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COMUNIDADE CATÓLICA DE MINECRAFT - A UMA DÉCADA A SERVIÇO DA IGREJA

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Carta Amoris Unitas | Pregador Apostólico

  Prot. N009/2023


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CARTA
AMORIS UNITAS
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DOM HENRIQUE AZEVEDO CARDEAL GÄNSWEIN
POR  MERCÊ  DE  DEUS  E  DA  SANTA  SÉ  APOSTÓLICA
PREGADOR APOSTÓLICO DA PREF. DA CASA PONTIFÍCIA

Aos veneráveis irmãos da Cúria Romana, e a todos
que a esta lerem, graça e paz da parte de Deus, o Pai.

“Jesus levantou os olhos ao céu e disse: ‘Pai Santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra, para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles.’” (Jo 17, 20-26).

A unidade é o plano geral e abrangente do Pai Celestial para nós, Seus filhos, sendo assim: a Unidade do Amor. Jesus humildemente orou ao Pai, ansiando para que o mundo pudesse conhecê-Lo. Somente quando nós, cristãos católicos, verdadeiramente compreendermos como viver em união e compartilhar o amor do Pai que Jesus trouxe a nós por intermédio do Espírito Santo, é que o mundo reconhecerá que Jesus foi enviado pelo próprio Pai.

A unidade em nossos relacionamentos é a maneira mais autêntica de testemunharmos nossa fé em Jesus Cristo e de conhecê-Lo como nosso Senhor e Salvador. A unidade não apenas reflete a verdade, mas também demonstra humildade e entrega.

A união com Cristo é de suma importância, pois é dela que se originam todos os elementos necessários para um relacionamento saudável e frutífero com nós mesmos e com nossos irmãos e em Cristo. Ao longo do evangelho, Jesus ressaltou a importância da unidade entre os cristãos, desde os tempos dos apóstolos até os dias de hoje, abraçando todos aqueles que creem em Sua palavra. A unidade entre os filhos de Deus é, verdadeiramente, o desejo ardente do Pai.

Embora muitas vezes direcionemos nossas orações ao Senhor buscando saúde, riqueza, prosperidade e sucesso profissional ou pessoal, devemos também suplicar pela união em nossos relacionamentos interpessoais, tanto na família quanto na sociedade em geral. Ainda que sejamos únicos e distintos uns dos outros, com ideias e opiniões diversas, devemos sempre tratar o amor como nosso elo comum, nosso alicerce inabalável.

A perfeita unidade é alcançada entre o Pai e o Filho, fruto do profundo e eterno amor do Espírito Santo, formando a Santíssima Trindade. O Espírito Santo trabalha em nós, realizando milagres de reconciliação e amor, transcendendo barreiras e diferenças. Portanto, o Espírito Santo deve ser a base sólida que sustenta nossas diferenças individuais em nossas vidas, permitindo-nos viver de acordo com o primeiro e maior mandamento de Deus: o amor. Foi Jesus quem nos concedeu um novo mandamento, um chamado profundo e transformador: amar uns aos outros como Ele nos amou.

Cada ação que empreendemos movidos pelo amor contribui para a melhoria deste mundo e para a concretização da justiça divina aqui na Terra.

Portanto, elevemos nossas preces incessantes ao Pai Celestial, para que, quando estivermos diante Dele, o Supremo Juiz de nossas vidas, possamos dizer humildemente: “Pai, olhai para mim, servo pobre e indigno Vosso, que durante minha existência terrena fiz com que o mundo Vos conhecesse!” E isso, de fato, façamos o quanto antes!

O mundo de hoje, mergulhado e dilacerado no abismo do pecado, necessita por nossa presença ativa. Embora seja desafiador fazer com que as pessoas conheçam o Senhor, é uma tarefa indispensável. Não desperdicemos tempo! Não sabemos o dia nem a hora em que o Senhor retornará triunfalmente, por isso devemos agir hoje, pois amanhã pode ser tarde demais, e não teremos a oportunidade de dizer ao Pai que cumprimos essa missão de fazê-Lo conhecido.

Por fim, faço uma súplica fervorosa à Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria, a Santíssima Rainha dos Apóstolos: Ó Mãe, assim como estivésseis presente com os Apóstolos no Cenáculo, no dia de Pentecostes, rogo que esteja igualmente presente em nosso meio, intercedendo por nós para que o Espírito Santo derrame sobre nós Sua graça e nos conceda a coragem necessária para proclamarmos Cristo: o próprio Amor encarnado.

Que Maria, em sua bondade e compaixão maternais, nos ampare e guie em nossa missão de testemunhar o Evangelho a todos os cantos da Terra. Que, através de sua intercessão poderosa, sejamos revestidos com a força divina necessária para cumprir nosso chamado como discípulos de Cristo. Que em cada palavra proferida e em cada ato realizado em Seu nome, possamos revelar ao mundo a beleza e o poder transformador do Amor.

Sem mais, recordando do que diz o Papa Francisco na mensagem para o 60.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações - Vocação: graça e missão -, e parafraseando-o, concluo: fomos criados pelo Amor, por amor e com amor, e somos feitos para amar e fazer o Amor ser amado.

“No entardecer de nossa vida, seremos julgados pelo amor.”

Dado e passado em Roma, no Palácio Apostólico,
a 21 de maio, do Ano Santo Vocacional de 2023.



Dom Henrique Azevedo Cardeal Gänswein
Decano do Sacro Colégio Cardinalício