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COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

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Oremus pro pontificem nostro, Benedictus

Semanário Litúrgico-Catequético | XII Domingo do Tempo Comum - Ano C

 


SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO

 XII DOMINGO DO TEMPO COMUM

22.06.2025

RITOS INICIAIS

CANTO DE ENTRADA
(Do seu povo Ele é a força)

Reunido o povo, o sacerdote dirige-se ao altar com os ministros, durante o canto de entrada.

DO SEU POVO ELE É A FORÇA,
SALVAÇÃO DO SEU UNGIDO;
SALVA, SENHOR, TEU POVO
SOCORRE OS TEUS QUERIDOS.

1. O SENHOR É MINHA LUZ,
ELE É MINHA SALVAÇÃO.
O QUE É QUE EU VOU TEMER?
DEUS É MINHA PROTEÇÃO.
ELE GUARDA MINHA VIDA,
EU NÃO VOU TER MEDO, NÃO.
ELE GUARDA MINHA VIDA,
EU NÃO VOU TER MEDO, NÃO.

2. QUANDO OS MAUS VÊM AVANÇANDO,
PROCURANDO ME ACUAR,
DESEJANDO VER MEU FIM,
QUERENDO ME MATAR,
INIMIGOS OPRESSORES
É QUE VÃO SE LIQUIDAR.
INIMIGOS OPRESSORES
É QUE VÃO SE LIQUIDAR.

3. SE UM EXÉRCITO SE ARMAR
CONTRA MIM, NÃO TEMEREI.
MEU CORAÇÃO ESTÁ FIRME,
E FIRME FICAREI.
SE ESTOURAR UMA BATALHA,
MESMO ASSIM, CONFIAREI!
SE ESTOURAR UMA BATALHA,
MESMO ASSIM, CONFIAREI!

4. SEI QUE EU HEI DE VER,
UM DIA, A BONDADE DO SENHOR:
LÁ, NA TERRA DOS VIVENTES,
VIVEREI NO SEU AMOR.
ESPERA EM DEUS! CRIA CORAGEM!
ESPERA EM DEUS QUE É TEU SENHOR!
ESPERA EM DEUS! CRIA CORAGEM!
ESPERA EM DEUS QUE É TEU SENHOR!

Chegando ao altar e feita a devida reverência, beija-o em sinal de veneração e, se for oportuno, incensa-o. Em seguida, todos dirigem-se às cadeiras.

ANTÍFONA DE ENTRADA 
(cf. Sl 27,8-9)

Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona:
O Senhor é a força do seu povo, é a fortaleza de salvação do seu Ungido. Salvai vosso povo, Senhor, abençoai vossa herança e governai-a pelos séculos.

SAUDAÇÃO

Terminado o canto de entrada, toda a assembleia, de pé, faz o sinal da cruz, enquanto o sacerdote diz:
Pres.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
℟.: Amém.

O sacerdote, voltado para o povo e abrindo os braços, saúda-o:
Pres.: Irmãos eleitos segundo a presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito para obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção da aspersão do seu sangue, graça e paz vos sejam concedidas abundantemente.
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

O sacerdote, diácono ou outro ministro devidamente preparado poderá, em breves palavras, introduzir os fiéis na missa do dia.

ATO PENITENCIAL

O sacerdote convida os fiéis ao ato penitencial:
Pres.: O Senhor disse: "Quem dentre vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra". Reconheçamo-nos todos pecadores e perdoemo-nos mutuamente do fundo do coração.

Após um momento de silêncio, o sacerdote, o diácono ou outro ministro profere as seguintes invocações, ou outras semelhantes, com Senhor, tende piedade de nós.

Pres.: Senhor, que sois a plenitude da verdade e da graça, tende piedade de nós.
℟.: Senhor, tende piedade de nós.
Pres.: Cristo, que vos tornastes pobre para nos enriquecer, tende piedade de nós.
℟.: Cristo, tende piedade de nós.
Pres.: Senhor, que viestes para fazer de nós o vosso povo santo, tende piedade de nós.
℟.: Senhor, tende piedade de nós.

Segue-se a absolvição sacerdotal:
Pres.: Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
℟.: Amém.

HINO DO GLÓRIA
(Glória, Glória, Glória a Deus nos Céus - Ir. Míria T. Kolling)

Canta-se ou recita-se em seguida o hino:

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!

1. DEUS E PAI, NÓS VOS LOUVAMOS, ADORAMOS.
NÓS VOS BENDIZEMOS POR VOSSO AMOR;
DAMOS GLÓRIA ETERNA AO VOSSO SANTO NOME.
VOSSOS DONS VOS AGRADECEMOS, Ó PAI!

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!

2. SENHOR NOSSO, JESUS CRISTO, SALVADOR.
FILHO UNIGÊNITO DE DEUS PAI.
VÓS DE DEUS CORDEIRO, VÓS, CORDEIRO SANTO.
NOSSAS MUITAS CULPAS, SENHOR, PERDOAI!

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!

3. VÓS QUE ESTAIS SENTADO JUNTO DE DEUS PAI.
COMO NOSSO IRMÃO, NOSSO INTERCESSOR.
ACOLHEI, BENIGNO, OS NOSSO S PEDIDOS.
ATENDEI, SENHOR, ESTE NOSSO CLAMOR!

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!

4. VÓS, SENHOR JESUS, SOMENTE SOIS O SANTO.
DE DEUS O ALTÍSSIMO, O SENHOR.
COM O SANTO AMOR, ESPÍRITO DIVINO.
DE DEUS PAI NA GLÓRIA E NO PURO ESPLENDOR!

GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA A DEUS NOS CÉUS!
E NA TERRA PAZ AOS FILHOS SEUS!


ORAÇÃO COLETA

Terminado o hino, de mãos unidas, o sacerdote diz:
Pres.: Oremos.
E todos oram com o sacerdote, por algum tempo, em silêncio. Então o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Coleta:
Concedei-nos, Senhor, a graça de sempre temer e amar vosso santo nome, pois nunca cessais de conduzir os que firmais solidamente no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

PRIMEIRA LEITURA
(Zc 12,10-11; 13,1)

Leitor: Leitura da profecia de Zacarias:
Assim diz o Senhor: “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de oração; eles olharão para mim. Ao que eles feriram de morte, hão de chorá-lo, como se chora a perda de um filho único, e hão de sentir por ele a dor que se sente pela morte de um primogênito. Naquele dia haverá um grande pranto em Jerusalém, como foi o de Adadremon no campo de Magedo. Naquele dia haverá uma fonte acessível à casa de Davi e aos habitantes de Jerusalém, para ablução e purificação”.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL
(Sl 62(63))

— A MINHA ALMA TEM SEDE DE VÓS, COMO A TERRA SEDENTA, Ó MEU DEUS!

— SOIS VÓS, Ó SENHOR, O MEU DEUS! DESDE A AURORA ANSIOSO VOS BUSCO! A MINH’ALMA TEM SEDE DE VÓS, MINHA CARNE TAMBÉM VOS DESEJA.

— COMO TERRA SEDENTA E SEM ÁGUA, VENHO, ASSIM, CONTEMPLAR-VOS NO TEMPLO, PARA VER VOSSA GLÓRIA E PODER. VOSSO AMOR VALE MAIS DO QUE A VIDA, E POR ISSO MEUS LÁBIOS VOS LOUVAM.

— QUERO, POIS, VOS LOUVAR PELA VIDA, E ELEVAR PARA VÓS MINHAS MÃOS! A MINH’ALMA SERÁ SACIADA, COMO EM GRANDE BANQUETE DE FESTA; CANTARÁ A ALEGRIA EM MEUS LÁBIOS, AO CANTAR PARA VÓS MEU LOUVOR!

—  PARA MIM FOSTES SEMPRE UM SOCORRO; DE VOSSAS ASAS À SOMBRA EU EXULTO! MINHA ALMA SE AGARRA EM VÓS; COM PODER VOSSA MÃO ME SUSTENTA!

SEGUNDA LEITURA
(Gl 3,26-29)

Leitor: Leitura da carta de São Paulo aos Gálatas:
Irmãos: Vós todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. Vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Jesus Cristo. Sendo de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.


ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
(Aleluia!)

ALELUIA, ALELUIA,
ALELUIA, ALELUIA!

MINHAS OVELHAS ESCUTAM MINHA VOZ,
MINHA VOZ ESTÃO ELAS A ESCUTAR.
EU CONHEÇO, ENTÃO, MINHAS OVELHAS,
QUE ME SEGUEM COMIGO A CAMINHAR

ALELUIA, ALELUIA,
ALELUIA, ALELUIA!

Enquanto isso, o sacerdote, quando se usa incenso, coloca-o no turíbulo. O diácono, que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se profundamente diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:
℣.: Dá-me a tua bênção.
O sacerdote diz em voz baixa:
Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
℣.: Amém.

Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio.

EVANGELHO
(Lc 9,18-24)

O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e velas, e diz:
℣.
O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

O diácono ou o sacerdote diz:
℣.Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas
e, enquanto isso, faz o sinal da cruz sobre o livro e, depois, sobre si mesmo, na fronte, na boca e no peito.
℟.: Glória a vós, Senhor.

Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.
℣.
Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então, Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”.
℣.Palavra da Salvação.
℟.: Glória a vós, Senhor.

Depois beija o livro, dizendo em silêncio a oração.

HOMILIA

Em seguida, faz-se a homilia, que compete ao sacerdote ou diácono; ela é obrigatória em todos domingos e festas de preceito e recomendada também nos outros dias.

PROFISSÃO DE FÉ
(Símbolo dos Apóstolos)

Pres.: Professemos a nossa fé.
℟.: Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, Às palavras seguintes até da Virgem Maria, todos se inclinam. que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.

ORAÇÃO DOS FIÉIS

Pres.: Irmãs e irmãos caríssimos: Peçamos ao Senhor, nosso Deus, que faça chegar a toda a humanidade a água que jorrou do coração de Cristo, dizendo (ou: cantando), com humildade:
℟.: Senhor, nós temos confiança em Vós.

1. Pela nossa Diocese, suas paróquias e fiéis, para que aceitem perder a própria vida, à semelhança de Cristo, que Se entregou por nós, oremos.

2. Por este mundo de discórdia e violência, para que as armas de guerra e de morte se transformem em instrumentos de amizade, oremos.

3. Pelos que tratam dos doentes profundos, para que o façam com dedicação e amor e os ajudem a renascer para a esperança, oremos.

4. Pelos catecúmenos das nossas comunidades (paroquiais), para que o modo como vivem os fiéis os ajude a descobrir a luz de Cristo, oremos.

5. Por todos nós aqui reunidos no dia do Senhor, para que a nossa sede de Deus seja um dia plenamente saciada, oremos. 

Pres.:  Senhor, Deus omnipotente, que nos ensinastes, pela boca de Jesus, que não fazeis acepção de pessoas, levai-nos a crescer na unidade e a respeitar em cada ser humano a vossa imagem. Por Cristo Senhor nosso.
℟.: Amém.

LITURGIA EUCARÍSTICA

PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS
Nos Caminhos deste Mundo por onde Andei

Inicia-se o canto da preparação das oferendas, enquanto os ministros colocam no altar o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal.

1. NOS CAMINHOS DESTE MUNDO ONDE ANDEI,
A TRISTEZA ME CORTOU O CORAÇÃO:
VER HOMEM CONTRA HOMEM,
VER VIDA CONTRA VIDA,
DESESPERO E SOLIDÃO,
VIOLÊNCIA SEM MEDIDA.

QUE PODEREI AO SENHOR APRESENTAR,
ALÉM DA OFERTA DO VINHO E DO PÃO?
EM PROCISSÃO, ME ACHEGO AO TEU ALTAR,
TE OFEREÇO POR INTEIRO O CORAÇÃO.

2. ESTE ENCONTRO PLENIFICA O MEU VIVER,
E DESCOBRO QUAL A MINHA VOCAÇÃO:
SEM RESERVA E SEM TEMOR,
TRABALHAR PELA VERDADE,
ESPALHANDO PELO CHÃO
AS SEMENTES DA BONDADE.

3. O MEU NOME ESTÁ ESCRITO NO SEU LIVRO:
OS MEUS DIAS E AS MINHAS INTENÇÕES.
QUANDO ANDO E QUANDO PARO,
PELAS COSTAS, PELA FRENTE,
QUANDO CANTO E QUANDO FALO,
TEU OLHAR ESTÁ PRESENTE.

Convém que os fiéis expressem sua participação trazendo uma oferenda, seja pão e vinho para a celebração da Eucaristia, seja outro donativo para auxílio da comunidade e dos pobres.

O sacerdote, de pé junto ao altar, recebe a patena com o pão em suas mãos e, levantando-a um pouco sobre o altar, diz em silêncio a oração. Em seguida, coloca a patena com o pão sobre o corporal.

O diácono ou o sacerdote coloca vinho e um pouco d'água no cálice, rezando em silêncio.

Em seguida, o sacerdote recebe o cálice em suas mãos e, elevando-o um pouco sobre o altar, diz em silêncio a oração: depois, coloca o cálice sobre o corporal.

Em seguida o sacerdote, profundamente inclinado, reza em silêncio.

E, se for oportuno, incensa as oferendas, a cruz e o altar. Depois, o diácono ou outro ministro incensa o sacerdote e o povo.

Em seguida, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio a oração.

CONVITE À ORAÇÃO

Estando, depois, no meio do altar e voltado para o povo, o sacerdote estende e une as mãos e diz:
Pres.: Orai, irmãos e irmãs, para que esta nossa família, reunida em nome de Cristo, possa oferecer um sacrifício que seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.
℟.: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja.

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

Em seguida, abrindo os braços, o sacerdote profere a oração sobre as oferendas;
Pres.: Acolhei, Senhor, nós vos pedimos, este sacrifício de louvor e de reconciliação e fazei que, por ele purificados, vos ofereçamos o afeto de um coração que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

ORAÇÃO EUCARÍSTICA II
PREFÁCIO DOS DOMINGOS DO TC - X
(A ação do Espírito Santo na Igreja)

Começando a Oração Eucarística, o sacerdote abre os braços e diz ou canta:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.
Erguendo as mãos, o sacerdote prossegue:
Pres.: Corações ao alto.
℟.: O nosso coração está em Deus.
O sacerdote, com os braços abertos, acrescenta:
Pres.: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
℟.: É nosso dever e nossa salvação.
O sacerdote, de braços abertos, reza ou canta o Prefácio.
Pres.: Na verdade, é digno e justo, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso. Vós nos concedeis, a cada momento, o que mais nos convém, e conduzis a vossa Igreja por admiráveis e diversos caminhos. Vós não cessais de ajudá-la com a força do Espírito Santo para que, sempre fiel ao vosso amor, jamais deixe de invocar-vos na tribulação nem se esqueça de louvar-vos na alegria, por Cristo, Senhor nosso. Por isso, associados aos coros dos Anjos, nós vos louvamos com alegria, cantando (dizendo) a uma só voz:

SANTO
(Santo - Pe. Sílvio Milanez)

SANTO, SANTO, SANTO
SENHOR DEUS DO UNIVERSO.
O CÉU E A TERRA PROCLAMAM,
PROCLAMAM A VOSSA GLÓRIA.

HOSANA, HOSANA, HOSANA
HOSANA NAS ALTURAS.

BENDITO AQUELE QUE VEM
EM NOME DO SENHOR.

HOSANA, HOSANA, HOSANA
HOSANA NAS ALTURAS.

Ou, para a recitação:
℟.: Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Na verdade, ó Pai, vós sois Santo, fonte de toda santidade.
Une as mãos e, estendendo-as sobre as oferendas, diz:
Santificai, pois,estes dons, derramando sobre eles o vosso Espírito, 
une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo tempo sobre o pão e o cálice, dizendo:
a fim de que se tornem para nós o Corpo e + o Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
A assembleia aclama:
Enviai o vosso Espírito Santo!

O relato da instituição da Eucaristia seja proferido de modo claro e audível, como requer a sua natureza.
Pres.: Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão, 
toma o pão e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção de ação de graças, partiu e o deu a seus discípulos.
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena e genuflete em adoração.

Então prossegue:
Do mesmo modo, no fim da ceia, 
toma o cálice nas mãos e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos e, dando graças novamente, o entregou a seus discípulos.
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e genuflete em adoração.

Em seguida, diz:
Pres.: Mistério da fé para a salvação do mundo!
A assembleia aclama:
℟.: Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição.

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Celebrando, pois, o memorial da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o Pão da vida e o Cálice da salvação; e vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir.
A assembleia aclama:
Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!

Pres.: Suplicantes, vos pedimos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.
A assembleia aclama:
O Espírito nos una num só corpo!

1C: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro; e aqui convocada no dia em que Cristo venceu a morte e nos fez participantes de sua vida imortal; que ela cresça na caridade, em comunhão com o Papa Bento, com o nosso Bispo N.*, os bispos do mundo inteiro, os presbíteros, os diáconos e todos os ministros do vosso povo.
(*) Aqui pode-se fazer menção dos Bispos Coadjutores ou Auxiliares, conforme vem indicado na Instrução Geral sobre o Missal Romano, n. 149.
A assembleia aclama:
Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!

2C: Lembrai-vos também, na vossa misericórdia, dos (outros) nossos irmãos e irmãs que adormeceram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida; acolhei-os junto a vós na luz da vossa face.
A assembleia aclama:
Concedei-lhes, ó Senhor, a luz eterna!

3C: Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus, São José, seu esposo, os Apóstolos, (São N.: Santo do dia ou padroeiro) e todos os Santos que neste mundo viveram na vossa amizade, a fim de vos louvarmos e glorificarmos
une as mãos
por Jesus Cristo, vosso Filho.

Ergue a patena com a hóstia e o cálice, dizendo:
Pres.: Por Cristo, com Cristo, e em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, por todos os séculos dos séculos.
A assembleia aclama:
℟.: Amém.

ORAÇÃO DO SENHOR

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz, de mãos unidas:
Pres.: O banquete da Eucaristia é sinal de reconciliação e vínculo de união fraterna. Unidos como irmãos e irmãs, rezemos, juntos, como o Senhor nos ensinou:
O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
℟.: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade,  assim na terra como no céu;  o pão nosso de cada dia nos daí hoje,  perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos. 
℟.: 
Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Pres.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
℟.: Amém.

O sacerdote, voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
Pres.: 
A paz do Senhor esteja sempre convosco.
℟.: O amor de Cristo nos uniu.

SAUDAÇÃO DA PAZ

Em seguida, se for oportuno, o diácono ou o sacerdote diz:
℣.: Como filhos e filhas do Deus da paz, saudai-vos com um gesto de comunhão fraterna.
E, todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros a paz, a comunhão e a caridade; o sacerdote dá a paz ao diácono e a outros ministros.
 
FRAÇÃO DO PÃO
(Cordeiro - Ir. Miria T. Kolling)

Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio.

Enquanto isso, canta-se:
CORDEIRO DE DEUS
QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
Ó TENDE, PIEDADE,
PIEDADE DE NÓS!

CORDEIRO DE DEUS
QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
Ó TENDE, PIEDADE,
PIEDADE DE NÓS!

CORDEIRO DE DEUS
QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO,
Ó DAI-NOS A PAZ,
SENHOR, A VOSSA PAZ!


Em seguida, o sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio.

O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia na mão e, elevando-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice, diz em voz alta, voltado para o povo:
Pres.: Quem come minha Carne e bebe meu Sangue permanece em mim e eu nele.
℟.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

COMUNHÃO
(O Filho do Homem deverá sofrer muito)

O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio e reverentemente comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio; e reverentemente comunga o Sangue de Cristo.

Em seguida, toma a patena ou o cibório, aproxima-se dos que vão comungar e mostra a hóstia um pouco elevada a cada um deles, dizendo:
℣.: O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
℟.: Amém.
E comunga.

Enquanto o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, inicia-se o canto da Comunhão.

O FILHO DO HOMEM DEVERÁ SOFRER MUITO,
SERÁ CONDENADO E NA CRUZ MORRERÁ;

MAS DEPOIS DE TRÊS DIAS RESSUSCITARÁ! (BIS)

1. O CRISTO POR NÓS PADECEU,
DEIXOU-NOS O EXEMPLO A SEGUIR.
SIGAMOS, PORTANTO, SEUS PASSOS!
POR SUAS CHAGAS, NÓS FOMOS CURADOS.

2. INSULTADO, ELE NÃO INSULTAVA;
AO SOFRER E AO SER MALTRATADO,
ENTREGAVA, PORÉM, SUA CAUSA
ÀQUELE QUE É JUSTO JUIZ.

3. CARREGOU SOBRE SI NOSSAS CULPAS
EM SEU CORPO, NO LENHO DA CRUZ,
PARA QUE, MORTOS AOS NOSSOS PECADOS,
NA JUSTIÇA DE DEUS NÓS VIVAMOS.

ANTÍFONA DE COMUNHÃO
 (cf. Sl 144,15)

Se, porém, não se canta, a antífona que vem no Missal pode ser recitada ou pelos fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor, ou então pelo próprio sacerdote depois de ter comungado e antes de dar a Comunhão aos fiéis:
℣.: Os olhos de todos esperam em vós, Senhor, e vós lhes dais alimento no tempo oportuno.

Terminada a Comunhão, o sacerdote, o diácono ou acólito purifica a patena e o cálice.

Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
Pres.: 
Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno.

Então o sacerdote pode voltar à cadeira. É aconselhável guardar algum tempo de silêncio sagrado ou proferir um salmo ou outro cântico de louvor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Em seguida, junto ao altar ou à cadeira, o sacerdote, de pé, voltado para o povo, diz de mãos unidas:
Pres.: 
Oremos.
Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração:
Renovados pelo alimento do precioso Corpo e Sangue do vosso Filho, imploramos vossa misericórdia, Senhor: dai-nos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que celebramos fielmente. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

RITOS FINAIS

BÊNÇÃO FINAL
(Tempo Comum I - Bênção de Aarão: Nm 6,24-26)

Se for necessário, façam-se breves comunicações ao povo.

Em seguida, faz-se a despedida. O sacerdote, voltado para o povo, abre os braços e diz:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

O diácono ou, na falta dele, o próprio sacerdote, pode fazer o convite com estas ou outras palavras:
℣.: Inclinai-vos para receber a bênção.

Pres.: Deus vos abençoe e vos guarde.
℟.: Amém.

Pres.: Ele vos mostre a sua face e se compadeça de nós.
℟.: Amém.

Pres.: Volva para vós o seu olhar e vos dê a sua paz.
Amém.℟.: 

O sacerdote abençoa o povo, dizendo:
Pres.:
 E a bênção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre.
O povo responde:
℟.: Amém.

Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:
℣.: Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
℟.: Graças a Deus!


Então o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita com os ministros a devida reverência, retira-se.

CANTO FINAL
NOSSA SENHORA ME CHAMA
EU QUERO LHE RESPONDER
MOSTRAI-ME, MINHA MÃE DAS DORES
O QUE EU DEVO FAZER
 
FAZEI, Ó ROMEIROS MEUS
O QUE JESUS VÓS DISSER
ELE É A VIDA E O CAMINHO
QUEM O SEGUE NÃO VAI SE PERDER

ESCUTEM, ROMEIROS MEUS
OS ENSINAMENTOS DE JESUS
ELE QUER QUE NOS AMEMOS
COMO ELE NOS AMOU NA CRUZ

ESCUTEM, ROMEIROS MEUS
OS ENSINAMENTOS DE JESUS
ELE QUER QUE VOCÊS REZEM
COMO ELE REZOU NA CRUZ

ESCUTEM, ROMEIROS MEUS
OS ENSINAMENTOS DE JESUS
ELE QUER QUE VOCÊS PERDOEM
COMO ELE PERDOOU NA CRUZ

ESCUTEM, ROMEIROS MEUS
OS ENSINAMENTOS DE JESUS
ELE QUER QUE VOCÊS RESSUSCITEM
PARA A VIDA QUE NASCEU DA CRUZ

NOSSA SENHORA ME CHAMA
EU QUERO LHE RESPONDER
MOSTRAI-ME, MINHA MÃE DAS DORES
O QUE EU DEVO FAZER

MEDITANDO A PALAVRA DE DEUS
(Dom Henrique Soares da Costa)

A Palavra que hoje escutamos coloca-nos diante da questão fundamental de nossa fé: quem é Jesus de Nazaré? Sejamos espertos; estejamos atentos a um detalhe importantíssimo: Jesus distingue a pergunta sobre a opinião do mundo, daquela outra, sobre a fé dos discípulos. “Quem diz o povo que eu sou?” E as opiniões são humanas e, portanto, incompletas, parciais, superficiais: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Ainda hoje é assim: o mundo não poderá jamais compreender Jesus em sua profundidade e verdade última. Uns acham-no um sábio; outros, um iluminado, ou um filósofo, ou um humanista, ou um revolucionário romântico, do tipo Che Guevara; outros acham-no, sinceramente um alienado ou um falso profeta… Em geral, o mundo atual, vê-lo quase como um mito, bonzinho, romântico, mas sem muita serventia prática…

Mas, Jesus, pergunta aos discípulos, pergunta a nós: “E vós, quem dizeis que eu sou?” A resposta de Pedro é perfeita, é completa: “Tu és o Cristo, o Ungido, o Messias de Deus”. Esta resposta não veio da lógica humana, da inteligência ou da esperteza de Pedro. Em Mateus, Jesus afirma-o claramente: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que está no céu” (Mt 16,17). A afirmação do Senhor é clara, direta e gravíssima: carne e sangue, isto é, a só inteligência humana, não pode alcançar quem é Jesus! Somente na revelação do Pai, isto é, somente na experiência da fé da Igreja, nós podemos ter acesso ao mistério de Cristo, à sua realidade profunda. Portanto, não nos deve surpreender se o mundo tem dificuldade de crer realmente, de aceitar seriamente o Cristo e as exigências do seu Evangelho! Não devemos nos importar muito com o que as revistas e as ciências (história, sociologia, antropologia…) dizem a respeito de Jesus. Elas não conseguem penetrar no núcleo do seu mistério; ficam sempre no limiar, na soleira. Então, é na escuta fiel e devota da Palavra, na oração pessoal, na vida da comunidade eclesial, no empenho sincero e sacrificado de viver o Evangelho com suas exigências e, sobretudo, na celebração dos santos mistérios que podemos fazer uma experiência autêntica de quem é Jesus. Não cremos simplesmente no Jesus que a ciência ou a história podem apreender; cremos no Cristo crido, adorado, experimentado e anunciado pela Igreja, a partir do testemunho dos Apóstolos!

Mas, tem mais! O núcleo do mistério de Cristo é o mistério de sua Cruz. Observe-se bem: assim que Pedro afirma que Jesus é o Messias, ele precisa, esclarece que tipo de Messias ele é: “O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado… deve ser morto e ressuscitar ao terceiro dia”. Somente na Cruz o discípulo pode reconhecer em profundidade o seu Senhor. Mas, a Cruz não é uma teoria; é uma realidade em nossa vida e na vida do mundo: a Cruz da solidão, do fracasso, da doença, das lágrimas, da pobreza, da morte… Somente quando abraçamos na nossa Cruz a Cruz de Cristo, podemos, então, compreendê-lo: “Se alguém me quer seguir, quer ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome sua Cruz cada dia, e siga-me!” Fora da Cruz, fora do seguimento de Cristo até o fim, não há verdadeiro conhecimento do Senhor, não há a mínima possibilidade de uma verdadeira comunhão com ele. São Paulo nos emociona, quando afirmou: “O que era para mim lucro eu o tive como perda, por amor de Cristo. Mais ainda: tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por ele, eu perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado nele.. para conhecê-lo, conhecer o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte, para ver se alcanço a ressurreição” (Fl 3,7-11). É preciso que rejeitemos claramente um cristianismo bonzinho, almofadinha, burguês, bem comportadinho, que agrade ao mundo! O cristianismo é radical, é escandaloso, na sua essência, é incompreensível ao mundo “A linguagem da Cruz é loucura para aqueles que se perdem!” (1Cor 1,18) – Será que não andamos meio esquecidos disso? E, no entanto, “para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1Cor 1,19). Na fé, contemplamos a Cruz do Senhor, tão dura para ele e para nós, e vemos nela a fonte de purificação e de vida de que fala a primeira leitura da missa de hoje (Zc 12, 10 -13). Do coração amoroso e ferido do Cristo, brota a vida do mundo e o sentido último da nossa existência. As palavras são impressionantes: “Derramarei um Espírito de graça e de oração… Eles olharão para mim. Quanto ao que traspassaram, haverão de chorá-lo, como se chora a perda de um filho único, e hão de sentir por ele o que se sente pela morte de um primogênito. Naquele dia, haverá uma fonte acessível para a ablução e a purificação”.

Eis o escândalo: não cremos na tocha olímpica, não cremos que a globalização trará a salvação, não cremos que a ciência salve o ser humano dos demônios e monstros do seu coração, não cremos que a tecnologia nos faça mais felizes, não cremos que o esporte traga a paz universal, não esperamos que o prazer e o poder nos saciem o coração! Não somos idólatras para a perdição! Cremos que Jesus é o Cristo; cremos que pela sua Encarnação, Cruz e Ressurreição ele nos deu uma vida nova, uma torrente de vida na potência do seu Espírito Santo. Cremos que Jesus é a nossa verdade, o nosso caminho e o sentido último da realidade. Por isso nele fomos batizados, dele nos alimentamos e nele queremos viver.

Quando levarmos isso a sério, seremos cristãos e iluminaremos o mundo. Que o Senhor no-lo conceda por sua misericórdia. Amém.