PAVLVS, EPISCOPVS,
SERVVS SERVORVM DEI
Aos veneráveis irmãos da Sociedade de Vida Apostólica Arautos do Evangelho,
e a todos que lerem estas letras ou tomarem conhecimento, saudação e bênção apostólica.
1. Os carismas são diversos em nossa igreja e unidos formamos um só corpo que é o corpo místico de Cristo. Escutando a voz do Bom Pastor o seguimos e somos interpelados pelo chamado a santidade de vida e uma renúncia de nossas vontades para viver a serviço do reino e dos irmãos. Este chamado e ardor missionário atravessou os séculos, através da mensagem dos apóstolos e pela ação do Espírito Santo.
2. A vida, a vocação e a missão de quem se consagrada a Deus, a exemplo de Jesus, deve também ser um farol que ilumina aqueles que vivem na noite do pecado, da ignorância e do desamor. Ajudar os homens e as mulheres do nosso tempo a se encontrar com Jesus e ter a alegria de carregá-lo no coração é a missão primeira de quem se consagra a Deus na doação total.
3. "A vida religiosa é um dom que a Igreja recebe do seu Senhor e que oferece como um estado de vida permanente ao fiel chamado por Deus para professar os conselhos. Assim, a Igreja pode, ao mesmo tempo, manifestar o Cristo e reconhecer-se como Esposa do Salvador. A vida religiosa é convidada a significar, em formas variadas, a própria caridade de Deus, em linguagem de nossa época." (CIC 926).
4. Nesse sentido, a sociedade de vida apostólica Arautos do Evangelho, produziu bom fruto no tempo em que lhe era devido, assim como nos diz o escritor sagrado: “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (Ecl. 3, 1). E hoje, considerando o atual cenário de nossa Igreja, concluímos, com o auxílio e direção do Espírito Santo, que o tempo desta Ordem é chegado.
5. Por isso, ouvindo o parecer da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades Apostólicas, DECRETAMOS, a supressão da Sociedade de Vida Apostólica Arautos do Evangelho. Os sacerdotes que anteriormente participava deste instituto, deverão agora estar em conformidade com as vigências legislativas da Diocese local, mantendo unicamente a obediência ao Bispo Ordinário.
6. Por fim, despeço-me deste decreto, suplicando ao Senhor, para que, por intercessão da Sempre Virgem Maria, sejamos conduzidos à plenitude da graça oferecida por seu próprio e único Filho em seu caminho e ensino. Convido todos os que lêem estas Escrituras, para que as suas orações sejam ouvidas e que Nossa Senhora do Rosário de Fátima responda às nossas orações e assim as leve de forma especial ao nosso Deus misericordioso, que oferece o perdão para com o seu rebanho.
Dado e passado em Roma, junto a São Pedro, aos oito dias do mês de junho, do Ano Santo Jubilar de 2024, segundo de nosso pontificado, na solenidade do Imaculado Coração de Maria.