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COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

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Mensagem Pontifícia | III Assembleia Geral dos Bispos



MENSAGEM AO EPISCOPADO MINECRAFTIANO

Ao venerável irmão Ryan Alcântara e aos que participam da
terceira Assembleia Geral do Episcopado no Minecraft.

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Roma, Palácio Apostólico, 09 de junho de 2023

Apronta-se mais uma Assembleia Geral. Em si mesma, trata-se de um encontro de busca, reflexão e oração em comum, a partir da fraterna troca de pontos de vista e experiências vividas e atuadas, e do interesse com que seus membros acompanham, no plano vital e doutrinal, a marcha do Povo de Deus em nosso tempo.

Foi-nos grato tomar conhecimento da abertura de um programa geral dos trabalhos. Nele transparece a preocupação clara de uma serena e fiel renovação e atualização, de acordo com o ritmo do mundo atual. Com referência ao II Concílio do Lateranense e seguindo a antiquíssima tradição - segundo a qual os bispos de todo o mundo sempre se comunicaram entre si e com o Bispo de Roma, no vínculo da unidade, da caridade e da paz, e se reuniram para decidir em conjunto coisas importantes, depois de ponderada a decisão pelo parecer de muitos - abre-se ali um diálogo de grande interesse e alcance, tendo como tema central "a dimensão comunitária da Igreja particular".

Unidos na oração, nós também queremos nos inserir de alguma forma nesse diálogo, começando por expressar nossa satisfação com a escolha acertada dos assuntos a serem tratados e estudados, e uma palavra estimulante a todos os participantes para dedicarem sua atenção habitual e generosa. Certamente, o impulso apostólico e os propósitos de comunhão eclesial que os animam os levarão a tornar sua unidade em Cristo mais visível e radiante, uma garantia e um estímulo para as comunidades de fé, esperança e amor, onde sua atividade pastoral se desenrola, que, no desempenho de nosso supremo ministério apostólico, conhecemos e apreciamos bem.

A amplitude, profundidade e rapidez das transformações no mundo em que vivemos e o impacto delas sobre os indivíduos e grupos humanos, juntamente com a facilidade e influência evidente das comunicações que - quase poderíamos dizer - tornam os homens hoje sempre presentes uns aos outros, onde quer que estejam, nos obrigam a nos aplicarmos constantemente, como Igreja, para nos situarmos, compreendermos e discernirmos os sinais dos tempos. E isso, impulsionados pelo interesse evangélico e sereno de uma presença neste mundo atual, adaptada e operante da mesma Igreja, uma “instituição multissecular, sempre viva e coerente com suas raízes, e ao mesmo tempo sempre receptiva ao que é capaz de fazer brotar, em perene primavera, a linfa do Espírito Santo que incessantemente a percorre”.

Dada a necessária solidariedade de intenções entre os pastores - para apoiar essa ação contínua e misteriosa do Espírito Santo na Igreja, para preservar o Evangelho íntegro e vivo e fazer com que ele responda aos apelos específicos das situações concretas em que os homens vivem - no desempenho de sua tríplice função de ensinar, santificar e governar, em comunhão com Pedro e sob Pedro, seus esforços atuais devem sempre seguir coordenadas determinadas: umas, de caráter perene, traçadas por Cristo e pela Igreja e frequentemente revigoradas pelo Magistério; outras, ditadas pela prudência e eficácia pastoral, avaliadas pela comunhão responsável na colegialidade episcopal e pelo bem de toda a Igreja.

Dessa forma, apoiados na força da união mútua e na graça do Espírito Santo, e com o objetivo de confirmar os homens na plena vivência de sua condição eclesial ou conduzi-los à fé, os próprios pastores, ao se renovarem continuamente, serão exemplo e estímulo, também nesse ponto, para seus colaboradores e para as instituições católicas, buscando uma crescente conjugação de esforços na atual, serena e simpática irradiação da Boa-Nova, que ocorre, antes de tudo, na paz e na alegria de uma santidade cada vez maior, que é sempre “o mais firme germe de unidade, esperança e salvação para toda a humanidade” (Lumen Gentium, 9).

Tendo a certeza de que é nesse tom de diálogo que se desenrolará a Assembleia Plenária dos veneráveis irmãos Bispos, aproveitamos a oportunidade para expressar nosso apreço pelos esforços generosos empreendidos no campo da pastoral vocacional e da formação do clero. Da mesma forma, valorizamos a maneira como acompanham, assistem e cuidam dos sacerdotes, que compartilham de suas funções e solicitude em prol do Reino de Deus. Que, com a graça do Senhor, possam continuar e alcançar cada vez mais sucesso nesse louvável empenho.

Quanto aos sacerdotes em particular, como “filhos e colaboradores da Ordem Episcopal” e ao mesmo tempo “irmãos e amigos”, que são ocasionalmente afligidos por dificuldades que podem deixá-los desamparados, em solidão, com perturbação, desânimo ou insatisfação pessoal, que eles encontrem no presbitério estima e afeição e um ambiente de confiança fraterna, amizade sincera e caridade sólida. Que vejam sempre no Bispo que preside alguém que os estima muito, tanto material quanto espiritualmente.

Também conhecemos a preocupação dos membros dessa Conferência, urgida em muitos casos pela angustiante escassez de clero, em envolver os leigos nas atividades eclesiais, dada a função insubstituível, embora subsidiária, do sacerdócio ministerial que lhes cabe. Que continuem, portanto, a agir conforme a exortação do recente Concílio: “pastoreiem os fiéis e reconheçam seus serviços e carismas, de modo que todos, à sua maneira, cooperem unanimemente na tarefa comum” (Lumen Gentium, 30).

Destacamos, por fim, na agenda de trabalhos da Assembleia, o estudo de uma melhor organização do plano pastoral em seu território de competência. Dado que a comunhão na realidade orgânica que é a Igreja requer um plano de fácil acesso e bom funcionamento, sempre animado pela caridade, podem surgir grandes benefícios pastorais e espirituais para todos aqueles que precisam deles.

Com a certeza do interesse com que acompanhamos constantemente o cuidado pastoral dos veneráveis irmãos Bispos, enviamos nossa caridade fraterna e concluímos com votos pelos melhores resultados desta Assembleia Geral. Para isso, invocamos sobre todos as luzes do Espírito Santo, para que, guiados por Cristo-Caminho, sintonizados com Cristo-Verdade e consolados em Cristo-Vida, possam fazer resplandecer o rosto imaculado da Igreja, Mãe e Mestra. Com nossa Bênção Apostólica, que se estenda a todos os fiéis, aos bispos e ao seu povo.



 Papa Paulo II
Pontífice Máximo