelo banquete do Cordeiro celestial, na alegria da festa do nascimento de São João Batista, que a vossa Igreja reconheça, naquele cuja vinda iminente João anunciou, o autor de nossa regeneração. Por Cristo, nosso Senhor.
Ao terminar, o povo aclama:
℟.: Amém.
RITOS FINAIS

BÊNÇÃO FINAL
Na festa de algum Santo

Se necessário, façam-se breves comunicações ao povo.

Em seguida, faz-se a despedida. O sacerdote, voltado para o povo, abre os braços e diz:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

Pres.: O Deus que é nosso Pai e nos reuniu hoje para celebrar a Solenidade de São João Batista, vos abençoe, vos proteja de todo o mal, e vos confirme na sua paz
℟.: Amém.

Pres.: O Cristo Senhor, que manifestou em São João Batista a força renovadora da Páscoa, vos torne testemunhas do seu Evangelho.
℟.: Amém.

Em seguida, o sacerdote estende as mãos sobre o povo e reza a oração:
Pres.: O Espírito Santo, que em São João Batista nos ofereceu um sinal de solidariedade fraterna, vos torne capazes de criar na Igreja uma verdadeira comunhão de fé e amor.
℟.: Amém.

Pres.: E a bênção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho  e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre.
℟.: Amém.

Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:
℣.: Ide em paz, e glorificai o Senhor com vossa vida.
℟.: Graças a Deus.

CANTO FINAL
Tu és a Razão da Jornada

UM DIA ESCUTEI TEU CHAMADO,
DIVINO RECADO BATENDO NO CORAÇÃO.
DEIXEI DESTE MUNDO AS PROMESSAS
E FUI BEM DEPRESSA NO RUMO DA TUA MÃO.

TU ÉS A RAZÃO DA JORNADA,
TU ÉS MINHA ESTRADA, MEU GUIA, MEU FIM.
NO GRITO QUE VEM DO TEU POVO,
TE ESCUTO DE NOVO, CHAMANDO POR MIM.

OS ANOS PASSARAM LIGEIRO,
ME FIZ UM OBREIRO DO REINO DE PAZ E AMOR.
NOS MARES DO MUNDO NAVEGO,
E ÀS REDES ME ENTREGO,
TORNEI-ME TEU PESCADOR.

TU ÉS A RAZÃO DA JORNADA,
TU ÉS MINHA ESTRADA, MEU GUIA, MEU FIM.
NO GRITO QUE VEM DO TEU POVO,
TE ESCUTO DE NOVO, CHAMANDO POR MIM.

EMBORA TÃO FRACO E PEQUENO,
CAMINHO SERENO COM A FORÇA QUE VEM DE TI.
A CADA MOMENTO QUE PASSA
REVIVO ESTA GRAÇA
DE SER TEU SINAL AQUI.

TU ÉS A RAZÃO DA JORNADA,
TU ÉS MINHA ESTRADA, MEU GUIA, MEU FIM.
NO GRITO QUE VEM DO TEU POVO,
TE ESCUTO DE NOVO, CHAMANDO POR MIM.

MEDITAÇÃO
Dom Henrique Soares da Costa

Além da Virgem Maria Mãe de Deus, Nossa Senhora, de nenhum outro santo a Igreja celebra o nascimento, a não ser São João, chamado Batista, Batizador. Dele, Jesus fez o maior elogio jamais feito pelo Salvador a alguém:“Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior que João, o Batista” (Mt 11,11). Por isso, caríssimos, a hodierna solenidade!

Que lições, que meditações, que exemplos poderíamos colher nesta Festa, tendo escutado a Palavra que nos foi anunciada? Sugiro-vos três, que alimentem o coração, afervorem o desejo de colocar-se ao serviço do Senhor e nos conduzam à herança eterna.

Primeiro. A primeira leitura da Liturgia nos fez escutar a profecia de Isaías, colocando as palavras do profeta na boca de João Batista: “O Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome… fez de mim uma flecha aguçada e disse-me ‘Tu és meu servo, em quem serei glorificado’” E o salmo de meditação fez eco a tão bela idéia: “Senhor, vós me sondais e conheceis. Fostes vós que me formastes as entranhas/ e no seio de minha mãe vós me tecestes./ Até o mais íntimo me conheceis;/ nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis,/ quando eu era modelado ocultamente,/ era formado nas entranhas subterrâneas!” O que aparece aqui, caríssimos em Cristo, é que viemos a este mundo não por acaso, não sem um propósito. Somos todos fruto de um sonho de Deus, fomos todos misteriosamente chamados à vida: o Senhor pensou em nós, nos chamou, nos plasmou – e aqui estamos! O nascimento que hoje celebramos, do filho de Zacarias e Isabel, foi fruto do desígnio amoroso do Pai, que pelo Filho Jesus e para o Filho Jesus, na força do Espírito Santo, plasmou João. Por isso seu nome é tão verdadeiro: “Iohanah”, em hebraico: Deus dá a graça! Ele mesmo, João, já é uma graça de Deus para seus pais e para todos os que esperavam a salvação de Israel.

Hoje, quando um mundo insensível e descrente já não reconhece que a vida é um mistério de amor, é um chamado de Deus, quantos são abortados, quantos deixados de modo indigno e imoral no frio congelamento dos laboratórios de procriação artificial: lá esquecidos, lá manipulados em inaceitáveis experiências pseudo-científicas! Nós, caríssimos, que ouvimos a Palavra santa de Deus; nós, que nos alegramos com este nascimento, nunca esqueçamos: toda vida humana é sagrada do primeiro ao último instante do nosso caminho terreno. É imoral, perverso e desumano um governo que reduz a questão do aborto a problema de “política pública”. Um dia esses senhores irão prestar contas a Deus. Será mesmo que Deus aceitará este argumento, que não passa de disfarce para matar? Que o Senhor nos ajude a defender a vida, a gritar por ela! Que o Senhor também nos dê a sabedoria para descobrir e experimentar que a nossa vida – por quanto pobre e pequena – também e preciosa! Que hoje eu me pergunte: Qual o propósito da minha existência? Já o descobri? Já me conformei a ele? Vosso sou, Senhor, de vós nasci e para vós nasci! Que quereis fazer de mim?

Segundo. Ainda que a vida nossa seja fruto do amor do Senhor, isso não significa facilidades. João deveria preparar o caminho do Messias, do Cristo de Deus. E isto iria custar-lhe: “Eu disse: ‘Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa’” O grande desafio da nossa vida de crentes é viver na presença de Deus, é ser fiel à sua santa vontade e à missão que ele nos confiou. Ser fiel à missão custou a João: a dureza do deserto, as incompreensões dos inimigos, a trama de Herodíades, a dificuldade de perceber a vontade Deus (basta recordar João perguntando a Jesus: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?”- Mt 11,3) e, finalmente, o aparente abandono, o aparente absurdo do silêncio de Deus, na solidão e na morte naquele cárcere. O que manteve João fiel até o fim? A confiança no Senhor, a capacidade de deixar-se guiar por Deus, sem querer ele mesmo controlar sua vida! Grande João! Fiel João! Pobre de Deus, João! Que exemplo para nós, tanta vez tentados a fazer da vida o que bem queremos, como se nascêssemos de nós mesmos e vivêssemos para nós mesmos! “Quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor! (Rm 14,8)”

Terceiro. Certa vez São Paulo escreveu: “Nenhum de nós vive para si…” (Rm 14,7) Desde o ventre materno, o Senhor chamou João para ser o que prepara o caminho, o que vem antes, o “pré-cursor” Toda a sua existência foi “precursar”! No terceiro evangelho isso aparece de modo comovente: anuncia-se o nascimento de João e depois o de Jesus; narra-se a natividade de João e a seguir a do Messias; apresenta-se o ministério de João e, após sua prisão, o do Salvador; finalmente, narra-se a morte de João, prenúncio da morte do nosso Senhor! Eis! Não é fácil não viver para si, não é fácil deixar que Outro seja o centro! E, no entanto, como diz a segunda leitura, “João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Depois de mim vem Aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias’”; “É necessário que ele cresça e eu diminua!” Santo profeta João Batista: sendo humilde, foi o maior dos nascidos de mulher; sendo totalmente preso à sua missão de modo fiel e constante, foi livre de verdade; sendo todo esquecido de si e lembrado de Deus, foi maduro e feliz! Por isso mesmo, seu nome foi verdadeiro e traduziu perfeitamente seu ser e sua missão: João, Iohanah: Deus dá a graça. E a graça que, para seus pais, foi João no seu nascimento, nas verdade era outra graça: a graça que Deus dá é Jesus, o Messias; graça que João anunciou com seu nascimento, com sua vida, com sua pregação e com sua morte!

Que este grande profeta, o maior do Antigo Testamento, do céu interceda por nós, nascidos do Novo Testamento e, por isso, maiores que João, o Grande Precursor! Amém.