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COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

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Oremus pro pontificem nostro, Benedictus

Semanário Litúrgico-Catequético | I Domingo da Quaresma


 SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO
I DOMINGO DA QUARESMA

09.03.2025

RITOS INICIAIS

CANTO DE ENTRADA
(Pecador agora é tempo)

Reunido o povo, o sacerdote dirige-se com os ministros ao altar, enquanto se executa o canto de entrada.

PECADOR, AGORA É TEMPO DE PESAR E DE TEMOR:
SERVE A DEUS DESPREZA O MUNDO, JÁ NÃO SEJAS PECADOR! (BIS)

NESTE TEMPO SACROSSANTO O PECADO FAZ HORROR:
CONTEMPLANDO A CRUZ DE CRISTO, JÁ NÃO SEJAS PECADOR! (BIS)

VAIS PECANDO, VAIS PECANDO, VAIS DE HORROR EM MAIS HORROR:
FILHO, ACORDA DESSA MORTE, JÁ NÃO SEJAS PECADOR! (BIS)

PASSAM MESES, PASSAM ANOS, SEM QUE BUSQUES TEU SENHOR:
COMO UM DIA PARA O OUTRO, ASSIM MORRE O PECADOR! (BIS)

PECADOR ARREPENDIDO, POBREZINHO PECADOR,
VEM, ABRAÇA-TE CONTRITO COM TEU PAI, TEU CRIADOR! (BIS)

COMPAIXÃO, MISERICÓRDIA VOS PEDIMOS, REDENTOR:
PELA VIRGEM, MÃE DAS DORES, PERDOAI-NOS, DEUS DE AMOR! (BIS)

Chegando ao altar, faz com os ministros uma profunda inclinação, beija o altar em sinal de veneração e, se for oportuno, incensa a cruz e o altar. Depois se dirige com os ministros à cadeira. 

ANTÍFONA DE ENTRADA
(Cf. Sl 90, 15-16)

Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona:
℣.: Ele me invocará e eu o ouvirei; hei de livrá-lo e glorificá-lo, vou saciá-lo com longos dias. le me invocará e eu o ouvirei; hei de livrá-lo e glorificá-lo, vou saciá-lo com longos dias. 

SAUDAÇÃO INICIAL

Terminado o canto de entrada, o sacerdote e os fiéis, todos de pé, fazem o sinal da cruz, enquanto o sacerdote, voltado para o povo, diz:
Pres.: Em nome do Pai e do Filho  e do Espírito Santo.
℟.: Amém.

Pres.: O Senhor, que encaminha os nossos corações para o amor de Deus e a constância de Cristo, esteja convosco.
℟.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

O sacerdote, o diácono ou outro ministro poderá, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na Missa do dia.

ATO PENITENCIAL

O sacerdote convida os fiéis ao ato penitencial:
Pres.: Irmãos e irmãs, reconheçamos os nossos pecados, para celebrarmos dignamente os santos mistérios.

℣.: Senhor, que na cruz perdoastes o ladrão arrependido, tende piedade de nós.
℟.: Senhor, Senhor, tende piedade de nós! 
℣.: Cristo, que nos mandastes perdoar-nos mutuamente antes de nos aproximar do vosso altar, tende piedade de nós.
℟.: Cristo, Cristo, tende piedade de nós! 
℣.: Senhor, que confiastes à vossa Igreja o ministério da reconciliação, tende piedade de nós.
℟.: Senhor, Senhor, tende piedade de nós! 

Segue-se a absolvição sacerdotal:
Pres.: Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
℟.: Amém.

ORAÇÃO DA COLETA
(Silêncio)

Terminado o hino, de mãos unidas, o sacerdote diz:
Pres.: Oremos.
Então o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Coleta:
Deus todo-poderoso, através dos exercícios anuais do sacramento da Quaresma, concedei-nos progredir no conhecimento do mistério de Cristo e corresponder-lhe por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

PRIMEIRA LEITURA
(Dt 26, 4-10)

Leitor: Leitura do Livro do Deuteronômio
Assim Moisés falou ao povo: “O sacerdote receberá de tuas mãos a cesta e a colocará diante do altar do Senhor teu Deus. Dirás, então, na presença do Senhor teu Deus: ‘Meu pai era um arameu errante, que desceu ao Egito com um punhado de gente e ali viveu como estrangeiro. Ali se tornou um povo grande, forte e numeroso. Os egípcios nos maltrataram e oprimiram, impondo-nos uma dura escravidão. Clamamos, então, ao Senhor, o Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu a nossa voz e viu a nossa opressão, a nossa miséria e a nossa angústia. E o Senhor nos tirou do Egito com mão poderosa e braço estendido, no meio de grande pavor, com sinais e prodígios. E conduziu-nos a este lugar e nos deu esta terra, onde corre leite e mel. Por isso, agora trago os primeiros frutos da terra que tu me deste, Senhor’. Depois de colocados os frutos diante do Senhor teu Deus, tu te inclinarás em adoração diante dele”.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL
(Sl 115)

℟. EM MINHAS DORES, Ó SENHOR, PERMANECEI JUNTO DE MIM!

 Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor onipotente, diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”. ℟.

 Nenhum mal há de chegar perto de ti, nem a desgraça baterá à tua porta; pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos para em todos os caminhos te guardarem. ℟.

 Haverão de te levar em suas mãos, para o teu pé não se ferir nalguma pedra. Passarás por sobre cobras e serpentes, pisarás sobre leões e outras feras. ℟.

 “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo e protegê-lo, pois meu nome ele conhece. Ao invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, e a seu lado eu estarei em suas dores”. ℟.

SEGUNDA LEITURA
(Rm 10, 8-13)

Leitor: Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos: O que diz a Escritura? “A palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração”. Essa palavra é a palavra da fé, que nós pregamos. Se, pois, com tua boca confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. Pois a Escritura diz: “Todo aquele que nele crer não ficará confundido”. Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo.
Leitor: Palavra do Senhor.
℟.: Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO DO EVANGELHO
(Mt 4, 4b)

LOUVOR E GLÓRIA A TI, SENHOR
CRISTO, PALAVRA DE DEUS! 

O HOMEM NÃO VIVE SOMENTE DE PÃO,
MAS DE TODA PALAVRA DA BOCA DE DEUS

LOUVOR E GLÓRIA A TI, SENHOR
CRISTO, PALAVRA DE DEUS!

Enquanto isso, o sacerdote, quando se usa incenso, coloca-o no turíbulo. O diácono, que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se profundamente diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:
℣.: Dá-me a tua bênção.
O sacerdote diz em voz baixa:
Pres.:
 O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho  e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
℣.: Amém.

Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio:
℣.:
 Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho

EVANGELHO
(Lc 4, 1-13)

O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e velas, e diz:
℣.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

O diácono ou o sacerdote diz:
℣.: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas.
℟.: Glória a vós, Senhor.
Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.
Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome. O diabo disse, então, a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão”. Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’”. O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e toda a sua glória, porque tudo isso foi entregue a mim e posso dá-lo a quem eu quiser. Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”. Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás’”. Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”. Jesus, porém, respondeu: “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”. Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno.
Terminado o Evangelho, o diácono ou o sacerdote aclama:
℣.: Palavra da Salvação.
℟.: Glória a vós, Senhor.

Depois beija o livro, dizendo em silêncio

HOMILIA

Em seguida, faz-se a homilia, que compete ao sacerdote ou diácono; ela é obrigatória em todos domingos e festas de preceito e recomendada também nos outros dias.

PROFISSÃO DE FÉ
(Símbolo dos Apóstolos)

℣.: Professemos a nossa fé:
℟.: Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, 
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.

ORAÇÃO DOS FIÉIS

Pres.: Caríssimos irmãos e irmãs: Oremos pela Igreja, pelo mundo e por nós próprios, para que saibamos resistir a Satanás, respondendo-lhe com as palavras de Jesus, e digamos (ou: e cantemos), humildemente:
℟.: Kýrie, eléison.

1. Pelo Papa Clemente e pelos bispos a ele unidos, para que a Palavra, que é viva e eficaz, os sustente, os encoraje e lhes dê força, oremos. 

2. Por todos aqueles que são tentados pelo poder, pelo dinheiro, pela violência e pela maldade, para que lhes saibam resistir com fortaleza, oremos. 

3. Pelos emigrantes e estrangeiros maltratados e pelos que vivem errantes e sem pátria, para que o Senhor os defenda dos perigos, oremos. 

4. Por todos os homens e mulheres que crêem em Deus e pelos que O procuram de todo o coração, para que só a Ele sirvam e a Ele se entreguem, oremos. 

5. Pelos cristãos e movimentos da Paróquia, para que se deixem conduzir pelo Espírito, na oração, no perdão mútuo, no amor aos pobres, oremos. 

Pres.:  Escutai, Pai santo, as súplicas dos vossos filhos, que Vos querem servir e adorar, e, em comunhão com Jesus, que foi tentado, permiti que saibamos proclamar que só Vós sois nosso Deus e nosso Pai. Por Cristo Senhor nosso.
℟.: Amém

LITURGIA EUCARÍSTICA

OFERTÓRIO
(A Abstinência Quaresmal)

Inicia-se o canto da preparação das oferendas, enquanto os ministros colocam no altar o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal.

A ABSTINÊNCIA QUARESMAL
VÓS CONSAGRASTES, Ó JESUS;
PELO JEJUM E PELA PRECE,
NOS CONDUZIS DA TREVA À LUZ.

FICAI PRESENTE AGORA À IGREJA,
FICAI PRESENTE À PENITÊNCIA,
PELA QUAL NÓS VOS SUPLICAMOS
PARA OS PECADOS INDULGÊNCIA.

POR VOSSA GRAÇA, PERDOAI
AS NOSSAS CULPAS DO PASSADO;
CONTRA AS FUTURAS, PROTEGEI-NOS,
MANSO JESUS, PASTOR AMADO.

PARA QUE NÓS, PURIFICADOS
POR ESSES RITOS ANUAIS,
NOS PREPAREMOS, REVERENTES,
PARA GOZAR OS DONS PASCAIS.

TODO O UNIVERSO VOS ADORE,
TRINDADE SANTA, SUMO BEM.
NOVOS, POR GRAÇA, VOS CANTEMOS
UM CANTO NOVO E BELO. AMÉM.

Convém que os fiéis expressem sua participação trazendo uma oferenda, seja pão e vinho para a celebração da Eucaristia, seja outro donativo para auxílio da comunidade e dos pobres.

O sacerdote, de pé junto ao altar, recebe a patena com o pão em suas mãos e, levantando-a um pouco sobre o altar, diz em silêncio
Em seguida, coloca a patena com o pão sobre o corporal.

O diácono ou o sacerdote coloca vinho e um pouco d'água no cálice, rezando em silêncio

Em seguida, o sacerdote recebe o cálice em suas mãos e, elevando-o um pouco sobre o altar, diz em silêncio.
Coloca o cálice sobre o corporal.

Em seguida o sacerdote, profundamente inclinado, reza em silêncio

E, se for oportuno, incensa as oferendas, a cruz e o altar. Depois, o diácono ou outro ministro incensa o sacerdote e o povo.

Em seguida, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio

CONVITE À ORAÇÃO

Estando, depois, no meio do altar e voltado para o povo, o sacerdote estende e une as mãos e diz:
Pres.: Orai, irmãos e irmãs, para que o sacrifício da Igreja, nesta pausa restauradora na caminhada rumo ao céu, seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.
℟.: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja.

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

Em seguida, abrindo os braços, o sacerdote profere a oração sobre as oferendas:
Pres.: Nós vos pedimos, Senhor, fazei que o nosso coração corresponda a estas oferendas com as quais iniciamos nossa caminhada para a Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

PREFÁCIO
A tentação do Senhor

Começando a Oração Eucarística, o sacerdote abre os braços e diz ou canta:
℣.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.
Erguendo as mãos, o sacerdote prossegue:
℣.: Corações ao alto.
℟.: O nosso coração está em Deus.
O sacerdote, com os braços abertos, acrescenta:
℣.: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
℟.: É nosso dever e nossa salvação.

O sacerdote, de braços abertos, reza ou canta o Prefácio.
Pres.: Na verdade, é digno e justo, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, nosso Senhor. Jejuando quarenta dias, Jesus consagrou a observância quaresmal e, desarmando as ciladas da antiga serpente, ensinou-nos a vencer o fermento da maldade, para que, pela digna celebração do mistério pascal, passemos, um dia, à Páscoa eterna. Por isso, hoje e sempre, com a multidão dos anjos e dos santos com um hino de louvor, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz:
SANTO, SANTO, SANTO

SANTO, SANTO, SANTO É O SENHOR
SANTO, SANTO, SANTO É O SENHOR

O CÉU E A TERRA, PROCLAMAM VOSSA GLÓRIA. 
HOSANA NAS ALTURAS!

SANTO, SANTO, SANTO É O SENHOR
SANTO, SANTO, SANTO É O SENHOR

ORAÇÃO EUCARÍSTICA II

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Na verdade, ó Pai, vós sois Santo, fonte de toda santidade.
Une as mãos e, estendendo-as sobre as oferendas, diz:
Santificai, pois,estes dons, derramando sobre eles o vosso Espírito, 
une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo tempo sobre o pão e o cálice, dizendo:
a fim de que se tornem para nós o Corpo e + o Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
A assembleia aclama:
℟.: Enviai o vosso Espírito Santo!

O relato da instituição da Eucaristia seja proferido de modo claro e audível, como requer a sua natureza.
Pres.: Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão, 
toma o pão e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção de ação de graças, partiu e o deu a seus discípulos.
inclina-se levemente
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena e genuflete em adoração.

Então prossegue:
Do mesmo modo, no fim da ceia, 
toma o cálice nas mãos e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos e, dando graças novamente, o entregou a seus discípulos.
inclina-se levemente
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e genuflete em adoração.

Pres.: Mistério da fé para a salvação do mundo!
A assembleia aclama:
℟.: Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição.

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Celebrando, pois, o memorial da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o Pão da vida e o Cálice da salvação; e vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir.
A assembleia aclama:
℟.: Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!

Pres.: Suplicantes, vos pedimos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.
A assembleia aclama:
℟.: O Espírito nos una num só corpo!

1C: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro; e aqui convocada no dia em que Cristo venceu a morte e nos fez participantes de sua vida imortal; que ela cresça na caridade, em comunhão com o Papa Clemente, com o nosso Bispo N.*, os bispos do mundo inteiro, os presbíteros, os diáconos e todos os ministros do vosso povo.
(*) Aqui pode-se fazer menção dos Bispos Coadjutores ou Auxiliares, conforme vem indicado na Instrução Geral sobre o Missal Romano, n. 149.
A assembleia aclama:
℟.: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!

2C: Lembrai-vos também, na vossa misericórdia, dos (outros) nossos irmãos e irmãs que adormeceram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida; acolhei-os junto a vós na luz da vossa face.
A assembleia aclama:
℟.: Concedei-lhes, ó Senhor, a luz eterna!

3C: Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus, São José, seu esposo, os Apóstolos, (São N.: Santo do dia ou padroeiro) e todos os Santos que neste mundo viveram na vossa amizade, a fim de vos louvarmos e glorificarmos
une as mãos
por Jesus Cristo, vosso Filho.

DOXOLOGIA

Ergue a patena com a hóstia e o cálice, dizendo:
Pres.: POR CRISTO, COM CRISTO, E EM CRISTO, A VÓS DEUS PAI TODO-PODEROSO, NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO, TODA HONRA E TODA GLÓRIA, POR TODOS OS SÉCULOS DOS SÉCULOS.
A assembleia aclama:
℟.: AMÉM

RITO DA COMUNHÃO

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz, de mãos unidas:
Pres.: Obedientes à palavra do Salvador e formados por seu divino ensinamento, ousamos dizer:

O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos.
Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Pres.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo.
O povo responde:
Amém.

O sacerdote, voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
Pres.: A paz do Senhor esteja sempre convosco.
℟.: O amor de Cristo nos uniu.

FRACÇÃO DO PÃO

Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio

CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO
TENDE PIEDADE DE NÓS

CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO
TENDE PIEDADE DE NÓS

CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO
DAI-NOS, DAI-NOS A VOSSA PAZ

Em seguida, o sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio

O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia na mão e, elevando-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice, diz em voz alta, voltado para o povo:
Pres.: Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E acrescenta, com o povo, uma só vez:
Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio e reverentemente comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio e reverentemente comunga o Sangue de Cristo.

Em seguida, toma a patena ou o cibório, aproxima-se dos que vão comungar e mostra a hóstia um pouco elevada a cada um deles, dizendo:
℣.: O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
℟.: Amém.

Enquanto o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, faça se a oração de comunhão espiritual antes e logo em seguida inicia-se o canto da Comunhão.

COMUNHÃO
(O Homem não vive somente de pão)

Inicia-se então o canto da comunhão:
O HOMEM NÃO VIVE SOMENTE DE PÃO,
MAS DE TODA PALAVRA DA BOCA DE DEUS. (BIS)

A LEI DO SENHOR DEUS É PERFEITA
CONFORTO PARA A ALMA!
O TESTEMUNHO DO SENHOR É FIEL
SABEDORIA DOS HUMILDES

OS PRECEITOS DO SENHOR SÃO PRECISOS
ALEGRIA AO CORAÇÃO
O MANDAMENTO DO SENHOR É BRILHANTE
PARA OS OLHOS É UMA LUZ

É PURO O TEMOR DO SENHOR
IMUTÁVEL PARA SEMPRE
OS JULGAMENTOS DO SENHOR SÃO CORRETOS
E JUSTOS IGUALMENTE

MAIS DESEJÁVEIS DO QUE O OURO SÃO ELES
DO QUE O OURO REFINADO;
SUAS PALAVRAS SÃO MAIS DOCES QUE O MEL
QUE O MEL QUE SAI DOS FAVOS

QUE VOS AGRADE O CANTAR DOS MEUS LÁBIOS
E A VOZ DA MINHA ALMA
QUE ELA CHEGUE ATÉ VÓS, Ó SENHOR
MEU ROCHEDO E REDENTOR

ANTÍFONA DA COMUNHÃO

Se, porém, não se canta, a antífona que vem no Missal pode ser recitada ou pelos fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor, ou então pelo próprio sacerdote depois de ter comungado e antes de dar a Comunhão aos fiéis:
℣.: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. (Mt 4, 4)

ou:

O Senhor te cobrirá com sua sombra, sob suas asas encontrarás abrigo. (Cf. Sl 90, 4)

Terminada a Comunhão, o sacerdote, o diácono ou acólito purifica a patena e o cálice.

Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
Pres.: Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno.

Então o sacerdote pode voltar à cadeira. É aconselhável guardar algum tempo de silêncio sagrado ou proferir um salmo ou outro cântico de louvor.

ORAÇÃO PÓS COMUNHÃO

Em seguida, junto ao altar ou à cadeira, o sacerdote, de pé, voltado para o povo, diz de mãos unidas:
Pres.: Oremos.
Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Depois da comunhão.
Ó Deus, que nos alimentastes com este pão que nutre a fé, incentiva a esperança e fortalece a caridade, dai-nos desejar o Cristo, pão vivo e verdadeiro, e viver de toda palavra que sai de vossa boca. Por Cristo, nosso Senhor.
Ao terminar, o povo aclama:
℟.: Amém.

ORAÇÃO MENSAL DO ANO JUBILAR
Mês da Conversão e Penitência

Pres.: Deus de misericórdia, ajudai-nos a reconhecer minhas falhas e a buscar em ti o caminho da conversão. Dá-nos coragem para viver a penitência com alegria. Amém.
℟.: Amém.
Se necessário, façam-se breves comunicações ao povo.

BÊNÇÃO FINAL
(Oração sobre o Povo)

Em seguida, faz-se a despedida. O sacerdote, voltado para o povo, abre os braços e diz:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

Pres.: Desça, Senhor, sobre o vosso povo copiosa bênção, para que, na tribulação, cresça a esperança; na tentação, confirme-se a virtude; e lhe seja concedida a eterna redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

Pres.: E a bênção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho  e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre.
℟.: Amém.

Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:
℣.: Ide em paz, e glorificai o Senhor com vossa vida.
℟.: Graças a Deus.

Então o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita com os ministros a devida reverência, retira-se.

CANTO FINAL

Então o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita com os ministros a devida reverência, retira-se.

O CRISTO-DEUS SE FEZ HUMANO NESTA TERRA
E ÀS CRIATURAS DEU VALOR E ATENÇÃO
A VIDA PLENA, QUE NO MUNDO JÁ SE ESPERA
GANHA SENTIDO COM A NOSSA REDENÇÃO

AO ENTREGAR O PARAÍSO AO SER HUMANO
DEUS CONTEMPLOU SUA BELEZA E SEUS DONS
LOUVADO SEJA NOSSO PAI, O CRIADOR
DEUS VIU QUE TUDO, TUDO ERA MUITO BOM!

NO UNIVERSO TUDO ESTÁ INTERLIGADO
NELE VIVEMOS E, COM TODOS, “SOMOS UM”
NESTA QUARESMA, À CONVERSÃO, SOMOS CHAMADOS
CUIDEMOS TODOS DESTA CASA, QUE É COMUM!

AO ENTREGAR O PARAÍSO AO SER HUMANO
DEUS CONTEMPLOU SUA BELEZA E SEUS DONS
LOUVADO SEJA NOSSO PAI, O CRIADOR
DEUS VIU QUE TUDO, TUDO ERA MUITO BOM!

HÁ MUITO TEMPO, O LOUVOR DAS CRIATURAS
JÁ SE OUVIA EM UM CANTO UNIVERSAL
O SEU AUTOR, NOVA EXPRESSÃO ELE INAUGURA
“FRATERNIDADE E ECOLOGIA INTEGRAL”

AO ENTREGAR O PARAÍSO AO SER HUMANO
DEUS CONTEMPLOU SUA BELEZA E SEUS DONS
LOUVADO SEJA NOSSO PAI, O CRIADOR
DEUS VIU QUE TUDO, TUDO ERA MUITO BOM!

O SER HUMANO TRANSFORMOU A REALIDADE
CAUSOU MAUS-TRATOS, DESTRUINDO A NATUREZA
ABANDONOU A LEI DE DEUS E SUA VERDADE
DESRESPEITANDO A CRIAÇÃO E SUA BELEZA

AO ENTREGAR O PARAÍSO AO SER HUMANO
DEUS CONTEMPLOU SUA BELEZA E SEUS DONS
LOUVADO SEJA NOSSO PAI, O CRIADOR
DEUS VIU QUE TUDO, TUDO ERA MUITO BOM!

DE TODA A TERRA EM NOSSAS MÃOS, EIS O CUIDADO
NÓS SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS PELA VIDA
ENQUANTO AQUI PEREGRINAMOS NA ESPERANÇA
A CRIAÇÃO EM NOVA PÁSCOA É RENASCIDA

AO ENTREGAR O PARAÍSO AO SER HUMANO
DEUS CONTEMPLOU SUA BELEZA E SEUS DONS
LOUVADO SEJA NOSSO PAI, O CRIADOR
DEUS VIU QUE TUDO, TUDO ERA MUITO BOM!

MEDITANDO A PALAVRA DE DEUS
(Pe. Josep Laplana, OSB, Monje de Montserrat)

Hoje Jesus, «cheio do Espírito Santo» (Lc 4,1), retira-se para o deserto, longe dos homens, para experimentar de forma imediata e sensível a sua dependência absoluta do Pai. Nesse ambiente de solidão e privação, Jesus sente-se agredido pela fome, e esse momento de fragilidade é aproveitado pelo Maligno, que o tenta com a intenção de abalar o núcleo de sua identidade como Filho de Deus: sua adesão substancial e incondicional ao Pai. Com os olhos postos em Cristo, vencedor do mal, os cristãos sentem-se hoje estimulados a entrar no caminho da Quaresma, movidos pelo desejo de autenticidade: ser plenamente aquilo que somos — discípulos de Jesus e, com Ele, filhos de Deus. Por isso, queremos aprofundar nossa adesão a Jesus Cristo e ao seu programa de vida, que é o Evangelho: «nem só de pão viverá o homem» (Lc 4,4).

Como Jesus no deserto, armados com a sabedoria da Escritura, somos chamados a proclamar, em meio a um mundo consumista, que o homem foi criado à imagem divina e só pode saciar sua fome de felicidade quando abre de par em par as portas da sua vida a Jesus Cristo, Redentor do homem. Isso implica vencer uma multidão de tentações que buscam diminuir nossa vocação humano-divina. Com o exemplo e a força de Jesus tentado no deserto, somos chamados a desmascarar as muitas mentiras sobre a natureza humana propagadas sistematicamente pelos meios de comunicação social e pelo ambiente pagão em que vivemos.

São Bento dedica o capítulo 49 de sua Regra à “Observância da Quaresma” e exorta os fiéis a “apagarem nestes dias santos as negligências dos outros tempos (...), dando-se à oração com lágrimas, à leitura, à compunção do coração e à abstinência (...), a oferecer cada um alguma coisa a Deus, de espontânea vontade, com a alegria do Espírito Santo (...) e a esperar com desejo espiritual a Santa Páscoa”.

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA 2025
Caminhemos juntos na esperança

Queridos irmãos e irmãs!

Com o sinal penitencial das cinzas sobre as nossas cabeças, iniciamos na fé e na esperança a peregrinação anual da Santa Quaresma. A Igreja, mãe e mestra, convida-nos a preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte, como exclamava São Paulo: «A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» ( 1Cor 15, 54-55). Realmente, Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é o centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai, já realizada n’Ele, Seu Filho amado: a vida eterna (cf. Jo 10, 28; 17, 3) [1].

Nesta Quaresma, enriquecida pela graça do Ano Jubilar, gostaria de oferecer algumas reflexões sobre o que significa caminhar juntos na esperança e evidenciar os apelos à conversão que a misericórdia de Deus dirige a todos nós, enquanto indivíduos e comunidades.

Antes de tudo, caminhar. O lema do Jubileu – “Peregrinos de Esperança” – traz à mente a longa travessia do povo de Israel em direção à Terra Prometida, narrada no livro do Êxodo: a difícil passagem da escravidão para a liberdade, desejada e guiada pelo Senhor, que ama o seu povo e sempre lhe é fiel. E não podemos recordar o êxodo bíblico sem pensar em tantos irmãos e irmãs que, hoje, fogem de situações de miséria e violência e vão à procura de uma vida melhor para si e para seus entes queridos. Aqui, surge um primeiro apelo à conversão, porque todos nós somos peregrinos na vida, mas cada um pode perguntar-se: como me deixo interpelar por esta condição? Estou realmente a caminho ou estou paralisado, estático, com medo e sem esperança, acomodado na minha zona de conforto? Busco caminhos de libertação das situações de pecado e falta de dignidade? Seria um bom exercício quaresmal confrontar-nos com a realidade concreta de algum migrante ou peregrino e deixar que ela nos interpele, a fim de descobrir o que Deus pede de nós para sermos melhores viajantes rumo à casa do Pai. Esse é um bom “exame” para o viandante.

Em segundo lugar, façamos esta viagem juntos. Caminhar juntos, ser sinodal, é esta a vocação da Igreja [2]. Os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários. O Espírito Santo impele-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus e dos nossos irmãos, e nunca a fechar-nos em nós mesmos [3]. Caminhar juntos significa ser tecelões de unidade, partindo da nossa dignidade comum de filhos de Deus (cf. Gl 3, 26-28); significa caminhar lado a lado, sem pisar ou subjugar o outro, sem alimentar invejas ou hipocrisias, sem deixar que ninguém fique para trás ou se sinta excluído. Sigamos na mesma direção, rumo a uma única meta, ouvindo-nos uns aos outros com amor e paciência.

Nesta Quaresma, Deus pede-nos que verifiquemos se nas nossas vidas e famílias, nos locais onde trabalhamos, nas comunidades paroquiais ou religiosas, somos capazes de caminhar com os outros, de ouvir, de vencer a tentação de nos entrincheirarmos na nossa autorreferencialidade e de olharmos apenas para as nossas próprias necessidades. Perguntemo-nos diante do Senhor se somos capazes de trabalhar juntos ao serviço do Reino de Deus, como bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos; se, com gestos concretos, temos uma atitude acolhedora em relação àqueles que se aproximam de nós e a quantos se encontram distantes; se fazemos com que as pessoas se sintam parte da comunidade ou se as mantemos à margem [4]. Este é o segundo apelo: a conversão à sinodalidade.

Em terceiro lugar, façamos este caminho juntos na esperança de uma promessa. A esperança que não engana (cf. Rm 5, 5), mensagem central do Jubileu [5], seja para nós o horizonte do caminho quaresmal rumo à vitória pascal. Como o Papa Bento XVI nos ensinou na Encíclica Spe salvi, «o ser humano necessita do amor incondicionado. Precisa daquela certeza que o faz exclamar: “Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” ( Rm 8, 38-39)» [6]. Jesus, nosso amor e nossa esperança, ressuscitou [7] e, vivo, reina glorioso. A morte foi transformada em vitória e aqui reside a fé e a grande esperança dos cristãos: na ressurreição de Cristo!

Eis o terceiro apelo à conversão: o da esperança, da confiança em Deus e na sua grande promessa, a vida eterna. Devemos perguntar-nos: estou convicto de que Deus me perdoa os pecados? Ou comporto-me como se me pudesse salvar sozinho? Aspiro à salvação e peço a ajuda de Deus para a receber? Vivo concretamente a esperança que me ajuda a ler os acontecimentos da história e me impele a um compromisso com a justiça, a fraternidade, o cuidado da casa comum, garantindo que ninguém seja deixado para trás?

Irmãs e irmãos, graças ao amor de Deus em Jesus Cristo, somos conservados na esperança que não engana (cf. Rm 5, 5). A esperança é “a âncora da alma”, inabalável e segura [8]. Nela, a Igreja reza para que «todos os homens sejam salvos» ( 1Tm 2, 4) e ela própria anseia estar na glória do céu, unida a Cristo, seu esposo. Santa Teresa de Jesus expressou isso da seguinte forma: «Espera, espera, que não sabes quando virá o dia nem a hora. Vela com cuidado, que tudo passa com brevidade, embora o teu desejo faça o certo duvidoso e longo o tempo breve» ( Exclamações, XV, 3) [9].

Que a Virgem Maria, Mãe da Esperança, interceda por nós e nos acompanhe no caminho quaresmal.

Roma, São João de Latrão, na Memória dos Santos mártires Paulo Miki e companheiros, 6 de fevereiro de 2025.

                                                                                FRANCISCO
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[1] Cf. Carta enc. Dilexit nos (24 de outubro de 2024), 220.

[2] Cf. Homilia na Missa de canonização dos Beatos João Batista Scalabrini e Artemide Zatti, 9 de outubro de 2022.

[3] Cf. Ibid.

[4] Cf. Ibid.

[5] Cf. Bula Spes non confundit, 1.

[6] Carta enc. Spe salvi (30 de novembro de 2007), 26.

[7] Cf. Sequência do Domingo de Páscoa.

[8] Cf. Catecismo da Igreja Católica, 1820.

[9] Ibid., 1821.

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