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Queridos filhos em Cristo,
É com grande alegria e esperança que me dirijo a todos vocês, membros desta família de fé, para refletirmos juntos sobre a importância da comunhão entre os irmãos em nossa caminhada cristã. É um momento de reflexão e renovação, um momento em que somos chamados a reafirmar nosso compromisso com uma cultura do encontro e da comunhão plena em torno do trono de Pedro, alicerçados na graça divina e no exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo.
A comunhão entre nós, como membros do Corpo de Cristo, é um dos pilares fundamentais de nossa fé. Somos chamados a viver em unidade, a nos amarmos uns aos outros como Cristo nos amou. Esta comunhão não é apenas um ideal a ser alcançado, mas uma realidade a ser vivida em nossas vidas cotidianas, em nossas famílias, comunidades e em toda a Arquidiocese.
A comunhão entre os irmãos implica em acolhimento mútuo, em escuta atenta e em partilha fraterna. Significa estar presente na vida uns dos outros, compartilhando as alegrias e as tristezas, os desafios e as vitórias. É estar disposto a perdoar e a reconciliar-se, a estender a mão ao irmão que necessita de auxílio e a caminhar juntos na busca pela santidade.
Neste tempo de tantas divisões e desafios, a comunhão entre os irmãos se torna ainda mais essencial. Devemos ser testemunhas vivas do amor de Cristo, superando barreiras e diferenças, promovendo a reconciliação e a paz. Somente assim seremos verdadeiramente sal e luz neste mundo, transformando-o pela força do Evangelho.
Quero encorajar a todos vocês a cultivarem esta comunhão em suas vidas, em suas paróquias e em toda a Arquidiocese. Que possamos nos empenhar em construir pontes de diálogo e entendimento, em promover a justiça e a solidariedade, em celebrar nossa diversidade e nossa unidade na fé.
Pedro é símbolo de comunhão
Nossa fé católica é uma fé de comunhão, uma fé que nos une em um só corpo, o corpo místico de Cristo. Neste corpo, cada um de nós desempenha um papel vital, cada um contribui com seus dons e talentos para a edificação da Igreja e a realização do Reino de Deus aqui na terra. No entanto, para que essa comunhão seja verdadeira e plena, é necessário cultivar uma cultura do encontro, onde nos encontramos uns aos outros com amor, respeito e compreensão
O Papa Francisco nos lembra constantemente da importância do encontro com o outro, especialmente com os mais vulneráveis e marginalizados de nossa sociedade. Ele nos chama a sair de nossas zonas de conforto, a ir ao encontro daqueles que estão em necessidade, a partilhar nossa fé e nossos recursos com generosidade e desprendimento. Este é o caminho do Evangelho, o caminho que nos leva à verdadeira realização e plenitude.
Ao mesmo tempo, é essencial que cultivemos uma profunda comunhão com o Sucessor de Pedro, o Santo Padre, o Papa. Ele é o elo visível de unidade na Igreja, o pastor supremo que guia e orienta o rebanho de Cristo com autoridade e sabedoria. Devemos estar sempre unidos a ele em oração, em obediência e em solidariedade, reconhecendo nele a voz de Cristo que nos conduz pelo caminho da verdade e da vida.
Portanto, exorto a todos vocês, meus amados irmãos e irmãs, a renovarem seu compromisso com uma cultura do encontro e da comunhão plena em nossa Arquidiocese de Santo Cruz. Que possamos nos encontrar uns aos outros com um coração aberto e acolhedor, que possamos nos unir em torno do trono de Pedro com um espírito de fraternidade e cooperação, e que possamos testemunhar ao mundo a beleza e a verdade do Evangelho através de nossa comunhão e nosso amor mútuo.
Que Nossa Senhora, Mãe da Igreja, interceda por nós e nos guie em nossa jornada de fé. Que o Espírito Santo nos fortaleça e nos inspire a viver verdadeiramente como discípulos missionários de Cristo, levando sua luz e seu amor a todos os cantos da terra.
Caminhemos juntos
A sinodalidade é uma marca distintiva da Igreja de Cristo, um princípio fundamental que nos convida a caminhar juntos, em comunhão, discernindo os caminhos do Espírito Santo para a edificação do Reino de Deus. É um convite à escuta mútua, ao diálogo fraterno e à participação ativa de todos os membros do Povo de Deus na vida e missão da Igreja.
Neste tempo em que somos desafiados a renovar e revitalizar nossa comunidade eclesial, a sinodalidade se apresenta como uma resposta inspirada pelo Espírito Santo. Ela nos convida a superar uma mentalidade clericalista e a promover uma cultura de corresponsabilidade e participação de todos os batizados, reconhecendo que cada um tem um papel essencial a desempenhar na construção do Reino.
A sinodalidade não é apenas um método de organização eclesial, mas uma atitude espiritual que nos impulsiona a sair de nós mesmos, a acolher os dons e as diversidades de cada membro do Corpo de Cristo, e a discernir juntos os desafios e as oportunidades que se apresentam em nosso caminho.
Portanto, convido a cada um de vocês a se engajar neste processo sinodal com entusiasmo e generosidade. Que possamos abrir nossos corações e mentes à ação do Espírito Santo, que nos guiará na busca da vontade de Deus para nossa Arquidiocese e para toda a Igreja. Que possamos valorizar a riqueza da diversidade de dons e carismas, e trabalhar juntos na construção de uma comunidade mais acolhedora, solidária e missionária.
Que Maria, a Mãe da Igreja e modelo de sinodalidade, nos acompanhe e interceda por nós nesta jornada. Que o Espírito Santo nos ilumine e nos inspire, para que juntos possamos testemunhar ao mundo o amor de Cristo e a beleza de sua Igreja.
Com minha bênção apostólica e meu afeto fraterno,
