Intenção do Papa Paulo II Para o Mês de Maio | Dicastério para o Serviço da Caridade

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INTENÇÃO DO PAPA PAULO II

MÊS DE MAIO

Intenção:

Seguir o exemplo de Maria

Rezemos para que, espelhados no excelso exemplo de Maria Santíssima, saibamos valorizar o silêncio e confiarmos inteiramente à vontade de Deus, dizendo: “Faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc. 1, 38).

Reflexão:

Caríssimos irmãos e irmãs, no mês de maio a Igreja se volta de maneira especial à devoção a Nossa Senhora. Essa tradição surgiu por volta do século XII. Era preciso pedir a proteção da Mãe Maria pelas necessidades da Igreja de seu filho. Até por isso, Nossa Senhora é conhecida como a Mãe da Igreja porque ela intercede constantemente pelas necessidades da Igreja de seu filho. Esse costume se estende até os dias atuais e nos leva a refletir-nos e nos aproximarmos mais deste tão valoroso exemplo que nos foi dado.

Em nossa realidade virtual, sobretudo neste tempo jubilar que celebramos a vinda dos 10 anos de nossa comunidade, somos mais uma vez convocados a voltarmos nossos olhares à Mãe de Deus e a aprendermos com a lição divina que nos deixou em suas poucas aparições bíblicas mas carregadas de tanto significado. Ela é reverenciada como a mulher do silêncio, o modelo perfeito de Igreja, de mãe e de santidade. Nossa Senhora representa muito mais do que uma simples figura religiosa; ela é um símbolo poderoso de amor, compaixão e intercessão. Neste mês mariano, ao contemplarmos Maria como nossa advogada intercessora, somos convidados a refletir sobre sua serenidade, humildade e amor a Deus acima de tudo.

Ela é um exemplo de coragem e de força. Sua vida foi repleta de desafios, desde o momento em que deu seu “sim” para ser a Mãe do Salvador, até sua dolorosa experiência aos pés da cruz. Mesmo diante de tantas adversidades, Maria permaneceu firme em sua fé e confiança em Deus. Sua poderosa intercessão está sempre a postos para socorrer a todos os filhos que recorrem e a invocam em busca de auxílio espiritual e iluminação. Muitas vezes, santos e doutores da Igreja se referiram a Nossa Senhora como um canal de dispensação de graças, como São Bernardo de Claraval, Santo Afonso de Ligório. Nenhuma graça chega a nós sem antes passar pelas mãos de Maria.

Pelas palavras do próprio Cristo na cruz, dirigidas ao apóstolo que ele amava mas prefigurando toda a humanidade, Maria é nossa mãe, e nós, somos filhos dela. Sua maternidade vai além do aspecto físico; ela é uma mãe espiritual, que cuida e intercede por seus filhos. Refletir sobre Nossa Senhora é refletir sobre como podemos seguir seus ensinamentos e exemplos de amor, obediência e fé em nossa vida, no cotidiano.

Maria Santíssima é um farol de luz e esperança para todos os cristãos. Na ladainha dedicada a ela, acertadamente invocamos: Refúgio dos pecadores, Socorro dos migrantes, Consoladora dos aflitos. Ao contemplarmos sua vida e virtudes, somos inspirados a viver de acordo com os ensinamentos de Nosso Senhor, tão perfeitamente refletidos em Sua Santíssima Mãe. Que neste mês mariano, impulsionados pela alegria pascal e jubilar, possamos nos aproximar mais de Maria, aprendendo com ela a sermos amorosos, compassivos, obedientes e confiantes na vontade de Deus. Que ela nos guie, proteja e cuide, sob seu manto protetor, como uma verdadeira mãe.

Oração:

Oh Deus, Todo-Poderoso, que criastes à sua imagem e semelhança, sem a mancha do pecado original, aquela que estava destinada a gerar e dar a luz ao Teu Filho Jesus, concedei-nos, pelos méritos da mesma Virgem Maria e do Sagrado Coração de Jesus, a graça de nos configurarmos cada vez mais à Vossa vontade e a vivermos com mais amor e compaixão para com nossos irmãos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Dado e Passado em Roma, junto a São Pedro, da sede do Dicastério para o Serviço da Caridade, aos três dias do mês de maio do Ano Santo Jubilar de 2024.