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COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

Carta - Christifidelis laici | Dicastério para os Leigos, Familia e Vida


Prot. N.º 01/2024


04 de junho de 2024,     
Cidade do Vaticano.  



CARTA - CHRISTIDELIS LAICI
SOBRE A VOCAÇÃO E MISSÃO DOS LEIGOS E NO MUNDO
A TODOS OS MEMBROS DE NOSSA COMUNIDADE

INTRODUÇÃO

os fieis leigos do Christifidelis Laici através da vocação e missão dentro da perspectiva do Concílio Vaticano II,  que remetemos a imagem dos trabalhadores da vinha, na qual todos os cristãos batizados são chamados para trabalhar. Como base iremos utilizar a passagem do Evangelho de Mt 20, 1-2, no trabalhador que sai para contratar trabalhadores para a vinha e em contrapartida Mt 13,8 para reforçar que a vinha é o mundo inteiro e todos os leigos são chamados a compor.


 IDE A VOS TODOS PARA MINHA VIDA

O convite de Jesus de irmos para a sua vinha, perpassa ao longo da história a cada cristão batizado. E o Concilio Vaticano II interveio com a ação do Espirito Santo para atualizar a Evangelização no mundo contemporâneo, chamando e abrangendo a todos os cristão leigos a serem promotores do reino através da sagrada Escritura e do Magistério na igreja de Minecraft.

De um modo especial o Concílio, com o seu riquíssimo patrimônio doutrinal, espiritual e pastoral, dedicou páginas maravilhosas à natureza, dignidade, espiritualidade, missão e responsabilidade dos fiéis leigos. E os Padres conciliares, feitos eco do chamamento de Cristo, convidaram todos os fiéis leigos, homens e mulheres, a trabalhar na Sua vinha: "O sagrado Concílio pede instantemente no Senhor a todos os leigos que respondam com decisão de vontade, ânimo generoso e disponibilidade de coração à voz de Cristo, que nesta hora os convida com maior insistência, e ao impulso do Espírito Santo. De modo particular os mais novos tomem como dirigido a si próprios este chamamento e recebam-no com alegria e magnanimidade. Com efeito, é o próprio Senhor que, por meio deste sagrado Concílio, mais uma vez convida todos os leigos a que se unam a Ele cada vez mais intimamente, e, sentindo como próprio o que é d'Ele (cf. Fil 2, 5), se associem à Sua missão salvadora.

A Bíblia emprega a imagem da vinha de muitas maneiras e com diversos significados: ela serve particularmente para exprimir o mistério do Povo de Deus. Nesta perspectiva mais interior, os fiéis leigos não são simplesmente os agricultores que trabalham na vinha, mas são parte dessa mesma vinha: " Eu sou a videira, vós os ramos ", diz Jesus (Jo 15, 5).

Já no Antigo Testamento os profetas recorriam à imagem da vinha para indicar o povo eleito. Israel é a vinha de Deus, a obra do Senhor, a alegria do Seu coração: "Eu tinha-te plantado como vinha predileta "(Jer 2, 21); "A tua mãe era como uma videira plantada à beira das águas. Era fecunda e rica em sarmentos, graças à abundância de água" (Ez 19, 10); "O meu amado possuía uma vinha numa colina fértil. Cavou-a, tirou-lhe as pedras, e plantou-a com varas escolhidas... " (Is 5, 2). Jesus retoma o símbolo da vinha e dele se serve para revelar alguns aspectos do Reino de Deus: " Um homem plantou uma vinha, cercou-a de uma sebe, cavou nela um lagar e edificou uma torre, depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe " (Mc 12, 1; cf. Mt 21, 28 ss). O evangelista João convida-nos a penetrar em profundidade e introduz-nos na descoberta do mistério da vinha: esta é o símbolo e a figura, não só do povo de Deus, mas do próprio Jesus. Ele é a cepa e nós, os discípulos, somos os ramos; Ele é a « verdadeira videira », à qual estão vitalmente ligados os ramos (cf. Jo 15, 1 ss.). 

O Concílio Vaticano II, referindo as várias imagens bíblicas que iluminam o mistério da Igreja, usa novamente a imagem da videira e das vides: " Cristo é a videira verdadeira que dá vida e fecundidade às vides, isto é, a nós, que por meio da Igreja permanecemos n'Ele e sem o qual nada podemos fazer (Jo 15, 1-5) ". A própria Igreja é, portanto, a vinha evangélica. É mistério, porque o amor e a vida do Pai, do Filho e do Espírito Santo são o dom totalmente gratuito oferecido a todos aqueles que nasceram da água e do Espírito (cf. Jo 3, 5), chamados a 8 reviver a mesma comunhão de Deus e a manifestá-la e a comunicá-la na história (missão): "Naquele dia — diz Jesus — conhecereis que Eu estou no Pai e vós em Mim e Eu em vós " (Jo 14, 20). Assim, só no interior do mistério da Igreja como mistério de comunhão se revela a " identidade " dos fiéis leigos, a sua original dignidade. E só no interior dessa dignidade se podem definir a sua vocação e a sua missão na Igreja e no mundo. 

CHAMADO A SANTIDADE

A dignidade do fiel leigo revela-se em plenitude quando se considera a primeira e fundamental vocação que o Pai, em Jesus Cristo por meio do Espírito Santo, dirige a cada um deles: a vocação à santidade, isto é, à perfeição da caridade. O santo é o testemunho mais esplêndido da dignidade conferida ao discípulo de Cristo.

Sobre a universal vocação à santidade, o Concílio Vaticano II teve palavras sobremaneira luminosas. Pode dizer-se que foi precisamente esta a primeira incumbência confiada a todos os filhos e filhas da Igreja por um Concílio que se quis para a renovação evangélica da vida cristã. Tal incumbência não é uma simples exortação moral, mas uma exigência do mistério da Igreja, que não se pode suprimir: a Igreja é a Vinha escolhida, por meio da qual as vides vivem e crescem com a mesma linfa santa e santificadora de Cristo; é o Corpo místico, cujos membros participam da mesma vida de santidade da Cabeça que é Cristo; é a Esposa amada do Senhor Jesus que a Si mesmo Se entregou para a santificar (cf. Ef 5, 25 ss.). O Espírito que santificou a natureza humana de Jesus no seio virginal de Maria (cf. Lc 1, 35) é o mesmo Espírito que habita e atua na Igreja para lhe comunicar a santidade do Filho de Deus feito homem. 

Hoje como nunca, urge que todos os cristãos retomem o caminho da renovação evangélica, acolhendo com generosidade o convite apostólico de " ser santos em todas as ações ". O Sínodo extraordinário de 1985, a vinte anos do encerramento do Concílio, insistiu com oportunidade sobre essa urgência: " Sendo a Igreja em Cristo um mistério, ela deve ser vista como sinal e instrumento de santidade... Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis em toda a história da Igreja. Hoje temos muitíssima falta de santos, que devemos pedir com assiduidade". 

Todos na Igreja, precisamente porque são seus membros, recebem e, por conseguinte, partilham a comum vocação à santidade. A título pleno, sem diferença alguma dos outros membros da Igreja, a essa vocação são chamados os fiéis leigos: "Todos os fiéis, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade" ; "Todos os fiéis são convidados e têm por obrigação tender à santidade e à perfeição do próprio estado ". A vocação à santidade mergulha as suas raízes no Baptismo e volta a ser proposta pelos vários sacramentos, sobretudo pelo da Eucaristia: revestidos de Jesus Cristo e impregnados do Seu Espírito, os cristãos são  "santos" e, por isso, são habilitados e empenhados em manifestar a santidade do seu ser na santidade de todo o seu operar. O apóstolo Paulo não se cansa de advertir todos os cristãos para que vivam « como convém a santos" (Ef 5, 3).

 A vida segundo o Espírito, cujo fruto é a santificação (Rm 6, 22; cf. Gl 5, 22), suscita e exige de todos e de cada um dos batizados o seguimento e imitação de Jesus Cristo, no acolhimento das Suas Bem-aventuranças, na escuta e meditação da Palavra de Deus, na consciente e ativa participação na vida litúrgica e sacramental da Igreja, na oração individual, familiar e comunitária, na fome e sede de justiça, na prática do mandamento do amor em todas as circunstancias da vida e no serviço aos irmãos, sobretudo os pequeninos, os pobres e os doentes. 

CONCLUSÃO

Os trabalhos sinodais constituíram para todos os que neles participaram uma grande experiência espiritual: a de uma Igreja atenta, na luz e na força do Espírito, em discernir e acolher o renovado apelo do seu Senhor, no sentido de novamente propor ao mundo de hoje o mistério da Sua comunhão e o dinamismo da Sua missão de salvação, em particular, descobrindo o lugar e o papel específicos dos fiéis leigos. O fruto, portanto, do Sínodo, que esta Exortação pretende conseguir que seja o mais abundante possível em todas as Igrejas espalhadas pele mundo, será dado pela efetiva aceitação que o apelo do Senhor receber por parte de todo o Povo de Deus e, nele, por parte dos fiéis leigos.

Por isso, dirijo a todos e a cada um, pastores e fiéis, a vivíssima exortação de que nunca se cansem em manter desperta, antes, enraízem cada vez mais na mente, no coração e na vida a consciência eclesial, isto é, a consciência de serem membros da Igreja de Jesus Cristo, participantes no seu mistério de comunhão e na sua energia apostólica e missionária.



 Natanael Cominoti
   Prefeito